NÃO

“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”
NÃO
Começamos este blogue da mesma forma como queremos que termine a campanha do referendo do aborto, ou seja, com a vitória do “não”.
Somos cidadãos livres, independentes e conscientes. Não estamos ao serviço de qualquer partido, credo ou instituição.
Temos em comum o desejo, a esperança e o objectivo de que os portugueses rejeitem a proposta do PS no sentido da liberalização total do aborto até às 10 semanas.
Consideramos que a defesa da vida constitui não só um imperativo de consciência mas também uma questão civilizacional que pretendemos preservar. A vida humana é um valor em si mesmo.
Este será um blogue colectivo, mas em que a opinião de cada um vinculará o próprio e só o próprio.
Os comentários, críticos ou não, serão todos bem-vindos, sendo sujeitos, porém, a autorização prévia de quem aqui escreve. A nossa intenção não é a de fazer censura, mas sim a de evitar que a discussão de um tema que é fracturante se torne alvo da ofensa gratuita ou do insulto.
Estamos disponíveis para o debate de ideias, recto e esclarecedor, aqui ou noutro local.
Para já somos 15, mas até à data do referendo muitos se juntarão a nós, mostrando, ao contrário do que alguns pretendem fazer crer, que somos muito mais e muitos mais que uma minoria radical, conservadora, hipócrita ou retrógrada. Os rótulos só metem medo a quem não tem convicções. Não é o nosso caso. Entendemos esta intervenção pública que decidimos abraçar como um acto de cidadania.
Somos:
André Azevedo Alves
Claudio Tellez
Francisco Mendes da Silva
Joana Lopes Moreira
João Gonçalves
João Lancastre e Távora
João Noronha
Jorge Ferreira
Luís Aguiar Santos
Manuel Arriaga
Marta Rebelo
Miguel Castelo Branco
Nuno Pombo
Rui Castro
Sara Castro

Comentários:
“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”

NÃO

Parabéns pela iniciativa!
 
Parabéns pela iniciativa e votos de muitos êxitos!
 
É um espaço muito bem vindo e merecedor da minha visita diária. Aliás, o link já está feito.
Faço votos para que este não seja merecedor da vitória.
 
Bem-vindos à blogosfera...
 
Excelente iniciativa. Estou no PELA VIDA! Diremos Não até ao último minuto.

abraço
 
porque não?
 
A vitória do não seria a vitória da hipocrisia, de novo.
 
"Direito à vida"

Mas que argumento é esse?
Porque será que os defensores do não, não conseguem apresentar um argumento sólido para suportar o "não"? Será porque não há nenhum? Sim, porque o argumento do direito à vida não tem cabimento. Senão vejamos.

Na esmagadora maioria das vezes que se pretende recorrer ao aborto é para proteger bebés, crianças e futuros adultos que poderão nascer. Viver com o mínimo de condições é essencial, senão não é viver. Para viver no lixo não vale a pena viver, e se isso pode ser evitado a tempo e horas tanto melhor.

Em relação ao direito à vida das mães (ou será que é só direito à vida para alguns?)... já viram o que é ter um filho fruto de uma violação? Acham justo? É um facto que o aborto em caso de violação é permitido actualmente, mas será que há alguém que o faça? Será que há condições para tal?

Ouve-se muito o argumento de se estar a matar crianças.
Eu aconselhava essas pessoas a maior pesquisa, nomeadamente junto de cientistas e médicos que, certamente, vos podem fornecer toda a informação sobre essa matéria.
Mas vou tentar explicar aqui muito resumidamente.
Primeiro, não são crianças, são fetos. Não se pode falar de matar quando nos referimos a um aborto dentro do prazo proposto (10 semanas!). O feto não é pessoa. É dependente da mãe nas primeiras 20 semanas e só é realmente viável (quando é) à 28ª semana. A animação ou vivificação dá-se quando se forma o córtex cerebral, por volta das 12 semanas, e há manifestações de actividade eléctrica no cérebro.

Para além de tudo isto, a proposta de lei da despenalização do aborto não obriga ninguém a abortar e limita-se a condicioná-lo temporalmente até às 10 semanas, limite que o actual grau de conhecimentos científicos aponta como recomendável.

Acho que aqui apresentei argumentos mais que suficientes para o "sim" ao referendo. Eu já não peço tanto, mas será que me podem apresentar mais que o único e fútil argumento do direito à vida?

Se tal for possível, agradeço.
 
Subscrevo.
Eu também "NÃO"

Susana Barbosa
 
"Direito à vida"
Mas que argumento é esse?"
Eu digo que é o melhor dos argumentos. Ou será que conhece algum direito fundamental que mereça maior protecção?

"Porque será que os defensores do não, não conseguem apresentar um argumento sólido para suportar o "não"? Será porque não há nenhum? Sim, porque o argumento do direito à vida não tem cabimento.
Senão vejamos.
Na esmagadora maioria das vezes que se pretende recorrer ao aborto é para proteger bebés, crianças e futuros adultos que poderão nascer. Viver com o mínimo de condições é essencial, senão não é viver. Para viver no lixo não vale a pena viver, e se isso pode ser evitado a tempo e horas tanto melhor."
Já agora, e aproveitando o seu argumento, aproveite-se para "limpar o sebo" a alguns putos que andam para aí em lares de acolhimento e na rua, o que acha? O que é isso de "a tempo e horas"? É o Pedro Fonseca que o determina?
"Em relação ao direito à vida das mães (ou será que é só direito à vida para alguns?)... já viram o que é ter um filho fruto de uma violação? Acham justo? É um facto que o aborto em caso de violação é permitido actualmente, mas será que há alguém que o faça? Será que há condições para tal?"
E o que é que isso tem a ver com o referendo que aí vem? De facto, a violação constitui uma das actuais excepções legais que impede a criminazalição da prática do aborto, mas não percebo a sua relação com a pergunta do referendo.
"Ouve-se muito o argumento de se estar a matar crianças.
Eu aconselhava essas pessoas a maior pesquisa, nomeadamente junto de cientistas e médicos que, certamente, vos podem fornecer toda a informação sobre essa matéria.
Mas vou tentar explicar aqui muito resumidamente.
Primeiro, não são crianças, são fetos. Não se pode falar de matar quando nos referimos a um aborto dentro do prazo proposto (10 semanas!). O feto não é pessoa. É dependente da mãe nas primeiras 20 semanas e só é realmente viável (quando é) à 28ª semana. A animação ou vivificação dá-se quando se forma o córtex cerebral, por volta das 12 semanas, e há manifestações de actividade eléctrica no cérebro."
Essa é a sua opinião. Quanto a fetos viáveis não é verdade o que diz. Sei de fetos com 24 semanas que sobreviveram sem lesões. Quanto ao argumento das 10 semanas, gostava que me explicasse qual a diferença para as 11!
"Para além de tudo isto, a proposta de lei da despenalização do aborto não obriga ninguém a abortar e limita-se a condicioná-lo temporalmente até às 10 semanas, limite que o actual grau de conhecimentos científicos aponta como recomendável."
Ainda há bocado disse que eram 12. E desculpe contradizê-lo mas a despenalização obrigará os médicos e enfermeiras a fazê-lo. Ou melhor, não obrigará porque, como é óbvio a maioria é objector de consciência. Já se perguntou por quê? E já imaginou as consequências que vai ter nas demais cirurgias e respectivas listas de espera? Será que considera a gravidez uma doença para que o aborto passe a integrar a lista de cirurgias urgentes como pretende o Ministro da Saúde?
"Acho que aqui apresentei argumentos mais que suficientes para o "sim" ao referendo. Eu já não peço tanto, mas será que me podem apresentar mais que o único e fútil argumento do direito à vida?"
Acha fútil? Sendo assim estamos conversados. Mas vá passando por aqui, pois pode ser que mude de ideias.
Abraços
 
