Ler os outros
No novíssimo Cachimbo de Magritte, onde prontificam os também nossos Pedro Picoito e Paulo Marcelo, Bruno de Castro Maçães escreve o seguinte:
"A principal crítica que pode ser feita à liberalização do aborto é o modo como esta reforça uma tendência já muito poderosa para tratar as crianças como veículos para as ambições dos pais. O desejo de que os nossos filhos correspondam exactamente aos nossos planos para eles encontra hoje poucos limites. O aborto comunga do mesmo espírito. A ideia central é a de que apenas devemos ter filhos quando eles encaixam nos nossos planos. Claro que na realidade as coisas são mais complexas. Estes planos são planos profissionais e pessoais definidos pela sociedade onde vivemos. Assim, a mulher que decide abortar porque uma gravidez interferiria com a sua carreira não está verdadeiramente a fazer uma escolha mas a optar pela solução recomendada pelo seu lugar na disciplina social e no esquema de divisão do trabalho. A vida humana assumiria um ponto de vista social desde o início e, portanto, na sua totalidade."
Comentários:
blogue do não
Abortos sem condições matam 68 mil mulheres por ano
Todos os anos, 68 mil mulheres morrem devido a abortos feitos em condições precárias e milhões têm complicações graves, muitas delas irreversíveis.
A conclusão, publicada na edição desta quinta-feira do jornal Diário de Notícias, pertence ao estudo «Aborto Sem Condições de Segurança: a Pandemia Evitável», publicado, na quarta-feira, pela revista científica inglesa The Lancet.
A grande maioria das 20 milhões de interrupções da gravidez feitas anualmente por pessoas não qualificadas ou em condições precárias regista-se nos países em desenvolvimento - representando 97% dos casos.
De acordo com as estatísticas, em 2000 a Ásia registava os números mais preocupantes - 10,5 milhões -, logo seguida pela América Latina (3,7 milhões) e África (4,2 milhões).
Contudo, o fenómeno está longe de ficar pelos países mais pobres, já que, na Europa, todos os anos ocorrem 500 mil abortos nestas condições. E os especialistas alertam para o facto de as estatísticas estarem aquém da realidade.
As principais causas de morte são hemorragias, infecções ou envenenamento devido às substâncias utilizadas.
in Diario Digital.
Todos os anos, 68 mil mulheres morrem devido a abortos feitos em condições precárias e milhões têm complicações graves, muitas delas irreversíveis.
A conclusão, publicada na edição desta quinta-feira do jornal Diário de Notícias, pertence ao estudo «Aborto Sem Condições de Segurança: a Pandemia Evitável», publicado, na quarta-feira, pela revista científica inglesa The Lancet.
A grande maioria das 20 milhões de interrupções da gravidez feitas anualmente por pessoas não qualificadas ou em condições precárias regista-se nos países em desenvolvimento - representando 97% dos casos.
De acordo com as estatísticas, em 2000 a Ásia registava os números mais preocupantes - 10,5 milhões -, logo seguida pela América Latina (3,7 milhões) e África (4,2 milhões).
Contudo, o fenómeno está longe de ficar pelos países mais pobres, já que, na Europa, todos os anos ocorrem 500 mil abortos nestas condições. E os especialistas alertam para o facto de as estatísticas estarem aquém da realidade.
As principais causas de morte são hemorragias, infecções ou envenenamento devido às substâncias utilizadas.
in Diario Digital.
blogue do não