MATERIAL GIRLS
Estas queridas, vá lá saber-se porquê, são favoráveis à despenalização do aborto. Até podiam ser contra. Todavia, como pergunta o João Villalobos, "alguém me explica, como se tivesse 10 semanas, qual a razão para o Clube Safo se pronunciar a favor (ou já agora mesmo que fosse contra) da despenalização do aborto? Ou faltou-me aprender algumas coisas na escola?".
Comentários:
blogue do não
... Eu bem digo -não sou original, já sei- que não há compartimentos estanques...
HOMOCASE
…Branco, hetero, apartidário e agnóstico –porque nenhum deus, pelos homens, até agora, me convenceu–, venho podendo, apenas e condicionado, procurar e rever o pensamento. O nascimento, a cor e o sexo nunca foram parte determinada pelos meus projectos, sendo-me permitido, pela constatação, perceber que há culpas de que ninguém padece, e que as culpas são só do modo que tenhamos de pensar e de entender. E a intenção, agora, é, sem preconceito, dissertar sobre a questão aparentemente moderna, porque as sociedades modernas colocam-nos, de quando em vez, questões e discussões que só podem ser velhas, na medida em que as vontades se repetem num Ser que, fundamentalmente, se limita a mudar de poses e de roupas; e que, nova, é a vontade de atitudes instituidamente reconhecidas, sabendo-se que, atravessando o regime falaz e falido de Democracia, o Instinto –como um rio a que ninguém, impune, desvia do percurso– vai, irresistivelmente, impondo e mantendo os lugares do princípio.
Devem ou não, a Constituição e o Código Civil, prever e sancionar o casamento entre homossexuais?... É ou não legítima e legalizável a vontade que tenham de adopção?
Primeiro, será conveniente e necessário que se saiba a que se deve a homossexualidade. E, suportando-nos nos casos com explicação genética –os outros são efeitos da educação e da envolvência; são, hoje, até, o culto e a marca de uma certa vanguarda–, é possível afirmar que é uma malformação, um desvio, porque, em princípio, um sexo pede o outro, e só por disfunção hormonal, por níveis menos ajustados de testosterona, a distância cavada entre sexos não é suficientemente decisiva. E mesmo que, nas formas físicas, a indecisão ou o desfasamento não se perceba, há expressões, subtis ou indiscretas, que apontam para transtornos psíquicos, porque não pode viver em equilíbrio quem vive num corpo com cérebro e desejos desencontrados –falamos, portanto, de um Ser de fronteira, de um apátrida, em conflito, permanente, por causa do antagonismo entre a anatomia e as vontades.
Mas será, a diferença, razão para que sejam descriminadas as pessoas diferentes?... A razão é a mesma de que se serve o lobby gay para descriminar quem não é –na área da Cultura, abundam os exemplos; na política, há descriminações e quem se esconda–. A questão é, seguramente, de ordem filosófica. Só depois se torna sociológica.
Na verdade, qualquer que possa ser o desarranjo que nos altere, ninguém fere a normalidade por vontade própria. Ninguém decide ter dificuldades respiratórias, problemas de visão, de locomoção ou de… identidade. Poderemos, naturalmente, através da inteligência e da educação, ajustar os nossos movimentos, a nossa existência, de acordo com as características que nos enformam; exigindo o respeito e o espaço, mas procurando a melhor consciência de qual é, de facto, o espaço.
Há, no movimento gay, a influência de uma inclinada intelectualidade, de pessoas que detêm ou têm relação próxima com o poder. Só por isso a discussão se estabelece, porque, tal como a rica teve um menino, e a pobre pariu um moço, num universo de putas –utilizo a linguagem do meio– que se denigrem e se segregam e segregam, também o pederasta deserdado não é mais que paneleiro ou roto: sem deferência, sem tempo de antena nem apoio. Pode, nos desfiles de grupo, engrossar o partido, mas não passa da base de sustentação.
E se há inteligência e presunção de vanguarda, por que razão –por se sentirem de vanguarda– hão-de querer integrar modelos de instituição que só por interesse material fazem sentido?... Por quê, então, quando pugnam pelo direito à diferença, haver diferentes que exigem ser tratados como iguais?... Porque o Humano é um ser de fantasmas e de fetiches; de traumas, de quistos, de abcessos; incapaz de limitar-se a ser, sem cerimonial, quem é.