"A vitória do não seria a vitória da hipocrisia, de novo. "
Assim, sem mais?
Olhe que o PM ainda o acusa de plágio.
Deixem-se desses chavões ridiculos e expliquem lá essa hipocrisia.
 
"aproveite-se para "limpar o sebo" a alguns putos que andam para aí em lares de acolhimento e na rua"

Penso que expliquei claramente a diferença entre os "putos" e os fetos" no meu comentário.


"Quanto ao argumento das 10 semanas, gostava que me explicasse qual a diferença para as 11"

Na minha opinião, nenhuma.


"Ainda há bocado disse que eram 12"

A única vez que falei em 12 foi quando falei da animação ou vivificação. Dá-se quando se forma o córtex cerebral, por volta das 12 semanas. As 10 semanas é o que o referendo propõe.



"E já imaginou as consequências que vai ter nas demais cirurgias"

Está a par da actual realidade? Dos abortos clandestinos? Qual será pior?


"Acha fútil?"

Acho, porque é um argumento que não diz nada, relativamente a este caso. Já agora, qualquer dia vão-me obrigar a "fabricar" um filho só para dar o direito à vida a mais um? Quanto mais vidas melhor, certo?
 
Um grande abraço a todos vós por esta excelente iniciativa em defesa daqueles que não têm voz para se defenderem. Ousemos desmontar tadas as falácias que procuram justificar o infanticídio pré-natal. Que esta iniciativa venha de socialistas não tem nada de surpreendente. O genocídio faz parte das dourinas socialistas desde Marx, Engels, Lenine, Bernard Shaw, Hitler, Staline e outros. Todos o advogaram. Porquê? Porque ao negar a nossa dimensão divina, como ateus que são, negam a humana visto que é da conjugação destas duas que somos plenamente humanos. Isto permite-nos, em parte, compreender o totalitarismo.
Lutar contra essa ignóbil iniciativa é combater o totalitarismo do políticamente correcto. Estou totalmente solidário com com a vossa campanha e ao rezarmos cá em casa em família não nos esqueceremos de vós.
Bem haja a todos
 
"Estou totalmente solidário com com a vossa campanha e ao rezarmos cá em casa em família não nos esqueceremos de vós"

Pois, o problema é que se confunde crenças religiosas com assuntos sérios. Quando se fala de coisas sérias, acho que é necessário alguma racionalidade...
 
"A vida de um ser humano, do momento da concepção à morte, é sagrada"

Bem, parece-me claro que realmente as pessoas não sabem distinguir um ser humano de tudo o resto.

Sendo assim, não há mais nada a argumentar.
 
Defender aquilo em que acreditamos é digno de ser valorizado. Por isso parabéns pela iniciativa.

Ainda acredito que uma campanha esclarecedora pode dar a vitória ao NÃO.
 
Gostava que o sr.Pedro Fonseca me explicasse com que 'cara' é que se dirá (em caso de vitória do sim) a uma mulher às 11 ou 12 semanas de gestação:

"olhe,tenha paciência, viesse a semana passada. Agora não dá, senão pode ser julgada"
 
Sr.s Não confundam a história das semanas. Este vai ser o grande ponto da campanha do sim que pode levar à despenalização.NINGUEM, ATENÇÃO NINGUEM, nem médicos nem cientistas em todo o mundo pode afirmar com certeza quando começa a vida. Não se sintam menos mal, menos ASSASSINOS, ao basearem a vossa escolha de um aborto num argumento que não tem validade.
Não podemos tornar o assassinato de crianças, banal e aceitavél.
 
As implicações legais para as mulheres que fizeram abortos, se devem ser punidas e como devem ser punidas é um tema por si só ´~ao vasto que merece o seu próprio referendo.
 
Quem não percebe que o direito à vida é um argumento é porque deve ter uma triste vida a que não dá valor.
Autonomia como critério? Quantos de nós temos autonomia para sobreviver sem a ajuda dos outros? experimentem largar uns quantos desses autónomos que defendem essa teoria no meio da Amazónia para ver o que acontece (isto porque espero que os que defendem tenham consciência da sua falta de autonomia).
Quanto à qualidade de vida o que é isso? Uma realidade muito objectiva? Não tenho muita certeza.
O Stephen Hawking tem qualidade de vida? Pelo menos dá lições de vida e de muitas outras coisas a muitos!

Muito mais há a dizer sobre a bonita realidade da vida nos seus mais diverso formatos e nas mais varidas vertentes mas isso só vale a pena para quem acha que isso é um direito
 
Eu também voto NÃO.
 
Eu também voto não.
Matar ou não matar não pode ser uma decisão livre. A aceitar-se o aborto, pode levar-se o raciocínio ao absurdo e aceitar-se que se possam matar os mendigos, porque também não têm uma vida digna.

