O “NÃO” DE FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Temos o gosto e a honra de contar a partir de hoje com a adesão generosa de Francisco Sarsfield Cabral como colaborador eventual do blog do não. Para já, publicamos esta preciosa contribuição:
Contra a liberalização do aborto
A vida humana deve ser protegida desde o início. Aliás, existem mais razões para a proteger do que para preservar tantos animais e vegetais que, hoje, são alvo (e ainda bem) das preocupações ambientalistas.
Mas quando começa a vida humana? Parece-me arbitrário escolher a semana x ou y da gravidez. O progresso da tecnologia permite, hoje, ver como o feto tem reacções humanas desde muito cedo. Por isso, e até por uma questão de prudência, é mais seguro proteger a vida humana desde o momento da concepção.
Claro que nem toda a gente partilha esta minha convicção. E eu respeito quem pensa de outra maneira.
Acontece, porém, que a pergunta para o anunciado referendo não se limita a propor o aborto em certas condições até às dez semanas de gestação. O sim a tal pergunta abre a porta à completa liberalização do aborto até aquele momento.
Mais: os abortos “livres” serão financiados pelo dinheiro de todos nós, contribuintes, o que não acontece, por exemplo, com a compra de contraceptivos. Ou seja, na prática o aborto passará a ser uma prática anticoncepcional, o que é retrocesso de civilização.
E como às dez semanas já se pode conhecer o sexo da criança, não faltará quem aborte por querer um filho do outro sexo.
São absurdos como estes que devem induzir muita gente que tem dúvidas sobre o momento em que surge uma vida humana a votar não no referendo.
Francisco Sarsfield Cabral
A vida humana deve ser protegida desde o início. Aliás, existem mais razões para a proteger do que para preservar tantos animais e vegetais que, hoje, são alvo (e ainda bem) das preocupações ambientalistas.
Mas quando começa a vida humana? Parece-me arbitrário escolher a semana x ou y da gravidez. O progresso da tecnologia permite, hoje, ver como o feto tem reacções humanas desde muito cedo. Por isso, e até por uma questão de prudência, é mais seguro proteger a vida humana desde o momento da concepção.
Claro que nem toda a gente partilha esta minha convicção. E eu respeito quem pensa de outra maneira.
Acontece, porém, que a pergunta para o anunciado referendo não se limita a propor o aborto em certas condições até às dez semanas de gestação. O sim a tal pergunta abre a porta à completa liberalização do aborto até aquele momento.
Mais: os abortos “livres” serão financiados pelo dinheiro de todos nós, contribuintes, o que não acontece, por exemplo, com a compra de contraceptivos. Ou seja, na prática o aborto passará a ser uma prática anticoncepcional, o que é retrocesso de civilização.
E como às dez semanas já se pode conhecer o sexo da criança, não faltará quem aborte por querer um filho do outro sexo.
São absurdos como estes que devem induzir muita gente que tem dúvidas sobre o momento em que surge uma vida humana a votar não no referendo.
Francisco Sarsfield Cabral