Exercício de leitura acompanhada

A Fernanda Câncio escreveu um texto, não sei se com pretensões literárias se com pretensões meramente propagandísticas.
Fernanda Câncio conta a história de uma amiga, a quem ironicamente trata por boa pessoa, para denunciar a sua hipocrisia.
Fernanda Câncio acaba o seu texto a afirmar que teme que no dia 11 haja muito boas pessoas.
Fernanda Câncio, com este seu temor, cola a hipocrisia aos votantes do não. Nem lhe passa pela cabeça que haja pessoas que racional, ética e juridicamente votem não por convicção.
Fernanda Câncio fala de si como interveniente na história, e mostra que, não sendo hipócrita, vai votar sim.
Fernanda Câncio orgulha-se por ter ajudado alguém a abortar, porque para ela o aborto tem tanto relevo como tirar um dente.
Fernanda Câncio acha-se a si mesma, por oposição ao lado de cá, boa pessoa.
Depois de tanto discurso eu acho que a Fernanda Câncio julga os outros e resvala no moralismo. Depois de tanto discurso não sei se a Fernanda Câncio é boa pessoa (não a conheço), mas sei que revela grandes confusões. Porque ajudar alguém não passa por condenar esse alguém ao trauma da perda de um filho.

Comentários:
´Mafalda, acredita que as pessoas andam por aí a obrigar outras a abortar? O que significa "condenar alguém à perda de um filho"? Pareceu-me que o assunto era alguém que estava grávida sem querer um filho, e a quem outra pessoa ajudou a fazer um aborto. De livre vontade.
 





blogue do não