Só não consigo perceber porque é que se insiste em tentar enganar os portugueses: se o propósito da lei é uma plena liberalização do aborto, querendo custear-se o acto com o dinheiro dos contribuintes no SNS, porque é que a pergunta do referendo é sobre a "despenalização", o que implicaria nao uma liberalização mas a substituição de uma sanção penal por uma cominação de natureza diversa, mantendo-se o carácter proibitivo?

Eu voto NÃO.
 
Eu voto NÃO porque,se mais motivos não houvesse - e há muitos mais, um Aborto é sempre uma acção do mais forte contra quem não se pode defender.
 
Eu votei não e não voltarei a votar.

A quem pede argumentos, pergunto eu:
Quem tem hoje necessidade de abortar? Se vivessemos na idade das trevas onde o Homem (de Humanidade) racional não consegue controlar o irracional ainda percebia.
Agora, num tempo onde tudo temos à mão para impedir a gravidez indesejada, e onde milhares de casais lutam para poder ter filhos e não podem suportar financeiramente os tratamentos, vai o estado que resusa ajudar estes pagar o aborto dos outros?
Expliquem-me isto!!
Quem puder e souber.
Paulo Alves
 
Parabéns pelo blog. Vamos ver se há adversários à altura...
 
Caro pedro,
Obrigado pelo incentivo. Sabe que o seu contributo será sempre bem-vindo. O mail está no blogue se pretender contactar-nos.
Abraços
 
Sr. Pedro Fonseca, como decerto já deve ter cuidado o único argumento, obviamente, que existe para rectificar o não é o tal "fútil", o do direito à vida. Lamento pois desiludi-lo por tão escassa fartura em retórica emanante, ao contrário dos senhores que em argumentos têm um cardápio repleto e sempre em plena inovação, mas à que convir que perante a "futilidade" da vida tal diversidade de pouco vale.

Como parece ser tão versado em temáticas de índole científica e até de metacientífica (grande domínio sobre o que é a religião, a razão e todo o saber filosófico em que se inserem), e a fim de me poupar a penosas pesquisas, já que o seu conhecimento do assunto aparenta ser desmedido, pode por certo informar-me quando é que estamos com toda a certeza perante vida humana. O momento, gostaria de saber o momento exacto.

Decerto não me poderá responder a tal pergunta, pois não existe hodiernamente o menor consenso em relação ao que é ou não é a natureza humana, não existindo premissas comuns que possam fundamentar um veredicto.

E não havendo absoluta certeza da inumanidade do feto, extirpá-lo pressupõe uma decisão moral (ou imoral) realizada no escuro. Podemos preservar a vida do feto e descobrir mais tarde que empenhamos em vão nossos altos sentimentos éticos em defesa do que não passava, no fim das contas, de mera coisa. Mas podemos também decidir destruir a coisa, correndo o risco de descobrir, tarde demais, que era um ser humano. Entre a precaução e a aposta temerária, cabe escolher?

Acabo citando-o:

"Não se pode falar de matar quando nos referimos a um aborto dentro do prazo proposto (10 semanas!). O feto não é pessoa."

Quando se utiliza o termo "matar", referimo-nos a eliminar uma vida. A vida tira-se a qualquer ser vivo, seja humano ou não, por isso é com propriedade que tal termo é adequado à prática em causa. Mata-se um feto humano, e com grande probabilidade uma vida humana. Não se aposta quando é isso que está em jogo.
 
Vou votar NÃO.
Não apenas por uma questão religiosa, mesmo não escondendo que sou católico.
Não por uma questão jurídica, pois não há leis que possam justificar o aborto.
Não por uma questão de tempo, pois há vida desde a concepção e não adianta discutir prazos.
Sou casado e tenho 4 filhos. Terei ainda mais os que Deus me quiser dar.
Não será por questões monetárias, de deficiência do feto, de violação da minha mulher ou do que quer que seja que alguma vez praticarei ou concordarei com a prática do aborto.
Digo isto com todo o respeito pelas mulheres ou casais que já o tenham feito, pois não tenho o direito de os julgar. Certamente, faltou-lhes o apoio necessário para considerarem outras opções: e há muitas!
Votarei não em defesa da vida e dos inocentes que estão ainda por nascer!!!
 
Parabéns pela vossa iniciativa. Podem contar com o meu apoio neste causa. Voltarei a votar no NÃO como há 8 anos atrás.

O homem adquire a sua condição humana por direito de sangue. Ao por fim a uma vida no seu início está-se a abortar um projecto de vida cuja combinação genética está predeterminada. O facto desse feto ser intelectualmente inferior não é argumento válido para dizer que se tem legitimidade para por um termo a essa vida. Pois da mesma maneira ter-s-ia o direito de arbitrar que um homem com faculdades limitadas no fim de vida não teria o direito de se defender se alguém pudesse por termo à sua vida.

Da mesma forma, um homem no meio do seu sono está momentaneamente desprovido das suas faculdades mentais. Teriamos o direito de o anestesiar e matar no meio do sono? Qual a diferença entre ter de esperar 8 horas ou 8 meses para acordar para a vida? A vida lateja naquele ser, que não escolheu a sua morte.

Para além das faculdades mentais em sim, temos algo que eticamente chumba qualquer fundamento ético para o direito ao aborto, que é a ligação afectiva que a sociedade tem para com aquela criança. Da mesma maneira que não se admite a profanação do corpo de um homem morto, o mesmo respeito deve ser mantido perante o homem ainda não nascido. Ter igual respeito pelo que já foi e pelo que será.

No acto do aborto temos de considerar para além da agressão à vida intra-interina a agressão ao sentimento que a sociedade tem para com o projecto de vida que foi concebido. Esse sentimento varia consoante as pessoas. Ao acabar com ele agride-se todo um conjunto de pessoas que nutrem um grande afecto pelo ser humano. E é por isso que a questão não é uma escolha individual. Agride-se o amor que existe dentro de pessoas como eu. Eu sinto-o, e esse afecto ninguém mo nega. Venho aqui defendê-lo.
 
Votarei NÃO!
 
Errata

No meu comentário das 15:21, onde se lê "mas à que convir que", deve-se ler "mas há que convir que"

As minhas desculpas por tal lapso.
 
voto não, não e não!
 
Espectacular a sua exposição MF. Subscrevo completamente!
 
