PARA QUE NÃO RESTEM DÚVIDAS

E porque essa questão tem surgido com bastante frequência, importa dizer que caso o Sim ganhe, a opção do aborto livre é única e exclusiva das mulheres. Quer sejam casados, divorciados, unidos de facto, etc., com a liberalização do aborto até às 10 semanas, a opinião do pai quanto à gravidez passa a ser legalmente indiferente. Ou seja, qualquer que seja a razão que esteja na base da decisão de abortar (sejam as extremas dificuldades económicas, sejam os motivos mais egoístas), a verdade é que a mulher o poderá fazer livremente mesmo contra a expressa vontade do pai. É também isto que vamos votar no dia 11/02.

Comentários:
E qual é o problema em ser a mulher a decidir?
Com a lei actual o homem que é responsável pelos outros 50% do embrião, não é responsabilizado em nada e nunca há-de ser humilhado, julgado e, no pior dos cenários, ir parar à prisão.
 
Nos casos previstos na lei, qual é o papel oferecido ao pai? Pergunto, sinceramente, sem saber a resposta. Penso que não é nenhum.
 
Este é o único argumento demagógico, falso e cretino que, se não me controlasse muito, ainda poderia levar-me a votar pelo SIM.

Quanto mais não fosse, para neutralizar os que votarão à custa desta falácia.

E nem vou explicar mais nada. Quem escreve isto está a fazer agit prop demagógica.

O pai. O pai é o bode, se nasce fora do curral.

O pai é depois. Por isso é que também há muito pai que paga aborto a meninas fora do casamento. Para não estragar o lar.
Porque o "pai" passou a ter responsabilidades por adn pós natal. Nunca por adn até às 10 semanas.

Porque "o pai", se não quer "o filho" não é incriminado por isso.

O caraças! Viva o blogue Razões do Não, onde não existe esta demagogia!
 
E viva o Timshel onde também existe inteligência e seriedade nos argumentos pelo Não.

Por aqui, estas são as nódoas e os efeitos que também estamos em momentos de contar espingardas.

Por um Não inteligente perdido, é capaz de se ganhar 10 paranóicos e grunhos.
Serve tudo.
No Sim, a coisa vai de vento em poupa em matéria de apelos idiotas. Nestes Não com autocolante, também não se quer ficar atrás.
 
O Prof. Paulo Otero da Faculdade de Direito de Lisboa lembrava, no lançamento da plataforma "Não à discriminação" que, de acordo com o Código Civil, e salvo no regime de separação de bens, a alienação ou arrendamento de património imobiliário, ainda que pertencente apenas a um dos cônjuges, carece de consentimento do outro cônjuge.
Pelo contrário, para se fazer um aborto, matando uma criança, o Pai, responsável em 50% pela existência da criança, não é tido nem achado!
Conclusão: se a mulher quer arrendar uma casa que é só sua, tem de ter autorização do marido; se quer matar um Filho dos dois, decide sozinha.
Estranho país, este, em que as coisas valem mais que as pessoas...
 
E se não estvesse lá referido " por opção da mulher", em que é que estariamos a votar? Na liberalização do aborto mesmo se a mulher não quisesse? Seria obrigada a abortar só porque o pai do feto ou os pais dela (se fosse menor) quisesssem?

Preferiam que se votasse com uma frase que não incluisse "por opção da mulher"?
 
Cara Sara,

Que eu saiba, não consegue fazer um filho sozinha.
O pai se tem deveres de sustentar da criança, também tem o direito de o ver nascer.

Apelo a todos os homens que no dia 11 expressem o direito de não serem postos de parte neste assunto.Na pergunta o papel do pai é ignorado.
 
Porque apesar da decisão final ser da mulher, o que bem se compreende pois trata-se do seu corpo, ao homem também pode servir a decisão de abortar até às 10s.
 
pois é os homens podem sempre pressionar as companheiras a abortar, porque nunca nada lhes acontece...e agora vocês estão preocupados com o facto de a mulher poder decidir sozinha...é bom ...às tantas assim até há menos abortos.
Se os homens fossem também julgados suponho que já tinhamos legalização há muito tempo
 
O falso argumento do post já foi desmontado por outros comentadores mas ainda há outra razão para desistir deste argumento machista: o homem não é quem fica grávido, não tem o mesmo papel que a mulher, por isso não pode ter os mesmos direitos.
 
Não é o facto de muitos pais não quererem assumir conjuntamente com as mulher o gravidez inesperada, um dos motivos mais alegados para o aborto?
Então se de facto o homem têm um papel tão determinante na decisão da mulher, porque não eles cherem chamados a votar???