E é ridículo que alguém que se pretende culto confunda movimentos políticos com biologia, e não perceba, ainda, que a Vida, ela própria, não sobreviveria com base na relação, condenada à ineficácia reprodutiva, entre indivíduos do mesmo sexo. Concluindo-se, por isso, que o Universo se desenvolve e evolui e procria contemplando os desvios; aceitando-se falar do processo selectivo –e ele existe–, se se aceitar, como factos existentes e evidentes, a necessária eficácia e o desperdício só aparentemente desnecessário. E é por incompreensão e desobediência, a leis que nos condicionam e nos transcendem, que são mais e mais cedo procuradas pessoas que se formaram em psicologia ou em psiquiatria –muitas, sem a capacidade para interpretar e ajustar os comportamentos com étimo nos intervalos, híbridos, entre a crueza do nosso destino e o anseio das nossas miragens.
O casamento, como instituição, é um equívoco a que pretendem negar a falência. Como o próprio Projecto Social, tem os alicerces carcomidos pela panóplia de interesses e de mimetismos, porque apenas o sentimento liga, enquanto liga, as pessoas. O compromisso, como vontade preparada, é essa coisa, incómoda, que nos impõe a hora e a presença organizadas; quando o prazer –qualquer prazer– há-de provir de tempos e de encontros desejadamente esperados. Os planos, de precaução e de conforto, são a parte que escapa ao romance, porque, de toda a matéria, são, o corpo e a alma, os únicos papéis por que o amor se interessa, sendo, aliás, que a Espécie deve a subsistência ao tempo em que a homossexualidade e as convenções não tinham relevância; a heterossexualidade e a poligamia asseguravam o futuro; fidelidade ou infidelidade eram termos ainda por pensar e descrever, porque a Vida sempre fez e desfez dos indivíduos, e sem que a comovessem os consequentes desgostos e angústias das vítimas que Ela haja inventado e seduzido para a reproduzirem. E mantém-se indiferente à contemporaneidade tumultuosa provocada pela crise de coabitação das minorias –por mais maiorias que algumas se presumam–, porque a verdade é que todos os produtos são Seus, como Seus os motivos por que se digladiam o Instinto e a Razão, no meio dos meios onde o progresso influencia os comportamentos da excessiva densidade populacional. E as uniões –quaisquer– não podem ter a oficialização como pretexto para caprichos e mordomias, porque há já pares suficientes e institucionalmente infelizes, porque deram, em troca, a essência pelo acessório.
Se têm a certeza de que se sentem, unam-se! Aproveitem a oportunidade para demonstrar a diferença e a ausência de preconceito demonstradas por bastantes heterossexuais. Nutram os sentimentos e menosprezem os arranjos e a burocracia. Amem-se, até à exaustão, mas deixem, ao Estado e à Igreja, os interesses; o estudo das vantagens e das desvantagens do casamento como arma de negócio.
Querem o fraque ou o smoking; o vestido branco, o véu e o ramo de laranjeira?... Quererão o alongamento do clítoris e o reaperto do esfíncter, pagos pela Segurança Social, como direito devido e reconhecido para que, na noite de núpcias, pareçam ela virgem e ele capaz, aos quais Deus ou Cristo ou qualquer santo ou santa possa, através de um terráqueo abusivo e irresponsável representante, sem enegrecimento, abençoar a pureza do acto?...
A Homossexualidade, sem forçar a semântica, existe?... Sei que, indivíduos de um mesmo sexo, procuram, entre si, um no outro, atitudes e afectos de um corpo –e de um cérebro, é implícito– de sexo diferente. De outro modo, alinhariam passivo com passivo, activo com activo… –poderá ou deverá, a anormalidade, tornar-se instituição? É, antes de tudo, como digo, uma questão filosófica.
Depois do casamento, a adopção...
Singelo contra dobrado: os masculinos, em regra, quererão um menino; os femininos, uma menina. Num caso e noutro, pouco mais haverá que o paroxismo da fantasia; o arquétipo da consumação, desastrosa, da paternidade e da maternidade impossíveis; sem contemplação nem respeito por um Ser já nascido sem que tivesse voto e que não é, ainda, capaz de extrair ilações para poder compensar códigos e informações deturpados.