Como já escrevi noutro blog, está mais que provado que a vida de um ser-humano começa a partir do momento da concepção. Disse também que, numa sociedade justa e civilizada, (onde nem haveria discussão sobre a eliminação de vidas huumanas por nascer, mas infelizmente estamos muito longe) tem de se encontrar soluções que permitam às mulheres ter os seus filhos condignamente e criar-se os mecanismos e a desburocratização imprescidível para que possam haver adopções que garantam a continuídade de uma vida digna. Isso sim é luta que vale a pena fazer. Os defensores do sim querem, sob argumentação falaciosa (porque nunca considera a vuda humana) desresponsabilizarem a sociedade de um flagelo que a todos diz respeito. O começo da vida no momento da concepção É vida. O "NÂO", pode, deve, TEM de ganhar.
 
Eu gostaria de saber se os pais gostariam que os seus filhos morressem.

Há pais aqui? Se sim respondam-me por favor.

Calculo que a resposta vá ser sempre negativa.

Agora pensem nas mães que fazem o aborto. Será que é fácil para elas?
Já que vocês argumentam que se está a matar um ser humano... não será em último recurso que uma mãe quer ficar sem o filho?
 
Penso que é extremamente importante não dar um papel diferente ou mais relevante à mãe nesta questão do aborto. Futuro pai e futura mãe têm igual responsabilidade, os filhos não são das mães. São de ambos, e em todos os aspectos. Eu sou mãe de dois e amo-os à loucura, claro. E por falar nisso, já vimos mulheres no banco dos réus por terem abortado. Onde estavam os dadores da outra metade de pares de cromossomas daqueles futuros seres humanos??? Este tema não acaba nunca...
 
Sr. Pedro Fonseca, então lute para que não seja preciso esse último recurso. Lute para as mães possam ter os seus filhos. Lute ao invés de suportar uma lei injusta. Lute em vez de lavar as mãos. Faça, com a mesma energia que gasta para se convencer a si próprio de que o aborto é uma solução, qualquer coisa que possa prevenir nem que seja alguns abortos.
 
É óbvio que renovarei o meu NÃO!
 
SEMPRE SIM!
 
no (meu) semanário "O Diabo", o amigo Walter Ventura chamou-me a atenção para este v/blog.

Casado há quase 30 anos e pai de 3 filhos, aqui vão algumas


QUEESTÕES SIMPLES

1. Vamos "votar", outra vaz sobre o mesmo "tema", porque a maioria dos Estados europeus já "despenalizou" o aborto, ou é somente negócio... "as usual"?!

2. Estes "nossos" políticos, nada mais têm na "agenda"?

3. Os mesmos, têm mãe ou nasceram como cogumelos?

4. As "famílias" esquerdinas que incentivam e "lutam" por estas "causas nobres" – a par da conservação das (outras) espécies em vias-de-extinção, da "defesa do ambiente" e outras tretas politicamente-correctas [tais como o "casamento" homosexual] e a "adopção" de crianças (dos outros) –, haveriam de repensar a sua notória ausência de coerência, escrúpulos, etc. etc., tanto mais pela evidente pusilanimidade destas "propostas indecentes", como também pela incoerência doutrinal a par das faltas de "ética e deontologia...
 
Sr. J. C. Abreu dos Santos, a adopção é a única solução para quem não pode ter filhos. É uma solução usada tambem por muitos casais que, tendo passado a idade de ter filhos, ainda querem mais. Não há nada de mal com a adopção. A adopção é, no fundo, o maior caminho para acabar com o aborto. Não tem nada de político ou "esquerdista". Adopção é amor e generosidade.
 
Meus caros adeptos do NÃO:

Ajam vocês de acordo com a vossa consciência que eu agirei de acordo com a minha. NÃO ME OBRIGUEM a agir de acordo com a VOSSA.

A nova lei não vai passar a permitir que se façam abortos em Portugal, pelo simples facto que já se fazem, sempre se fizeram e sempre se vão fazer. Apenas se vão passar a dar condições decentes a todas aquelas mulheres que não têm condições de o ir fazer a Espanha (ou outro lado qq).

A nova lei não vai obrigar ninguém que o não queira a fazer um aborto (seria giro: Art. N: Todas as mulheres portuguesas entre os 18 e os 35 anos de idade devem proceder a uma IVO de 2 em 2 anos. A não comparência a uma IVO dentro do prazo prevista acarreta uma coima de 1000 euros ou uma pena de prisão de 5 dias). Se VOCÊS não o querem fazer, então não o façam. Não me obriguem a mim - só porque não concordo com VOCÊS - a fazê-lo.

Em resumo: metam-se nas vossas vidas e abstenham-se nesse dia. Eu prometo que vou VOTAR SIM!

E já agora: se o NÃO ganhar, é óbvio que não voltam a haver referendos, pelos motivos expostos acima.
 
Oh Anónimo, esse é outro argumento que dá cabo de mim. Então vamos também liberalizar o homicídio: sempre houve e sempre haverá!
E liberalizemos todos os crimes, pois sempre houve e é melhor que os criminosos os pratiquem em todas as condições...

Poupem-me...
 
Eu também voto "NÃO". Legalizar a pena de morte é recuar mais de 100 anos.
 
Chamo a atenção para o oportuno e culto paralelo que no blog -www.janelar.blogspot.com - o Afonso Reis Cabral produz, aproveitando o belissimo e dramático conto O MANDARIM de Eça de Queiroz com o nome: E tu tocarás a campainha?
Haja esperança! foi escrito por um rapaz de 16 anos!!!
 
É fantástica a hipocrisia reinante. Aposto que alguns dos presentes já recorreram infelizmente aos serviços de uma parteira ou médico para fazer , como é que lhe chamam nessas circunstâncias...ah..um desmancho ! Utilizando os mesmos argumentos da existência de vida deixem todos ( sim , eles de modo solidário e elas de modo efectivo) de usar métodos anticoncepcionais quimicos, porque segundo os vossos argumentos, aí também já há "vida". Enfim, como diria o outro , " Perdoai-lhes Senhor, que são tão hipócritas!"
Recomendo vivamente a leitura de dois blogues abaixo onde de maneira racional ( a tal que o Papa acha que deve prevalecer) se põe as pessoas a pensar sériamente acerca deste assunto...

http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&idtopico=131159

http://cabinet.weblog.com.pt/arquivo/2006/10/aborto
 
Antes do direito à vida está o direito a ser amado. Ou acham que primeiro traz-se a criança ao mundo e depois pensa-se no resto, isto é, quando ela já cá estiver para assitir? Eu tenho a minha opinião. E vocês?
 
