Talvez uma campanha pela despenalização da estalada?

Aborto e Estaladas - a falácia do estatuto de "criminoso". Por Carlos Novais.
Quantas estaladas são dadas por ano em Portugal?

Quantas delas resultam em penas de prisão? As poucas que resultam em tribunal devem provavelmente acabar em... pena suspensa. Humm ... como o Aborto.

Bem, é a "tal" questão.

É crime?
Sim.
Acontece-me alguma coisa?
Nada.

Talvez uma campanha pela despenalização da estalada?

Comentários:
Desculpe a frontalidade, mas é um post manipulador.

A verdade é que o novo Código Penal, que espera aprovação, vai despenalizar essa situação...
 
Eu acho que até se devia ir mais além. O que é que pensam de uma nova iniciativa ainda mais à frente, patrocinada pelo Sr. Louçã. A pergunta: "Concorda com a despenalização do homicídio, devidamente autorizado pelo Comandante da Esquadra de Polícia da zona da sua residência, nos casos de extrema necessidade económica?"
 
entenda-se a ironia, claro!
 
O Guard'a Vida não tem por objectivo atacar ou condenar quem quer que seja, porque os nossos objectivos são o esclarecimento e não o ataque. Mas porque evidências são factos, sentimo-nos na obrigação de dizer a verdade: Os argumentadores do Sim estão a reduzir a sua campanha a 3 argumentos, que são autênticas falácias:


1. "Coitada da mulher que vai para a cadeia!!"

Escusado será dizer que somos a favor das mulheres e das crianças, e que o aborto não é solução para as mulheres.


2. "Os do Não são a favor do aborto clandestino"
Esquecem , porventura, que os do Não são contra o Aborto.


3. "É a Igreja católica e hipócrita que está do lado e por detrás do Não"

Independentemente das convicções religiosas de cada um, importa lembrar que há muita gente do Não que é ateu ou de outras confissões religiosas. Não pode constituir um argumento. Não se trata apenas de uma questão moral, mas sobretudo científica e ética. Não se entende como se defende uma causa com argumentos que nada têm a ver com a causa em si!


Conclusão: os do SIM não têm argumentos sólidos, estão a perder terreno e credibilidade na campanha. Os ataques cerrados que fazem aos movimentos cívicos do Não demonstram a diferença. Os movimentos cívicos do Não defendem argumentos, atacam argumentos, mas não atacam movimentos nem pessoas!
 
Ainda este fim-de-semana ouvi o 1º Ministro dizer que se o Não ganhasse a lei ficaria como está.
Posso ter 2 interpretações ás declarações de José Sócrates, e nenhuma delas é positiva, senão vejamos:

- se o que queria dizer era que o governo não mudará a lei(soou-me a chantagem.. não sei porquê...), opondo-se á verdadeira despenalização, apenas lhe respondo que nem isso pode garantir pois a assembleia da República não lhe pertence e, acredito que muita gente que votou sim, quer efectivamente que a penalização acabe. Será portanto possível mudar a lei.

- Se estava apenas a dizer que a lei não muda. TEm toda a razão. Não muda no dia 11 mas podeá mudar nos dias seguintes, bastando para isso a vontade política para que possamos despenalizar.

É pena ficar com a sensação de que vale tudo.. vale até dar a entender que Tem "a faca e o queijo na mão" e "ou é a nossa maneira~ou então não é"
 
Um tapinha não dói!
 
Caros "colegas" do movimento não.

Sinto-me altamenta embaraçada e desapontada com vários comentários feitos por pessoas do nosso movimento e que tal como eu defendem o não noreferendo. Independentemente dos argumentos utilizados pelos partidários do sim, alguns com os quais concordo plenamente, julgo que devemos aceitar a opinião dos outros e concordar ou não com ela.Entrar em jogos de ofensa e crítica dos valores e da inteligência das pessoas é algo altamente degradante. E o assunto é aínda mais grave quando se trata de um assunto sério. Eu, tal como muitas pessoas, defendo a minha opinião respeitando a dos outros porque este assunto não é assim tão linear como muitos querem fazer parecer. E a minha contribuição será o voto no dia 11 e não os slogans que poderia gritar ou as bandeiras e cartazes que poderia empunhar.

