Por falar em "coisas humanas" e "entidades descartáveis": ideias com história

lebensunwertes-lebenLebensunwertes Leben. Por MCB.

Em Die Freigabe der Vernichtung Lebensunwertem Lebens, literalmente Licitude na Eliminação da Vida que não Merece Viver, arrumava-se a moldura que permitia matar um doente sem que este fosse interpelado e sem que daí decorresse qualquer remorso, sanção e inibição para o perpetrador da morte misericordiosa. Para cumprir todos os requisitos de contemporaneidade, apelava-se a uma "peritagem médica" (um médico e um psiquiatra), a uma "peritagem jurídica" (um jurista) e ao vox populi expresso por um comité de jurados.

Sei que a interrupção da gestação é um crime aos olhos da deontologia e do juramento de Hipócrates, que o aborto não é, nunca foi, um "acto médico", que a gestação não é uma doença e que a decisão de abortar - dolorosa, sem dúvida - é produto da vontade de quem o quer praticar. Tenho medo - e há já sinais claros que tal se vai realizar - que o avanço do abortismo abra portas a todas as formas de eugenismo, suicídio assistido e demais práticas de eliminação. Chegaremos ainda ao tempo em que a velhice será encarada como uma doença, pelo que surgirão defensores da legitima destruição dos velhos imprestáveis. Neste admirável mundo da opinião e da vontade combate-se a pena de morte - justíssimo - mas esta passa a ser aplicável a criaturas que não transportam qualquer dívida e culpa para com a sociedade. No fundo, não há crime nem criminosos. É tudo uma questão de capricho, decisão, liberdade individual e utilidade social.

Comentários:
É pá, não posso crer! então acabo de fazer um post usando a mesma imagem...

ehehehe

é o que se chama pontaria
 
Liberalizem o aborto, porra! Ainda o ano passado gastei 500 aérios para mandar a gaja a Badajoz, se a ela pudesse ir a ao Centro de Saúde sempre podia ter comprado um telemovel 3G.
A minha vida não é descartável!
 





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