We're number two, so we try harder.

Talvez saibam que este era o slogan original da Avis, antes de conquistar definitiva e duradouramente a liderança à Hertz no competitivo negócio do rent-a-car. Vem-me isto à ideia a propósito da sondagem citada pelo Pedro Picoito. Que bom estarmos em segundo (e muito perto do primeiro, é claro...) É óptimo para a mobilização. E não apenas, nem sobretudo, em termos de «militância eleitoral». Sentir que se está em minoria obriga a pensar melhor. E obriga, ou deve obrigar, a um maior comprometimento cívico. Julgo que, noutros tempos, tiveram alguma justiça as críticas segundo as quais o campo do «Não» pouco fazia para erradicar as causas que levavam ao aborto. Só por aí, pelas múltiplas iniciativas estruturantes que se sucederam, já valeu a pena. Embora ainda esteja muito por fazer.
Agora - estou pessimista? Nem por sombras. Acredito que o «Não» vai vencer. Não como «o último dos países europeus» que ainda prende mulheres por bla bla», mas como um dos primeiros que inicia o refluxo. Que integra as evidências da medicina, começando pelas imagens intra-uterinas. E as evidências da sociologia, sobre a degenerescência das sociedades que atentam contra as vidas dos seus. É uma questão de tempo até a generalidade da sociedade perceber isto - e dizer Sim à interrupção voluntária do aborto.

Comentários:
"as evidências da medicina,começando pelas imagens intra-uterinas."-uma das coisas mais impressivas numa visita ao museu de Ciência Natural,de Londres,foi o visionamento da evolução diária que se processa no feto logo nas 1ªs semanas;assisti ao desabrochar quotidiano da vida humana!
 
Errata:Museu de História Natural.
 





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