Antes do direito à vida está o direito a ser amado. Ou acham que primeiro traz-se a criança ao mundo e depois pensa-se no resto, isto é, quando ela já cá estiver para assitir? Eu tenho a minha opinião. E vocês?
 
Em 1998, não tinha 18 anos para votar, mas agora tenho. Sou pelo NÃO, porque sou uma mulher consciente de que todas as mulheres têm direito à maternidade digna e apoiada pela sociedade e, sobretudo, pelo Estado que não deve lavar as suas mãos, nem ilibar-se das suas verdadeiras responsabilidades para com os seus Cidadãos, nomeadamente, para com os mais frágeis e vulneráveis. Nunca foi fácil lutar por causas justas e defensoras dos Direitos do Ser Humano, por isso, força! Parabéns por este blogue.
 
Um livro incontornável





Está para sair um livro incontornável sobre o aborto, do qual deixo em baixo alguns excertos. Quem seja a favor do «sim» pode alargar horizontes e quem é pelo «não» tem a possibilidade de reunir diversos argumentos em defesa da sua posição; quanto aos indecisos ou desinteressados, estou certa de que encontrarão neste livro uma preciosa ajuda para deixarem de o ser. Autor? JOÃO CÉSAR DAS NEVES - perspicaz, lúcido e contundente como sempre.

O livro estará disponível na livraria da Princípia Editora (Av. Marques Leal, n.º 21, São João do Estoril) a partir do dia 21 de Dezembro e nas livrarias no início de Janeiro.







«O aborto situa-se, hoje como sempre, no mesmo grupo daquelas coisas que os avanços dos direitos proibiram, não daquelas que procuravam as conquistas libertadoras. É juntamente com a escravatura, a prostituição e a pedofilia que ele se encontra, e não com a democracia, a segurança social ou a literacia.»



«Na defesa dos valores não existe um propósito negativo de conservação de velhos códigos, mas uma atitude positiva de apoiar pessoas concretas, não usando a morte como solução rápida, mas abrindo-se sempre à vida.»



«Existem hoje muitas vítimas de carências extremas, famílias destruídas, misérias indescritíveis. Quem somos nós para julgar essas pessoas? Quem sabe o que cada um faria se alguma vez se encontrasse nessas situações abomináveis? Há quem, em circunstâncias extremas, cometa actos tresloucados, matando, roubando, ferindo. Nós, se estivéssemos no lugar desses infelizes, talvez fizéssemos ainda pior. Mas isso, se explica, não desculpa. Não devemos julgar as pessoas; temos o dever de condenar os actos. Eles podem até, em certos casos-limite, ser compreensíveis. Mas não são defensáveis. E o que está em causa é, como se viu, a lei.»



«Temos de compreender o sofrimento das pobres mães que se viram no situação-limite de se ferirem a si mesmas para matar o seu filho. Mas temos de perceber que esse sofrimento é uma razão para aumentar o nosso repúdio pelo flagelo do aborto, e não um argumento para o legalizar e facilitar.»



«Ninguém alguma vez pretendeu descriminalizar o roubo só porque muitas pessoas desesperadas roubam para comer. [...] Muitos crimes são cometidos em condições justificáveis e compreensíveis. Não se muda a lei por causa disso.

Apenas se pede ao juiz que use de equidade e misericórdia na sua aplicação.»



«Aqueles que consideram que o horror do aborto clandestino justifica a liberalização do aborto estão apenas a dizer que aquilo que os horroriza no aborto não é o próprio aborto, mas sim os problemas da clandestinidade. Um aborto realizado higienicamente não os perturba, não o consideram mal.

Ninguém se propõe liberalizar algo que considera horrendo, quaisquer que sejam as consequências de o manter proibido.»



«Nunca se pode esquecer que a atitude básica de considerar que não existe condição humana num monte de células foi sempre o ponto de partida para as maiores barbaridades da História. Os que promoveram o racismo, o holocausto, a discriminação da mulher, a limpeza étnica, basearam sempre a sua posição na ideia de que aqueles seres, realmente, não eram humanos. Assim, os defensores do aborto juntam-se às linhas filosóficas mais perigosas deste século, ligadas às mais terríveis tradições da humanidade.»



«O relativismo moral da actualidade nasce de uma corrupção do princípio democrático. Na sociedade moderna, a certeza dos direitos morais fundamentais é substituída pelo sufrágio das opiniões, por vezes expressas apenas através de uma sondagem apressada e incompleta. Não há lei mais alta que a da opinião pública, último juiz do bem e do mal. Neste sufrágio, o bebé ainda por nascer não tem nenhuma voz.»



«Se no século XVI se fizesse em Portugal um referendo sobre a liberalização da escravatura e do assassínio dos índios, o “sim” ganharia esmagadoramente.

E as pessoas justificariam essa atitude dizendo que o bem-estar dos colonos era mais importante, porque o essencial era manter o Império. Essa atitude manchou para sempre aquela geração.»



«O problema do nosso tempo não é, portanto, a falta de moralidade. Em certos aspectos, nunca como hoje se defendeu tanto os valores morais. O que falta hoje é outra coisa. O que nós não temos é o sentido da finalidade última da vida e, consequentemente, da moral. O ser humano hoje sabe o que deve fazer, quando e como. O que não sabe é para quê.

[...] O nosso tempo especializou-se nos meios, e perdeu o sentido dos fins.

Com a tecnologia, com as políticas económico-sociais, com os resultados do desenvolvimento, fomos capazes de resolver problemas que sempre atormentaram a humanidade. Mas abdicámos do objectivo último desses esforços e do propósito superior da nossa vida. O fascínio com os instrumentos fez-nos perder de vista a obra. Hoje, até os que são bons não sabem porque devem sê-lo, nem encontram um propósito superior para os seus esforços. O nosso tempo não tem falta de moral. Tem é falta de Deus.»