Dir-me-ão que há crianças que sofrem horrores no seio dos pais biológicos; que melhor fora viverem e conviverem com quem, biologicamente não lhes pertença, mas lhes queira… Porém, eu afirmo que a impreparação e os problemas que levam a condutas desastradas não são exclusivo de nenhum grupo. E digo, até, que, num processo que poderia parecer demoníaco, por descabidamente contranatura, a Sociedade, que procura reformular e substituir-se ao Universo, deveria consentir a paternidade e a maternidade apenas a quem, prestando provas, demonstrasse os níveis exigidos para o cometimento. No entanto, preparados ou impreparados, os casais obedecem, com ou sem consciência, aos impulsos da Vida, e sem que possam ser adivinhadas nem, legitimamente, impedidas as consequências. Têm, portanto, lógica, a dúvida e o benefício, socialmente temíveis, à luz do direito e da possibilidade naturalmente concedidos.
As crianças não podem ser o grude, a autenticação nem o fetiche de relações impróprias, porque elas são realidades específicas, entidades autónomas, e não extensões ou apêndices onde nos projectemos e nos quais esperemos o exorcismo das nossas falências; que queiramos como parte integrante, inspiradora e submissa, dos anseios que, em nós, nunca foram nem nunca poderão ser realizados. E ainda que os corpos se apresentem, anatomicamente, definidos, o cérebro permanece –de acordo com os genes que o estruturam e o decidem– moldável, em consequência dos cálculos majoritados que nos conferem a capacidade para a adaptação, não havendo, por isso, bem nem mal algum que não contagie, que não modele. E são as marcas da infância –ou também ou essencialmente as marcas da infância, o alicerce de todo o edifício– que, física e psicologicamente, interferem e marcam a compleição adulta, porque inibem, deformam ou exponenciam o carácter genético da pessoa –por que há-de um Ser, predisposto para o tamanho, carregar pesos que, sem dúvida nem benefício, lhe atrofiam a coluna? –.
Na Homossexualidade não pode haver mais que fantasia, confusão e vício. Que condições existem para que uma criança cresça e amadureça, física e mentalmente, saudável, orientada e confundida por pessoas em permanente desequilíbrio?...
HOMOCASE
…Branco, hetero, apartidário e agnóstico –porque nenhum deus, pelos homens, até agora, me convenceu–, venho podendo, apenas e condicionado, procurar e rever o pensamento. O nascimento, a cor e o sexo nunca foram parte determinada pelos meus projectos, sendo-me permitido, pela constatação, perceber que há culpas de que ninguém padece, e que as culpas são só do modo que tenhamos de pensar e de entender. E a intenção, agora, é, sem preconceito, dissertar sobre a questão aparentemente moderna, porque as sociedades modernas colocam-nos, de quando em vez, questões e discussões que só podem ser velhas, na medida em que as vontades se repetem num Ser que, fundamentalmente, se limita a mudar de poses e de roupas; e que, nova, é a vontade de atitudes instituidamente reconhecidas, sabendo-se que, atravessando o regime falaz e falido de Democracia, o Instinto –como um rio a que ninguém, impune, desvia do percurso– vai, irresistivelmente, impondo e mantendo os lugares do princípio.
Devem ou não, a Constituição e o Código Civil, prever e sancionar o casamento entre homossexuais?... É ou não legítima e legalizável a vontade que tenham de adopção?
Primeiro, será conveniente e necessário que se saiba a que se deve a homossexualidade. E, suportando-nos nos casos com explicação genética –os outros são efeitos da educação e da envolvência; são, hoje, até, o culto e a marca de uma certa vanguarda–, é possível afirmar que é uma malformação, um desvio, porque, em princípio, um sexo pede o outro, e só por disfunção hormonal, por níveis menos ajustados de testosterona, a distância cavada entre sexos não é suficientemente decisiva. E mesmo que, nas formas físicas, a indecisão ou o desfasamento não se perceba, há expressões, subtis ou indiscretas, que apontam para transtornos psíquicos, porque não pode viver em equilíbrio quem vive num corpo com cérebro e desejos desencontrados –falamos, portanto, de um Ser de fronteira, de um apátrida, em conflito, permanente, por causa do antagonismo entre a anatomia e as vontades.
Mas será, a diferença, razão para que sejam descriminadas as pessoas diferentes?... A razão é a mesma de que se serve o lobby gay para descriminar quem não é –na área da Cultura, abundam os exemplos; na política, há descriminações e quem se esconda–. A questão é, seguramente, de ordem filosófica. Só depois se torna sociológica.
