Aborto e motivos fúteis (2)
A indignação que o último texto de Francisco Sarsfield Cabral causou em alguns espíritos mais sensíveis é reveladora da contradição em que assenta o SIM ao aborto. Com efeito, são estes, que (aparentemente) não aceitam que alguém aborte por motivos fúteis - as famosas férias na neve -, que vão abrir caminho ao mesmo com o seu voto na liberalização total do aborto até às 10 semanas (em estabelecimento de saúde legalmente autorizado). Com a agravante de estarem a contribuir para uma estadia mais prolongada (na dita neve), uma vez que o aborto passa a ser pago por todos nós.
Comentários:
blogue do não
Grande preocupação com o Dinheiro.
E a saude publica não conta?
Conta mais os estádios de futebol?
E será que uma trabalhadora dos texteis do vale do ave, também aborta para ir de férias para a neve?
Carlos
http://berbequim.wordpress.com
E a saude publica não conta?
Conta mais os estádios de futebol?
E será que uma trabalhadora dos texteis do vale do ave, também aborta para ir de férias para a neve?
Carlos
http://berbequim.wordpress.com
De certeza que têm outros argumentos mais convicentes do que o dinheiro... O dinheiro dos impostos é gasto nas mais variadas coisas, e eu posso não concordar com muitas.
Não gosto, por exemplo, que o meu dinheiro vá parar a estádios de futebol.
Nem que o meu dinheiro pague exércitos de brigadas de trânsito enquanto uma amiga minha que é assaltada não tem ajuda de um polícia porque estão todos em operações stop (isto aconteceu mesmo).
Nem que os toxicodependentes tenham acesso gratuito a seringas quando um diabético não tem acesso semelhante às mesmas.
Não gosto, por exemplo, que o meu dinheiro vá parar a estádios de futebol.
Nem que o meu dinheiro pague exércitos de brigadas de trânsito enquanto uma amiga minha que é assaltada não tem ajuda de um polícia porque estão todos em operações stop (isto aconteceu mesmo).
Nem que os toxicodependentes tenham acesso gratuito a seringas quando um diabético não tem acesso semelhante às mesmas.
Caros Carlos:
A nossa preocupação com o dinheiro não se deve a avareza: prende-se com o facto de, não concordando com a prática do aborto, eu ainda seja obrigado a pagar tal acto com o suor do meu rosto! No fundo isto deita abaixo o velho argumento do Sim "ninguém vos obriga a abortar, mas vocês obrigam-me a mim a não abortar"... afinal a reciprocidade democrática não existe! Não só nos obriga efectivamente a "fazer" um aborto, como nos obriga a "fazê-lo" a alguém que não fazemos a mínima ideia que seja e com cujos motivos podemos não concordar!
Cara Joana: Com certeza que você não concorda (como eu) com muitas causas para onde os nossos impostos se excoam! Mas, para nós, trata-se de uma vida humana que sentimos não ter o direito de matar! Por muito válidas que sejam as situações que apresentou, de certeza que nunca a fariam invocar a objecção de consciência.
Cumprimentos
A nossa preocupação com o dinheiro não se deve a avareza: prende-se com o facto de, não concordando com a prática do aborto, eu ainda seja obrigado a pagar tal acto com o suor do meu rosto! No fundo isto deita abaixo o velho argumento do Sim "ninguém vos obriga a abortar, mas vocês obrigam-me a mim a não abortar"... afinal a reciprocidade democrática não existe! Não só nos obriga efectivamente a "fazer" um aborto, como nos obriga a "fazê-lo" a alguém que não fazemos a mínima ideia que seja e com cujos motivos podemos não concordar!
Cara Joana: Com certeza que você não concorda (como eu) com muitas causas para onde os nossos impostos se excoam! Mas, para nós, trata-se de uma vida humana que sentimos não ter o direito de matar! Por muito válidas que sejam as situações que apresentou, de certeza que nunca a fariam invocar a objecção de consciência.
Cumprimentos
blogue do não