João César das Neves, Aborto - Uma abordagem serena, Princípia, Dezembro de 2006
 
EU SOU A FAVOR!
sou LIVRE!
sou EU k tenho um filho!
o assunto APENAS diz respeito a mim e ao pai do bébé!
somos NOS k decidimos, ou EU!
MAIS ninguem poderá dizer o k for!
KEM É CONTRA não tem k ser contra!
se kerem procriar procriem voces!
VOCES NÃO SABEM o k é ter um filho nao desejado!VOCES NÃO SABEM o k é nao ter dinheiro para o criar!VOCES NAO sabem o k é ser violada e engravidar a custa disso!
voces nao sabem NADA e por isso sao contra mesmo nao estando em posição de testar verdadeiramente o k fariam se tivessem numa destas situações!
AGRADECIA K NAO IMPINGISSEM AS PESSOAS NADA!NEM MAILS A IMPINGIR ASSINATURAS!
preocupem-se coma vossa vida e em ajudar a vida dakeles k ja a têm e não com a vida de kem ainda nao a tem e k nao cabe a voces!
 
«Concorda com a despenalização da IVG (...)?
Tradução:«Concorda que uma mulher que faça uma IVG deverá ser presa?»
Efectivamente, esta é a única querela entre o SIm e o Não.
Curiosamente, defensores do Não como o Prof. Daniel Serrão e o Dr. Paulo Portas entendem que as mulheres que abortam não devem ser presas. Logo, defendem, ainda que sem saberem, a despenalização do aborto.
Não está em causa se abortar é um pecado, não está em causa se uma mulher que aborta deve ser condenada ao inferno, mas tão simplesmente se essa mulher deve ser presa.
Estou profundamente convencida que quer os defensores do Sim quer os partidários do Não têm o maior respeito pela vida humana. Por isso, são cidadãos e são-no na sociedade ocidental. Não existe aqui qualquer monopólio na defesa da vida.
E a tentativa de criar esta clivagem só pode demonstrar ou ignorância ou má fé.
O Direito Penal não é, infelizmente, instrumento de combate ao aborto. Consultem os professores de Direito Penal e tentem perceber porque a maioria defende a despenalização do aborto. Digo-o porque lecciono nesta área e conheço as posições. Digo-o porque despenalizar e descriminalizar são conceitos cientificamente diferentes. Digo-o porque é hipócrita utilizar a vida humana politicamente.
Vamos combater a prática de abortos, vamos criar sistemas alternativos de tutela da vida intra-uterina, mas, por favor, não fechemos os olhos e digamos, que para este efeito é suficiente encarcerar a mulher que abortou. Quantos abortos deixaram de ser praticados por o aborto ser crime?
Vamos defender a vida humana. Mas, por -favor, não mandemos para as prisões as mulheres que abortaram.
 
Tréplica a Gonçalo Ameal [que às 18:03 de 25Out06 replicou parcialmente à m/opinião "postada" às 16:15 daquele mesmo dia, com tanta pressa que parece nada mais ter a fazer...]
Ora então cá vai a minha resposta, destemp(er)ada:
1. A questão agendada refere-se à promoção de abortos;
2. A "agenda" das "adopções" não é para aqui chamada.
3. Quem é você para vir à web pretender dar-me "lições" de "amor e generosidade"? Conhece-me de algum lado? Então não pessoalize...
 
SIM CONDORDO COM ISSO TUDO!
O VALOR DA VIDA É COMIGO, ATÉ PQ EXISTE SEMPRE AMOR PARA 1 MULHER POR 1 FILHO NO MUNDO!!!!! AGORA DEIEM-LHE CONDIÇÕES FINANCEIRAS E INFORMEM-NA E NÃO GASTEM ESTES MILHÕES DE EUROS EM REFERENDOS E CLÍNICAS DE ABORTO QUE EM MINHA OPINIÃO SÓ VÃO SUSTENTAR, MAIS UNS LADRÕES!!!! MAIS UMA CRIANÇA PARA PARA NOS FAZER SORRIR! SEMPRE A FAVOR!
SOU AFAVOR DA VIDA NÃO DE FALSAS PEDAGOGIAS OU DE CAUSAS PERDIDAS...
 
As clínicas e hospitais existem
para DAR VIDA não para TIRAR VIDA.

Para dar vida, ou lutar por ela, a um bebé de 10 semanas ou a uma pessoa de 30. Para mim tanto faz. às 10 semanas sou o que sou, há um coração que bate, há uma vida, isso para mim chega! Não chamem a um local onde se faz abortos de clínica ou hospital!

Já estão previstas na lei situações limite como violações, ou malformação da criança, por favor não queiramos mais!

Há tantos meios hoje em dia de evitar uma gravidez; só não a evita quem não quer, quem não está muito preocupado com o assunto ou quem está mal informado! Aqui deve residir a luta!!!

Não se evita uma gravidez num momento em que uma vida já foi concebida!

Acho que temos que combater o aborto. De maneira nenhuma criando condições para que qualquer mulher o possa fazer(com motivos que não sabemos quais são),em qualquer hospital ainda por cima com o a contribuição de todos nós!

Temos que combater o aborto criando condições às mulheres, de terem os filhos que já conceberam e que já vivem no seu ventre, e tornando acessível a todos os cidadãos os meios contraceptivos que já existem!


Direcção geral de saúde:
"Os dados oficiais mais recentes indicam que, em 2004, foram realizados 1.426 internamentos em hospital por aborto clandestino, das quais 1.272 devidas a aborto incompleto ou retido, 98 sem registo e 56 na sequência de complicações de saúde. Durante esse ano não houve nenhuma morte registada." [N.B. as únicas mortes registadas foram as dos 1426 filhos abortados]

Estes foram os resultados do aborto cladestino em Portugal em 2004 com a lei que já temos.

Se o SIM ganhar passaremos, provavelmente a ter, o mesmo número de complicações após o aborto (porque, obviamente o número de abortos VAI AUMENTAR pela facilidade e tranquilidade com que se se vai poder fazer), e complicações de saúde vão existir sempre, em todos os hospitais, (até em perdas de bebé naturais existem coplicações e tratamentos mal feitos - falo com conhecimento de causa, por experiência de casos em pessoas amigas) só que as 1426 mortes de filhos registadas vão com certeza triplicar ou quadriplicar.

Acho que não compensa.

Vamos ajudar as mulheres que passam por gravidezes complicadas mas nunca tirando a vida a um bebé que já geraram e que já vive no seu ventre.
 