Na verdade, qualquer que possa ser o desarranjo que nos altere, ninguém fere a normalidade por vontade própria. Ninguém decide ter dificuldades respiratórias, problemas de visão, de locomoção ou de… identidade. Poderemos, naturalmente, através da inteligência e da educação, ajustar os nossos movimentos, a nossa existência, de acordo com as características que nos enformam; exigindo o respeito e o espaço, mas procurando a melhor consciência de qual é, de facto, o espaço.
Há, no movimento gay, a influência de uma inclinada intelectualidade, de pessoas que detêm ou têm relação próxima com o poder. Só por isso a discussão se estabelece, porque, tal como a rica teve um menino, e a pobre pariu um moço, num universo de putas –utilizo a linguagem do meio– que se denigrem e se segregam e segregam, também o pederasta deserdado não é mais que paneleiro ou roto: sem deferência, sem tempo de antena nem apoio. Pode, nos desfiles de grupo, engrossar o partido, mas não passa da base de sustentação.
E se há inteligência e presunção de vanguarda, por que razão –por se sentirem de vanguarda– hão-de querer integrar modelos de instituição que só por interesse material fazem sentido?... Por quê, então, quando pugnam pelo direito à diferença, haver diferentes que exigem ser tratados como iguais?... Porque o Humano é um ser de fantasmas e de fetiches; de traumas, de quistos, de abcessos; incapaz de limitar-se a ser, sem cerimonial, quem é.
E é ridículo que alguém que se pretende culto confunda movimentos políticos com biologia, e não perceba, ainda, que a Vida, ela própria, não sobreviveria com base na relação, condenada à ineficácia reprodutiva, entre indivíduos do mesmo sexo. Concluindo-se, por isso, que o Universo se desenvolve e evolui e procria contemplando os desvios; aceitando-se falar do processo selectivo –e ele existe–, se se aceitar, como factos existentes e evidentes, a necessária eficácia e o desperdício só aparentemente desnecessário. E é por incompreensão e desobediência, a leis que nos condicionam e nos transcendem, que são mais e mais cedo procuradas pessoas que se formaram em psicologia ou em psiquiatria –muitas, sem a capacidade para interpretar e ajustar os comportamentos com étimo nos intervalos, híbridos, entre a crueza do nosso destino e o anseio das nossas miragens.
O casamento, como instituição, é um equívoco a que pretendem negar a falência. Como o próprio Projecto Social, tem os alicerces carcomidos pela panóplia de interesses e de mimetismos, porque apenas o sentimento liga, enquanto liga, as pessoas. O compromisso, como vontade preparada, é essa coisa, incómoda, que nos impõe a hora e a presença organizadas; quando o prazer –qualquer prazer– há-de provir de tempos e de encontros desejadamente esperados. Os planos, de precaução e de conforto, são a parte que escapa ao romance, porque, de toda a matéria, são, o corpo e a alma, os únicos papéis por que o amor se interessa, sendo, aliás, que a Espécie deve a subsistência ao tempo em que a homossexualidade e as convenções não tinham relevância; a heterossexualidade e a poligamia asseguravam o futuro; fidelidade ou infidelidade eram termos ainda por pensar e descrever, porque a Vida sempre fez e desfez dos indivíduos, e sem que a comovessem os consequentes desgostos e angústias das vítimas que Ela haja inventado e seduzido para a reproduzirem. E mantém-se indiferente à contemporaneidade tumultuosa provocada pela crise de coabitação das minorias –por mais maiorias que algumas se presumam–, porque a verdade é que todos os produtos são Seus, como Seus os motivos por que se digladiam o Instinto e a Razão, no meio dos meios onde o progresso influencia os comportamentos da excessiva densidade populacional. E as uniões –quaisquer– não podem ter a oficialização como pretexto para caprichos e mordomias, porque há já pares suficientes e institucionalmente infelizes, porque deram, em troca, a essência pelo acessório.
Se têm a certeza de que se sentem, unam-se! Aproveitem a oportunidade para demonstrar a diferença e a ausência de preconceito demonstradas por bastantes heterossexuais. Nutram os sentimentos e menosprezem os arranjos e a burocracia. Amem-se, até à exaustão, mas deixem, ao Estado e à Igreja, os interesses; o estudo das vantagens e das desvantagens do casamento como arma de negócio.