Marta
 
1. Presumo que defende que os homens tenham por lei que pedir licença às mulheres/namoradas para realizar uma vaseoctomia, por exemplo;

2. Acham que com o aborto clandestino as mulheres tomam mais em conta a opinião do parceiro?
 
Mas quem é que vos disse que o homem não pode ser penalizado por aborto? É obvio que pode!

Da mesma forma que pode ser penalizado se não assumir as suas responsabilidades em relação aos filhos.

Haverá casos em que o pai é desconhecido. Haverá outros em que é conhecido e em muitos casos a própria lei presume quem é o pai. Porque é que nestes casos o pai não tem voz na matéria?

E já agora, no caso de mulheres menores de idade quem é que decide? São elas ou os pais? Ou a mãe?
 
Não desconverse.
A vasectomia não implica a morte de uma pessoa. A propósito da vasectomia, sim, poderá dizer que se trata da liberdade do homem a dispor do seu próprio corpo. Por ser irreversível deve ser conversada em casal, mas isso é com cada um.
Não considera com certeza que se passe o mesmo no aborto, onde existe uma vida criada por um homem e por uma mulher. Ou está a defender que ele deva ser utilizado como método de planeamento familiar?
 
É verdade, esqueci-me de dizer, que as mulheres podem fazer um aborto sem licença do "pai" - como podem transformá-lo em pai sem lhe pedir licença. Injustiças cósmicas. Mas para isto é absolutamente indiferente que o aborto seja legal ou não.
 
Transformá-lo em Pai sem pedir licença?
Ainda acredita na história da cegonha?
 
Está a dizer, IF, que não é fácil, fácil a uma mulher engravidar (isto é, não tomar precauções) sem avisar o homem disso e sem lhe perguntar se ele está interessado em ser pai? Onde é que vive?

Quanto ao exemplo da vaseoctomia, como expliquei lá acima, estava a querer dizer que em matéria de capacidade reprodutiva, cada um de nós é responsável pelo seu corpo, e assim é que deve ser. Ainda bem que percebe a diferença: é que os homens podem ser confrontados com um facto consumado, mas ele não está dentro do corpo deles. Por isso é que, no limite, é à mulher que cabe a decisão. Seja ela qual for.
 
Há aqui um equívoco: o pai pode ser punido se incentivar ou fizer com que a mulher aborte. O pai que incentivar a mulher ao aborto deixará de ser punido se o SIM ganhar. O pai e o patrão.
 
ao homem também pode servir a decisão de abortar até às 10s.

Este é o único argumento sério que não apela ao tal "orgulho latino" que se manifestou logo:

Se eu fosse homem, nem que não fosse por uma questão de orgulho de "macho latino", votava NÂO. Mesmo que no fundo fosse a favor da despenalização!

E o vlx tem razão no argumento que assim os que se baldam às responsabilidades e até pressionam para elas abortarem ficam com o caminho mais fácil.

Mas mais nada. Absolutamente mais nada. Só por anormalidade e paranóia se ia pensar que uma mulher que quisesse abortar e soubesse que o marido não queria, lhe ia contar que estava grávida quando até às 10 semanas não é visível.

Como também só por estupidez se fala em testes de ADN antes das 10 semanas.

Ainda é mais idiota querer agora falar numa paridade que a natureza se incumbiu de não atribuir. Como se a família e a manutenção desses bons instintos de amor entre homem - mulher - filho, passassem a ser afair de Estado. Comissões de investigação de traições e escapadelas; inspecções de eventuais gravidezes e suposto autor envolvido.

Um mundo altamente pedagógico e natural...

Tão "natural" e tão utópico como o Comunista da ficção literária.

Já agora, para quem anda para aqui a contar espingardas à custa do "orgulho latino" e do pavor do que lhe posssam fazer aos fluidos":

Como é no caso das PMA? então não vão embriões à viola só para "ajudar maternidades" de forma artificial?

E aí de quem é a culpa? do "pai" da "mãe" ou do doutor frankenstein?

O grande problema disto tudo é tender-se a ultrapassar o que é natural. Com todas as suas limitações, pecados, infracções e enganos.

O jacobnismo iluminado não desapareceu. Infelizmente aparece onde menos seria admissível... aqui.
Como se não bastasse estar no poder e ter todo o futuro à sua frente...
 
Mas vou esperar sentada pela explicação de jurista, no caso de haver conflito de interesses entre o marido e o amante...
 





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