A iniciativa é boa mas se o não ganhar a sociedade tem de encontrar uma solução para os abortos clandestinos que existem e que vão sempre continuar a existir. Isso não quer dizer que pode valer tudo.

Alexandre Gomes
 
Eu só sei que para MIM aborto é CRIME e quem o faz deve ser julgado.
Pois isto de banalizar que as coitadinhas que abortaram e ainda não devem ser julgadas DEVEM..eu se matar alguém sou julgada e se matei com convicção sou condenada por isso quem aborta premedita a morte de alguém por isso devem ser condenadas.Vivo num país que pdofilia é crime, é crime levantar injurias é crime roubar, é crime burlar ,é crime fazer download's, é crime copiar um livro e não será normal ser crime o aborto...as pessoas hoje em dia só as com muita leviandade é que se deixam engravidar e temos que ser responsaveis por os nossos actos ...ou só queremos facilitismo...Mas como eu faço questão de nem se quer me deslocar a gastar solas para tal acto de votar...e gastar dinheiroem referndos qd o GOVERNO podia ter legislado a lei e depois mandoo ZÉ poupar somos um País assim onde a se vive para a montra e para a vaidade... e depois é assim a culpa morreu solteira ....
 
Sempre fui pelo não. Esta minha convicção ficou mais firme depois de sofrer um aborto espontâneo: às 6 semanas apaixonei-me perdidamente pelo meu bébé quando vi o seu coração a bater e às 8 tive o maior desgosto quando soube que aquele coração tinha parado de bater. Não imagino a dor que seria se tivesse sido eu a ordenar que parassem aquele coraçãozinho. De todo o modo, fica sempre a dúvida se foi algum comportamento nosso que, involuntariamente, provocou aquele desfecho. Será que deveria ter descansado mais? São dúvidas que nos assaltam porque a medicina não nos sabe explicar, na maior parte das vezes, a razão dos abortos espontâneos. Só há bem pouco tempo (passados que são 4 anos) consigo falar do assunto sem que as lágrimas me encham os olhos. Para conhecerem melhor a dor de quem sofre abortos espontâneos, mesmo muito precocemente - que há-de ser comparavelmente menor à de quem, por opção, faz um aborto voluntário - consultem www.associacaoartemis.com (associação constituída com vista a auxiliar estas mulheres) ou o fórum aborto em http://bebes.clix.pt/forum/novoforum.asp

Não compreendo a opção de abortar por dá cá aquela palha: "Ainda não tenho uma situação financeira sólida para sustentar uma criança"(que me permita, para além disso comprar mais uma blusitas nos saldos ou um computador?); "Ainda quero viajar muito antes de ter essa "prisão""; "ainda sou muito nova e tenho muito para disfrutar da vida"
E se um dos nossos pais, velhinho, ficar aos nossos cuidados vamos matá-lo só porque não queremos essa "prisão"? Porque não temos uma situação financeira que consideremos sólida?
"Vai ser uma vergonha" (e serão estas pessoas que irão a correr a um hospital público, onde podem encontrar qualquer conhecido, para abortar? Acho que continuarão a esconder-se nas malhas da clandestinidade ou no estrangeiro)Estes serão alguns dos argumentos aceitáveis!!!!
A opção será ajudar as mulheres que se deparam com uma criança que não desejaram, esclarecê-las e apoiá-las, psicologica e financeiramente (em casos devidamente justificados) por forma a criarem-se alternativas ao aborto. Há meios termos que se podem adoptar.
 
Mas essa vida, quando crescer e for rejeitada, mal tratada, sem condições para vingar o que dirão?
O NÃO, não permite sequer q a lei seja trabalhada, estudada; NÃO permite que sejam criadas condições para que o aconselhamento seja um facto; NÃO permite que a consciência das pessoas seja ouvida.
NÃO acredito que alguém faça um aborto de ânimo leve, mas vou mais longe. Será que uma pessoa que faz um aborto de ânimo leve, vai deixar de o fazer? E mesmo assim, será que de ânimo leve, não deixará um bebe abandonado? NÃO fará dela uma criança maltratada? E essa pessoa que toma as atitudes de animo leve? Alguma vez terá a oportunidade de ter aconselhamento? SIM, meus amigos, porque são precisamente esses indivíduos que tomam as suas decisões de animo leve que precisam URGENTEMENTE de ajuda!!!. Se NÃO houver ninguém que lhes abra uma porta, lhes dê uma luz, provavelmente vão faze-lo até ao fim da vida.
Eu poderia ate ser contra o aborto (NÃO sou) e continuaria a votar SIM.
SIM, porque respeito a opinião, a discussão, as atitudes dos outros, acredito na diferença e no livre arbítrio; acredito que as atitudes são tomadas de acordo com a consciência de cada um. E mais ainda acredito que a realidade é a realidade…e não é a proibição ou a ausência de uma atitude esclarecedora e eficaz (só possível através do SIM) que vai mudar algo ou ajudar alguém.
 
Alguns parênteses no mínimo necessários;

“Temos em comum o desejo, a esperança e o objectivo de que os portugueses rejeitem a proposta do PS no sentido da liberalização total do aborto até às 10 semanas”. (correcção: não é liberalização, é despenalização…e quando muito poderá ser uma porta aberta para a criação de condições!)

“Consideramos que a defesa da vida constitui não só um imperativo de consciência mas também uma questão civilizacional que pretendemos preservar. A vida humana é um valor em si mesmo.” (por isso mesmo: cada um devia ser livre, de acordo com a sua consciência, ter a atitude mais coerente)

“…Que somos muito mais e muitos mais que uma minoria radical, conservadora, hipócrita ou retrógrada. Os rótulos só metem medo a quem não tem convicções. Não é o nosso caso. Entendemos esta intervenção pública que decidimos abraçar como um acto de cidadania”.(radical e conservadora é a minha avó, alguns defensores do não, procuram a desinformação e usam discursos de terror absolutamente recorrentes)
 