Querem o fraque ou o smoking; o vestido branco, o véu e o ramo de laranjeira?... Quererão o alongamento do clítoris e o reaperto do esfíncter, pagos pela Segurança Social, como direito devido e reconhecido para que, na noite de núpcias, pareçam ela virgem e ele capaz, aos quais Deus ou Cristo ou qualquer santo ou santa possa, através de um terráqueo abusivo e irresponsável representante, sem enegrecimento, abençoar a pureza do acto?...
A Homossexualidade, sem forçar a semântica, existe?... Sei que, indivíduos de um mesmo sexo, procuram, entre si, um no outro, atitudes e afectos de um corpo –e de um cérebro, é implícito– de sexo diferente. De outro modo, alinhariam passivo com passivo, activo com activo… –poderá ou deverá, a anormalidade, tornar-se instituição? É, antes de tudo, como digo, uma questão filosófica.
Depois do casamento, a adopção...
Singelo contra dobrado: os masculinos, em regra, quererão um menino; os femininos, uma menina. Num caso e noutro, pouco mais haverá que o paroxismo da fantasia; o arquétipo da consumação, desastrosa, da paternidade e da maternidade impossíveis; sem contemplação nem respeito por um Ser já nascido sem que tivesse voto e que não é, ainda, capaz de extrair ilações para poder compensar códigos e informações deturpados.
Dir-me-ão que há crianças que sofrem horrores no seio dos pais biológicos; que melhor fora viverem e conviverem com quem, biologicamente não lhes pertença, mas lhes queira… Porém, eu afirmo que a impreparação e os problemas que levam a condutas desastradas não são exclusivo de nenhum grupo. E digo, até, que, num processo que poderia parecer demoníaco, por descabidamente contranatura, a Sociedade, que procura reformular e substituir-se ao Universo, deveria consentir a paternidade e a maternidade apenas a quem, prestando provas, demonstrasse os níveis exigidos para o cometimento. No entanto, preparados ou impreparados, os casais obedecem, com ou sem consciência, aos impulsos da Vida, e sem que possam ser adivinhadas nem, legitimamente, impedidas as consequências. Têm, portanto, lógica, a dúvida e o benefício, socialmente temíveis, à luz do direito e da possibilidade naturalmente concedidos.
As crianças não podem ser o grude, a autenticação nem o fetiche de relações impróprias, porque elas são realidades específicas, entidades autónomas, e não extensões ou apêndices onde nos projectemos e nos quais esperemos o exorcismo das nossas falências; que queiramos como parte integrante, inspiradora e submissa, dos anseios que, em nós, nunca foram nem nunca poderão ser realizados. E ainda que os corpos se apresentem, anatomicamente, definidos, o cérebro permanece –de acordo com os genes que o estruturam e o decidem– moldável, em consequência dos cálculos majoritados que nos conferem a capacidade para a adaptação, não havendo, por isso, bem nem mal algum que não contagie, que não modele. E são as marcas da infância –ou também ou essencialmente as marcas da infância, o alicerce de todo o edifício– que, física e psicologicamente, interferem e marcam a compleição adulta, porque inibem, deformam ou exponenciam o carácter genético da pessoa –por que há-de um Ser, predisposto para o tamanho, carregar pesos que, sem dúvida nem benefício, lhe atrofiam a coluna? –.
Na Homossexualidade não pode haver mais que fantasia, confusão e vício. Que condições existem para que uma criança cresça e amadureça, física e mentalmente, saudável, orientada e confundida por pessoas em permanente desequilíbrio?...
é muito dificil caminhar este trilho, sem ter ao lado a homofobia.
porque raio nao podem elas ter opinião??
e não são vocês os primeiros a atirar pedras ao louçã quando este disse o que disse do portas?
que incoerência, que desfaçatez...
porque raio nao podem elas ter opinião??
e não são vocês os primeiros a atirar pedras ao louçã quando este disse o que disse do portas?
que incoerência, que desfaçatez...
Também não percebo a lógica. Elas, pelo menos até vêm dotadas de útero e trompas. Se fossem eles, os gay, a reivindicar o não ao aborto pelo direio ao choco, é que podia fazer sentido a boca pythoniana
Com um pouco de insistência, ainda se recruta o Pitta para a causa e depois esperem pelas bocas foleiras.
