blogue do não

portugueses livres

Uns pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez até as 10 semanas, outros contra. Todos com as suas opiniões, argumentos, uns baseiam-se na vida, na religião, outros na política, na experiência, alguns no fanatismo e extremismo. A maioria (pelo que pude perceber) homens, muito poucas mulheres.
Tudo o que envolve a vida é complicado, não tem regras, não tem excepções. São valores, são problemas, são convicções, são medos, são angustias, são certezas, são VIDAS.
Os únicos inocentes nesta questão, não tem outra opção senão agarrar-se à única pessoa que os pode defender, e se eventualmente pudessem falar o que diriam? Já pensaram?
Sabem como um aborto é feito? Sabem que uma das muitas maneiras, e uma das menos cruéis é a de sugar a placenta e o feto por partes?
Não está a nobreza de uma pessoa, mulher ou homem em parte ligada a vontade de defender os indefesos?
Porquê que cada vez que toco nesta questão alguém me diz "é melhor abortar que ver uma criança ir parar a um lar e viver infeliz"? Porquê a triste mania de vaticinar o destino e o futuro dos outros? Quem é que sabe o que essa criança poderá um dia representar para a sociedade, para a sua família? Quem? Quem é que pode ser tão profeta e dizer que, mesmo antes de nascer, aquele ser será infeliz? Quem?
Não estamos nós demasiados preocupados em desempenhar o papel de deuses?
Deixei a vida correr!!! Deixei a vida viver!!!
 

Direito social ? E o direito social daquelas pessoas que precisam de uma cirugia e que estão em lista de espera há anos sem fim ?
Mais uma vez o Estado pega nos problemas pelo fim. Em vez de investirem em clínicas abortivas, não seria mais útil investir a sério no planeamento familiar, educação sexual, etc !?
SSC
 

Esse é, para mim, um dos grandes argumentos do "Não". Que até me levou a recusar convites do "Sim".
Embora, espantosamente, algumas das postas deste blogue o pareçam desdenhar...
 

Caro caa,
Esse é um dos pontos que mais temos focado. Que postas são essas que parecem desdenhar o argumento?
 

Caro Rui Castro,

Estas:
http://bloguedonao.blogspot.com/2006/11/perplexidades-diante-de-um-sim-nim.html

http://bloguedonao.blogspot.com/2006/11/pois-assim-no-mesmo.html

As suas não, na verdade, pelo contrário.
 

Que não é de ânimo de leve que as mulheres recorrem ao aborto (acho) que toda a gente já percebeu. Mas, o que acaba por estar em causa (já) não é isso, mas, sim porque o fazem !? Será como método contraceptivo ou será por razões única e exlusivamente sociais !? Não seria de de extrema importância dar apoio social e económico a essas mulheres para que tenham os seus filhos em condições ? A solução mais fácil para o Estado é sem dúvida o aborto, assim demite-se (o Estado) e mais uma vez da responsabilidade social que deveria ter com as mães e crianças desfavorecidas. Desculpem, a frontalidade mas a verdade é esta.
É revoltante o argumento de que os países civilizados devem consagrar a liberalização da interrupção voluntária da gravidez até às 10/12 semanas. Sem ofensas é primata esta justificação. Os Direitos Humanos esses sim devem ser ponderados, as futuras mães devem ser protegidas e não mandadas para uma clínica abortiva.
SSC
 

E depois ?

V. vai reduzir o seu pagamento de IRS em protesto contra outros procedimentos do Estado com que não concorda ?