O NEGÓCIO!

Cá está ele, em todo o seu esplendor: o negócio das clínicas privadas em Espanha. Mais evidente, só mesmo se as ditas clínicas desvendarem as suas contas.

(para os nossos leitores, suponho não ser necessário relembrar a lei vigente em Espanha, nem traduzir para português).
“There are no public clinics that offer family planning and abortion services; as a result, most abortions in Spain are performed in private clinics. In 1988, an estimated 94 per cent of all abortions were carried out in private clinics. Approximately 85 per cent of the abortions performed in private clinics are performed on the grounds of averting severe danger to the woman’s physical or mental health (especially mental health), which may conceal reasons prohibited by law. The relatively large proportion of hospitals where only a few abortion procedures are performed reflects a general tendency in those institutions to perform abortions only on medical indications. The abortion rate in 1996 was estimated to be 5.7 abortions per 1,000 women aged 15-44.”
Fonte: Organização das Nações Unidas

É este o negócio que nos pedem que financiemos em Portugal.
A todos sem excepção.

Comentários:
Efectivamente, parece que o Estado vai nacionalizar o aborto clandestino caseiro, nas deixa estabelecer privados estrangeiros.

Isto faz lembrar os tempos a seguir ao 11 de Março, em que foi nacionalizada toda a banca nacional, e só ficaram privatizados os bancos estrangeiros.
 
Não percebi: afinal vamos financiar o negócio, ou o mesmo é pago - como sucede em Espanha - pela mulher que pretende abortar? É que se é o primeiro caso, o exemplo espanhol não tem nada a ver; se é o segundo, então cada mulher terá de "financiar" a IVG a que se submeta, pelo que ninguém quer que financiemos nada...
 
Anónimo das 12:47,

Pedem-nos que financiemos o aborto, mesmo que ele ocorra em clínicas privadas (por incapacidade de resposta dos hospitais públicos).

O exemplo espanhol serve tão somente para constatar que a esmagadora maioria dos abortos são feitos em clínicas privadas e, consequentemente, mostrar que há interesses económicos - que não conseguimos quantificar mas adivinhamos serem grandes - por trás da propaganda barata do SIM, que invoca as legítimas preocupações com as condições de higiene e segurança em que muitas mulheres abortam e os ridículos argumentos da liberdade de escolha da mulher.

O que move verdadeiramente os defensores do SIM são os interesses económicos. Mas confesso que não sei se eles próprios já entenderam isso... Não devem ter entendido, senão já se tinham insurgido contra as clínicas privadas, como o fazem regularmente contra os chorudos lucros da banca em tempos de vacas magras.
 
Com esta argumentação, também posso concluir que o NÃO está a proteger o negócio igualmente chorudo dos abortos clandestinos.

Basta substituir o SIM pelo Não, "clinicas privadas" por "aborto clandestino".

Já agora as dogas não são legalizadas, para se garantir os lucros do traficante, e por aí fora. Certo?
 
Anónimo das 22:09,
Esqueceu-se apenas de um "pormenor", ainda assim relevante neste argumento: é que as "clínicas privadas" serão legais e o aborto clandestino não o é. Com a actual lei podemos punir estes, com a lei que nos propõem não poderemos atacar aqueles.
 
Foi a senhora que disse "ATAQUE"?

Pois bem, pergunta-se:

1º - Ataque com que meios? Manifestações à porta? denúncia pública? Reportagem? Camâra Oculta? Ou missões tipo Rambo? Al-Kaeda?

2º - admitindo que os Ataques usam meios lícitos, acho que não deve esperar pela evenctual legalização!

Ataque já os locais onde são feitos ilegalmente, e certamente terá surpresas.


Basta fazer constar que precisa de saber "onde se desembaraçar", e um "SOS voz amiguinha" lhe dirá onde.

E depois é gritar: Ao ataque legal meus piratas!

Para quê atacar só futuras clinicas legais, é que não percebo, com tantas ilegais, já á mão, é que não percebo ....
 





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