Logo ele que é tão legalista e nem suporta essa "fantochada" de um Estado de Direito onde a lei não é cumprida...
ahahhaha
Logo ele que é tão legalista e nem suporta essa "fantochada" de um Estado de Direito onde a lei não é cumprida...
ahahhaha
O argumento é tão ridículo que me apetece contrapor com outro igualmente ridículo. "Alguém me explica porque é que a Igreja se pronuncia, mesmo que fosse a favor? Também me deve ter faltado aprender qualquer coisa na catequese..."
Estas "queridas" são pessoas, como você é, como tal têm o mesmo direito que o seu à opinião.
Suponho que o "senhor" pense que os homens impotentes, os capados e os homosexuais...perdão "maricas" também não têm voto na matéria ?
Pensava que o blogue do pessoal de extrema-direita era o antiaborto.blogspot.com e que neste sempre havia pessoas cultas e inteligentes, obrigado por me ter mostrado como sou ignorante.
Suponho que o "senhor" pense que os homens impotentes, os capados e os homosexuais...perdão "maricas" também não têm voto na matéria ?
Pensava que o blogue do pessoal de extrema-direita era o antiaborto.blogspot.com e que neste sempre havia pessoas cultas e inteligentes, obrigado por me ter mostrado como sou ignorante.
muito bem...
assim vamos captar muitos adeptos... sobretudo no universo dos mononeurónicos. lamentável. porra...
assim vamos captar muitos adeptos... sobretudo no universo dos mononeurónicos. lamentável. porra...
Faltou, caro João, faltou mesmo: faltou-lhe aprender (1) que o sistema reprodutivo não se deixa impressionar pela orientação sexual das pessoas, e (2) que umja orientação homossexual não impede uma mulher de ter uma relação sexual hetero, como uma orientação heterossexual nunca impediu as pessoas de darem a sua voltinha in the other side...
Assim se prova a falta que faz a educação sexual nos liceus.
Assim se prova a falta que faz a educação sexual nos liceus.
Além de que, por esta lógica, as mulheres depois da menopausa e os homens em geral também não poderiam emitir opinião...
olá. o meu nome: maria de sá pessoa. para enquadrar o meu comentário, alguns de vós precisam que vos diga que gosto de mulheres, sou fufa, tenho namoradas..como quiserem definir as minhas opções sexuais, que em nada me dizem respeito e versa. que diabo tenho eu a ver com o que fazem com as vossas mulheres/homens na cama? adiante. o "não" tem argumentos razoáveis, bem como o "sim". entramos num campo difícil, em que se fala de ética (poucas vezes) e em moral (quase sempre). e por gostar de mulheres, sou menos portuguesa? fico estéril? não posso opinar com o que se passa no meu país? de que posso falar e opinar? pensos higiénicos? detergentes para a máquina? é pena que a discussão continue a ser tão básica. por estas coisas é que, de base, eu estou contra o referendo, que considero ser uma opção política. legitimar um referndo sobre o aborto é dar espaço para milhares de referendos sobre outras questões. ai...peço desculpa...não tenho opinião, gosto de mulheres.
Aqui está um post digno da idade média e que nos faz apetecer só voltar a este blog depois do referendo...
É com grande expectativa que se espera a tomada de posição por parte da Associação Portuguesa de Surdos sobre o referendo ao aborto. Seus membros como parte integrante da sociedade civil reclamam que "não pode haver um debate de tamanha importância para o país, e a associação não expressar oficialmente a sua posição". E continuam "somos surdos, mas temos o direito e o dever como associação integrada na comunidade de declarar o nosso posicionamento acerca da despenalização do aborto", acabando por mencionarem que "brevemente iremos anunciar também a nossa posição sobre a proliferação nuclear, nomeadamente em relação à crise da Coreia do Norte e do Irão", completando então "a Associação Portuguesa de Surdos não se pode alhear das problemáticas que assolam o mundo".
MF, a diferença é que uma associação de surdos não se organiza em torno das questões do género, da família e da sexualidade; uma associação gay ou lésbica sim, e tem portanto, de certa forma, até obrigação de se pronunciar numa matéria como o aborto.
Caro fuckitall,
Após a minha pequena brincadeira com a "Associação Portuguesa de Surdos" e a sua resposta acho que devo esclarecer o ponto em questão.
Todo o indivíduo deve ter o direito de poder se pronunciar sobre qualquer tema que diga respeito a qualquer realidade, independentemente da acutilância e veracidade da sua opinião, respondendo posteriormente pelas suas intervenções, se for caso disso.