EU VOTO SIM
 
Eu votarei NÃO porque devemos promover a responsabilidade. A despenalização do aborto, a verificar-se, criará a ideia de que "se engravidar, não faz mal: vou ao hospital". Certamente que nem os defensores do SIM pretendem que isso aconteça, mas acontecerá. Há inúmeras formas de evitar uma gravidez não desejada e é nisso que devemos insistir: sejamos responsáveis - se não queremos engravidar, comportemo-nos de forma responsável, protegendo-nos. Aliás, dessa forma poderemos estar a proteger-nos também de doenças sexualmente transmissíveis, questão que devia estar a preocupar-nos mais do que a do aborto. Se o dinheiro gasto nesta campanha tivesse sido aplicado em campanhas de sensibilização para o uso do preservativo, matávamos dois coelhos de uma só cajadada. Há sempre o argumento de que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz. É verdade. Nesse caso, uma mulher que não deseje mesmo engravidar tem de estar consciente disso e tem outra opção: a abstinência. Sim, pode parecer retrógrado, mas não me importo. Continuo a argumentar com a questão da responsabilidade e a responsabilidade também passa pela maturidade e pela capacidade de asssumir as consequências dos nossos actos. Não optando pela abstinência, e tendo o enorme azar de experimentar um raro falhanço do método contraceptivo escolhido, ainda há soluções, que passam por deixar que uma criança nasça e que uma família, que há muito a deseja, a adopte. Ou ainda pedir auxílio a uma das várias instituições que acolhem grávidas e as ajudam durante o tempo necessário, permitindo-lhe criar o seu filho, dar-lhe uma vida digna e, ainda, amá-lo.
Os defensores do SIM apresentam também como argumento os riscos que a mulher passa ao praticar o aborto clandestino e os estigmas sociais que daí advêm. É fácil desmontar estes argumentos. Ainda que o aborto seja despenalizado, continuará a haver abortos clandestinos, pois grande parte dos casos ocorrem com adolescentes que têm receio de contar aos pais e, por isso, não vão recorrer aos hospitais (a não ser que seja possível uma menor de idade solicitar um aborto num hospital sem que os seus pais sejam chamados a dar autorização. Não quero imaginar que isso possa acontecer!),mas vão continuar a escolher a clandestinidade com todos os riscos que lhe estão associados. A questão do estigma continuará a existir, pois a ida a um hospital tornará os casos mais visíveis e não é a mudança da lei que vai mudar as mentalidades. Para além de que, legal ou não, a própria mulher continuará, certamente, a autopunir-se pela opção que tomou.
Relativamente à questão da liberdade de opção, de direito a mandar no seu corpo, lembro que a liberdade de cada um termina quando começa a liberdade do outro e no caso do aborto, para além dos direitos da "mãe", temos de considerar os direitos do bebé que, sim, já é um ser vivo.
Insisto: os nossos esforços deviam estar concentrados em duas vertentes: tentar que o número de gravidezes não desejadas diminuisse e apoiar as mães sem condições económicas para que pudessem dar uma vida digna e feliz ao seu filho. Sim, é verdade: o NÃO ganhou há oito anos e isso não foi feito. A responsabilidade é de todos: acomodámo-nos e esquecemos o assunto até o sr. Sócrates se candidatar a 1.º ministro e recuperar o assunto como se fosse a salvação do país. Provalvelmente, os apoiantes do SIM ficaram calados para mais tarde (agora) terem argumentos para voltar à carga. Desta vez vez temos de nos comprometer que, se o NÃO vencer, vamos exigir do Estado que tome as medidas necessárias para que o problema diminua e não seja necessário voltarmos a esta questão que divide o país quando ele mais precisa de se manter unido.
Enfim, promovamos comportamentos responsáveis para que o número de gravidezes indesejadas diminua e para que, quando ocorrerem, a sociedade possa dar uma resposta adequada que passe pela dignificação da vida humana. Sim, que as mulheres que não entendem isto sejam penalizadas, porque a irresponsabilidade também pode ser (e é em muitos outros casos) crime. NÃO à mudança da lei.
 
Votar NÃO? Porquê?
Os defensores do NÃO tiveram todos estes anos para fazer melhor e não fizeram!
Votar NÃO é deixar ficar tudo na mesma.
Voto SIM, não porque concorde com o aborto, mas porque considero não ser aceitável que tenhamos portuguesas de primeira - que podem desfazer-se de um "descuido" em qualquer clínica privada estrangeira e portuguesas de segunda - que "coitadinhas" têm que ter os seus filhos e, porque não, dá-los para a adopção!?
Há-que acabar de vez com tamanha discriminação. Sou PELA VIDA digna das mulheres e também dos seus filhos, que devem ser desejados desde o primeiro instante e amados para toda a vida.
 
Cara Carla Moreira:
Permita-se algumas observações e quiçá algumas questões, que me suscitaram o seu comment:
a) “Sejamos responsáveis” – SIM, é essa responsabilidade que o SIM pede;
b) “Se não queremos engravidar, comportemo-nos de forma responsável, protegendo-nos.”, Vou perguntar-lhe em que mundo vive?... Será pedir muito encarar a realidade tal e qual ela é? Tal e qual ela acontece?
c) ” …questão que devia estar a preocupar-nos mais do que a do aborto. Se o dinheiro gasto nesta campanha tivesse sido aplicado em campanhas de sensibilização para o uso do preservativo”, concordo, que não devia ter sido gasto um único cêntimo nesta campanha. E sim na prevenção. O facto é a lei devia ter sido legislada, tal como as outras, seguindo os devidos trâmites legais
d) “…outra opção: a abstinência. Sim, pode parecer retrógrado, mas não me importo.” Minha cara, que você não se importe, ninguém se importa, mas que os outros se importam é um facto..e a abstinência não é contracepção!!! É ausência de sexo!
e) “Relativamente à questão da liberdade de opção, de direito a mandar no seu corpo, lembro que a liberdade de cada um termina quando começa a liberdade do outro e no caso do aborto, para além dos direitos da "mãe", temos de considerar os direitos do bebé que, sim, já é um ser vivo.” É um feto e apesar de ser vivo, há que ter consciência do que implica trazer ao mundo um ser vivo (que enquanto tal merece o respeito devido) não desejado.
Eu também insisto, há que tornar o nosso mundo um mundo melhor, há que ter consciência, atitudes honestas e correctas, há que apoiar as famílias carenciadas e promover a adopção, ao mesmo tempo que procuramos respostas congruentes para a solução de problemas sociais que afectam não só os adultos, como os nossos jovens. Mar por esta urgente necessidade de dever e coerência, é que o SIM é o único voto RESPONVAVEL.
 





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