Assim fica o apelo - por favor não recorram à injúria e ao exagero para promover a vossa convicção.
 
Como é que se pode comparar o incomparável. Só por atavismo o compreendo.
Que eu saiba as ofensas corporais (estaladas) dependem de queixa, são um crime semi-público, e quando há queixa, e desde que haja prova, o normal é o agressor ser julgado e condenado. Aliás, é o que mais acontece no dia-a-dia dos nossos tribunais
Comparar isto com a ridícula investigação e criminalização do aborto é, no mínimo, misturar alhos com bugalhos.
 
estava por aqui a navegar e a sentir vergonha pelo que se lê, muito para além da manipulação dos dados de ambos lados, como o é o exemplo lamentável do comentário de "O Guard'a Vida"
soube-me bem deparar com o comentário de Ana Roseta, ainda bem que não há só fundamentalistas por aqui... no meio de tanta raiva (e não amor) pelo próximo dá para se pensar qual será a vida que estarão a defender... ou será só um capricho para animar um pouco os vossos dias?
andam todos tão acesos, mas a seguir ao referendo, cada um segue a sua vida... é isto que penso quando reflicto sobre este referendo e os efeitos práticos da lei.
 
Caros,

O comentário das 14:20 foi meu! Por alguma razão não assumiu o meu nome..
 
Também acho esta comparação abusiva, simplória e manipuladora.


A agressão física é, de uma forma geral, condenável pela sociedade, tal como o roubo, por menores que sejam os valores em causa.

O aborto não! Lamento mas é um facto real que, se alguém ouvir gritar "agarra que é ladrão" só por motivos de força maior é que não procurará ir em auxílio da vítima, antes mesmo de saber qual o montante do roubo, ou até qual a sanção que o Código Penal prevê para o (eventual) crime em questão.


Algo de muito diverso se passa com o aborto, que de facto a sociedade em geral JÁ NÃO CONDENA - imagine-se a mesma cena na rua e alguém gritar" agarra que ela abortou!!" -, mas que, por incrível que pareça (pelo menos a mim), o Estado continua obrigado a punir com PRISÃO MAIOR!


É apenas o repor da normalidade nesta aberrante situação que estará em causa no referendo do próximo Domingo, não a valorização moral ou ética do acto de abortar até às dez semanas de gestação.

Ainda vamos a tempo de evitar a confusão reinante e males maiores: um novo "não" seria de facto catastrófico para a resolução desta situação e criaria um gravíssimo impasse, que tolheria o legislador e o político por mais de uma década!


Felizmente que mesmo alguns dos que DIZEM ir votar "não" já admitem só o fazer por "teimosia", pois também NÃO CONCORDAM COM A ACTUAL SITUAÇÃO!

Quem os quer seguir nesta atitude cega e IRRESPONSÁVEL?


A. das Neves Castanho.
 
Lamento imenso.
Não tenho o menor repeito por quem apoie que o aborto deva ser descriminalizado e despenalizado.
Nunca poderei respeitar criminosos.
Posso compreender os motivos que levam pessoas a cometer crimes e, até, a dar-lhes o meu perdão quando existam razões ou atenuantes suficientes.
No entanto, sigo o lema: "perdoar sim, esquecer não".
 
Não tenho o menor respeito por quem pensa que tem qualquer direito de me dar (ou não) perdão. Ridículo.
"Perdoar sim, esquecer não" é o novo mote: minha senhora, eu acho (da moral dos achismos) que esse motivo não é válido, por isso, fica aqui indiciada, o processo está aberto mas como somos bonzinhos não a castigamos, até pode ser que a perdoemos...
Tristeza, não se revêem mesmo no obsurantismo? Tenho certa esperança de que na intimidade das vossas consciências dão-se conta disso. Vá, não contem a ninguém que eu também não conto, risquem então a opção que a maioria de vós já sabe que vai riscar: SIM. Porque é certo que, sendo pensantes, cada um de vós já se deu conta do erro humanitário crasso que é este NÃO.
 
Será que o gajo que escreveu isto é estúpido? Se calhar, além de estúpido, é uma cavalgadura.
 





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