Sendo válido para indivíduos, será também para as associações, independentemente do móbil para existirem. Ninguém as pode calar, sendo que, somente os seus membros poderão contestar a linha seguida por aqueles que intervêm. Por isso não é irreal, se todos os membros da dita associação de surdos concordassem com as resoluções, ver ela se pronunciar sobre o que lhe apetecesse, tendo como consequência unicamente o descrédito da mesma na sociedade.
O caso para mim está unicamente no ser despropositado ou não a intervenção de determinada associação, tendo em conta, como disse na sua resposta, as questões em torno das quais se organiza uma associação.
Assim, "uma associação gay ou lésbica" tem como finalidade defender as reivindicações dos cidadãos no âmbito das suas práticas homossexuais, como o direito ao casamento, à adopção de crianças e outros direitos civis que julguem pertinentes.
Tal como os surdos podem casar, ter filhos, e abortar (as surdas, está visto), também os homossexuais podem fazer todas estas coisas se o desejarem. Isto é independente da missão que cabe a cada uma das associações. Pouco interessará às referidas "associações gay ou lésbica" que uma pessoa homossexual se case e tenha filhos, sendo o seu foco naqueles que se querem casar com seus semelhantes (do mesmo sexo). A surdez não define uma pessoa, como também a homossexualidade não a define, pois antes de tais fenómenos ela é e continuará a ser um a pessoa humana com uma mundividência que vais para além de certas características, gostos, sentimentos e afins.
É nesta afirmação como homem antes de homossexual ou surdo, que as associações devem compreender o seu papel e tratar da defesa dos direitos quando está em causa não o homem em si, mas somente o que partilham, não falando em nome de todos em assuntos que vão para além da homossexualidade ou a surdez.
Neste sentido, sabe-se que nas relações homossexuais não é possível existir a procriação de uma forma natural, sendo algo que apenas ocorre em relações sexuais de carácter heterossexual. Logo se percebe que o aborto está fora do âmbito das associações gay ou lésbica pela impossibilidade de tal vir a ser praticado como consequência de uma relação homossexual.
Agora, qualquer pessoa que seja homossexual, surda ou o mais, com propósito, pode e deve expressar a nossa opinião sobre o assunto.
Acabo o texto referindo-me a um comentário da Teresa:
"Alguém me explica porque é que a Igreja se pronuncia, mesmo que fosse a favor? Também me deve ter faltado aprender qualquer coisa na catequese..."
A Igreja não defende determinados direitos de alguns grupos de pessoas. Tem uma missão universal que abrange todos os homens, toda a sociedade e a sua vivência. Algo que os partidos políticos actualmente tendem a imitar, com os seus programas políticos que abarcam o homem na sua plenitude, mas com pouca metafísica.
Após a minha pequena brincadeira com a "Associação Portuguesa de Surdos" e a sua resposta acho que devo esclarecer o ponto em questão.
Todo o indivíduo deve ter o direito de poder se pronunciar sobre qualquer tema que diga respeito a qualquer realidade, independentemente da acutilância e veracidade da sua opinião, respondendo posteriormente pelas suas intervenções, se for caso disso.
Sendo válido para indivíduos, será também para as associações, independentemente do móbil para existirem. Ninguém as pode calar, sendo que, somente os seus membros poderão contestar a linha seguida por aqueles que intervêm. Por isso não é irreal, se todos os membros da dita associação de surdos concordassem com as resoluções, ver ela se pronunciar sobre o que lhe apetecesse, tendo como consequência unicamente o descrédito da mesma na sociedade.
O caso para mim está unicamente no ser despropositado ou não a intervenção de determinada associação, tendo em conta, como disse na sua resposta, as questões em torno das quais se organiza uma associação.
Assim, "uma associação gay ou lésbica" tem como finalidade defender as reivindicações dos cidadãos no âmbito das suas práticas homossexuais, como o direito ao casamento, à adopção de crianças e outros direitos civis que julguem pertinentes.
Tal como os surdos podem casar, ter filhos, e abortar (as surdas, está visto), também os homossexuais podem fazer todas estas coisas se o desejarem. Isto é independente da missão que cabe a cada uma das associações. Pouco interessará às referidas "associações gay ou lésbica" que uma pessoa homossexual se case e tenha filhos, sendo o seu foco naqueles que se querem casar com seus semelhantes (do mesmo sexo). A surdez não define uma pessoa, como também a homossexualidade não a define, pois antes de tais fenómenos ela é e continuará a ser um a pessoa humana com uma mundividência que vais para além de certas características, gostos, sentimentos e afins.
É nesta afirmação como homem antes de homossexual ou surdo, que as associações devem compreender o seu papel e tratar da defesa dos direitos quando está em causa não o homem em si, mas somente o que partilham, não falando em nome de todos em assuntos que vão para além da homossexualidade ou a surdez.
Neste sentido, sabe-se que nas relações homossexuais não é possível existir a procriação de uma forma natural, sendo algo que apenas ocorre em relações sexuais de carácter heterossexual. Logo se percebe que o aborto está fora do âmbito das associações gay ou lésbica pela impossibilidade de tal vir a ser praticado como consequência de uma relação homossexual.
Agora, qualquer pessoa que seja homossexual, surda ou o mais, com propósito, pode e deve expressar a nossa opinião sobre o assunto.
Acabo o texto referindo-me a um comentário da Teresa:
"Alguém me explica porque é que a Igreja se pronuncia, mesmo que fosse a favor? Também me deve ter faltado aprender qualquer coisa na catequese..."
A Igreja não defende determinados direitos de alguns grupos de pessoas. Tem uma missão universal que abrange todos os homens, toda a sociedade e a sua vivência. Algo que os partidos políticos actualmente tendem a imitar, com os seus programas políticos que abarcam o homem na sua plenitude, mas com pouca metafísica.
Mf,
(sou mulher, em primeiro lugar)
AS associações como o Clube Safo reunem pessoas concretas. As pessoas concretas não são entidades estáticas. O facto de alguém ter uma orientação homossexual não exclui a possibilidade de ter uma relação sexual hetero, ou mesmo de noutro momento da sua vida ver alterada a sua orientação sexual em geral. São mulheres, podem engravidar e têm o direito a ter opinião a este respeito.
De resto, toda a gente pode: pessoas estéreis, homens, mulheres na menopausa, etc. Era o que faltava que não pudesssem, não era?
(sou mulher, em primeiro lugar)
AS associações como o Clube Safo reunem pessoas concretas. As pessoas concretas não são entidades estáticas. O facto de alguém ter uma orientação homossexual não exclui a possibilidade de ter uma relação sexual hetero, ou mesmo de noutro momento da sua vida ver alterada a sua orientação sexual em geral. São mulheres, podem engravidar e têm o direito a ter opinião a este respeito.
De resto, toda a gente pode: pessoas estéreis, homens, mulheres na menopausa, etc. Era o que faltava que não pudesssem, não era?
Cara Mf,
Estou a imiscuir-me numa discussão que não é a minha, mas aqui vai.
Penso que o que está em causa, pelo menos para mim, não é a legitimidade dos homossexuais em darem a sua opinião acerca deste assunto (era só o que mais faltava!), mas sim a legitimidade de uma associação constituída para defender os interesses das lésbicas vir a terreiro, enquanto associação, defender uma posição numa matéria que, me parece, estar fora do seu objecto.
Ainda assim, penso que a discussão é redundante, até porque em Portugal todos dão opinião sobre tudo. Somos todos entendidos em tudo e mais alguma coisa.
Estou a imiscuir-me numa discussão que não é a minha, mas aqui vai.
Penso que o que está em causa, pelo menos para mim, não é a legitimidade dos homossexuais em darem a sua opinião acerca deste assunto (era só o que mais faltava!), mas sim a legitimidade de uma associação constituída para defender os interesses das lésbicas vir a terreiro, enquanto associação, defender uma posição numa matéria que, me parece, estar fora do seu objecto.
Ainda assim, penso que a discussão é redundante, até porque em Portugal todos dão opinião sobre tudo. Somos todos entendidos em tudo e mais alguma coisa.
Cara fuckitall e caro Rui Castro,
A discussão já vai longa, e julgo que o meu texto anterior é esclarecedor como resposta (se tal for necessária) aos vossos comentários subsequentes.
Por isso, e sem mais, cabe-me somente esclarecer questões de género. O "mf" reporta ao sexo masculino, sem desprimor para outros, está claro!
A discussão já vai longa, e julgo que o meu texto anterior é esclarecedor como resposta (se tal for necessária) aos vossos comentários subsequentes.
Por isso, e sem mais, cabe-me somente esclarecer questões de género. O "mf" reporta ao sexo masculino, sem desprimor para outros, está claro!
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