CERTEZAS
Neste debate do aborto, de ambos os lados da barricada fala-se quase sempre de peito cheio, mas a verdade é que poucas são as certezas. Há, porém, algumas verdades indesmentíveis que importa não esquecer. Começo por aquela que será, porventura, a mais importante de todas:
"no momento da fertilização, ou seja, da penetração do espermatozóide na célula-ovo, os dois gâmetas dos pais formam uma nova identidade biológica - o zigoto -, que traz em si um novo projecto-programa individualizado, uma nova vida individual (...) no embrião já está o mesmo indivíduo em desenvolvimento que virá a ser definido como pessoa." (Elio Sgreccia, in Aborto - O ponto de vista da bioética).
Comentários:
blogue do não
Verdade indesmentíveis? Talvez fosse honesto esclarecer que não é "Elio Sgreccia" mas sim "D. Elio Sgreccia" bispo, Presidente da Comissão Pontifica para a Vida e conselheiro do Papa em questões de bioética. Não se trata de nenhuma verdade indesmentível mas da posição (respeitável) Igreja Católica. Agora, convenhamos, é tão indesmentível como a afirmação que o uso de contraceptivos é pecado. Por favor mais honestidade intelectual!!!!!!!
Caro anónimo das 11:04,
O facto de ser ou não bispo não lhe retira as qualificações científicas. Aliás, falar de honestidade intelectual relativamente a uma matéria em que os próprios médicos a favor do aborto admitem ser verdade diz tudo acerca do seu comentário e da sua postura nesta questão.
Aproveito para o informar que o autor da frase é professor de Bioética e director do Instituto de Bioética na Faculdade de Medicina e Cirurgia "A. Gemelli" em Roma. Integra igualmente o Comité Nacional para a Bioética italiano.
Pelo exposto, espero que se abstenha de comentários infantis e anti-clericais, para mais num blogue não confessional que trouxe a discussão para um plano não religioso.
Cumprimentos
O facto de ser ou não bispo não lhe retira as qualificações científicas. Aliás, falar de honestidade intelectual relativamente a uma matéria em que os próprios médicos a favor do aborto admitem ser verdade diz tudo acerca do seu comentário e da sua postura nesta questão.
Aproveito para o informar que o autor da frase é professor de Bioética e director do Instituto de Bioética na Faculdade de Medicina e Cirurgia "A. Gemelli" em Roma. Integra igualmente o Comité Nacional para a Bioética italiano.
Pelo exposto, espero que se abstenha de comentários infantis e anti-clericais, para mais num blogue não confessional que trouxe a discussão para um plano não religioso.
Cumprimentos
Pior do que um católico que diz que não só porque a Igreja diz que não, só mesmo um não católico que diz que sim só porque a Igreja diz que não.
Caro Rui,
Obrigado pelo seu comentário mas repare em 3 aspectos:
1. Primeiro eu sou a favor do "não".
2.Obviamente não sou católico e portanto não partilho da argumentação dogmática da Igreja. As minhas razões são puramente pessoais e de visão da vida.
3.Não interessa para o argumento de falta de honestidade nem o C. Vitar do Bispo nem a quantos comités pertence. A falta de honestidade intelectual reside em dois aspectos: a) A qualificação de verdade indesmentível - expressão cujo o uso em qualquer campo do conhecimento empírico - como a biologia- é de uso arriscado. b) A apresentação de uma crença (que respeito e como acima referi até posso concordar) como uma "certeza".
Ela é efectivamente uma certeza para quem acredita que a vida humana começa na altura da formação do Zigoto. Agora é uma certeza porque se acredita nela (um pouco como a existência de Deus) e não o contrário.
Quanto aos meus comentários sou livre de fazer os que entender como que decide do seu posting é livre de o não fazer.
Sabe, gostaria que o "não" ganhasse por várias razões (provavelmente poucas coincidentes com as suas) mas temo que a forma de argumentação que está a começar a ser visivel entre os defensores do "não" cause mais dano que as imbecilidades do Berloque de Esquerda e do Louçã.
A sua recomendação a abster-me de comentar é disso prova.
Obrigado pelo seu comentário mas repare em 3 aspectos:
1. Primeiro eu sou a favor do "não".
2.Obviamente não sou católico e portanto não partilho da argumentação dogmática da Igreja. As minhas razões são puramente pessoais e de visão da vida.
3.Não interessa para o argumento de falta de honestidade nem o C. Vitar do Bispo nem a quantos comités pertence. A falta de honestidade intelectual reside em dois aspectos: a) A qualificação de verdade indesmentível - expressão cujo o uso em qualquer campo do conhecimento empírico - como a biologia- é de uso arriscado. b) A apresentação de uma crença (que respeito e como acima referi até posso concordar) como uma "certeza".
Ela é efectivamente uma certeza para quem acredita que a vida humana começa na altura da formação do Zigoto. Agora é uma certeza porque se acredita nela (um pouco como a existência de Deus) e não o contrário.
Quanto aos meus comentários sou livre de fazer os que entender como que decide do seu posting é livre de o não fazer.
Sabe, gostaria que o "não" ganhasse por várias razões (provavelmente poucas coincidentes com as suas) mas temo que a forma de argumentação que está a começar a ser visivel entre os defensores do "não" cause mais dano que as imbecilidades do Berloque de Esquerda e do Louçã.
A sua recomendação a abster-me de comentar é disso prova.
Caro AA,
Eu explico:
"indivíduo" (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa):
- Qualquer ser que não se pode dividir sem deixar de ser o que é; ser indiviso
- Pessoa enquanto ser humano com características particulares, diferente do grupo ou colectividade a que pertence.
Espero que tenha ficado esclarecido.
Abraço
Eu explico:
"indivíduo" (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa):
- Qualquer ser que não se pode dividir sem deixar de ser o que é; ser indiviso
- Pessoa enquanto ser humano com características particulares, diferente do grupo ou colectividade a que pertence.
Espero que tenha ficado esclarecido.
Abraço
Id: acontece que eu não "vos" quero ajudar. O facto ter a mesma opinião sobre o aborto com "vossas beatitudes" não me aproxima minimamente da vossa visão sectária, intolerante e dogmática da vida.
Notável argumentação.
Então um óvulo fecundado é um indivíduo, um ser humano, uma pessoa.
Para quando Bilhetes de Identidade para os fetos?
Então um óvulo fecundado é um indivíduo, um ser humano, uma pessoa.
Para quando Bilhetes de Identidade para os fetos?
Caro AA,
Sinto-me tentado a deixá-lo sem resposta atenta a estupidez dos seus comentários.
Ainda assim, e porque acho que não faz de propósito, sugiro que leia sempre tudo até ao fim e tente perceber o que lê, de forma a evitar comentários demagógicos e sem sentido.
Abraço
Sinto-me tentado a deixá-lo sem resposta atenta a estupidez dos seus comentários.
Ainda assim, e porque acho que não faz de propósito, sugiro que leia sempre tudo até ao fim e tente perceber o que lê, de forma a evitar comentários demagógicos e sem sentido.
Abraço
Eu sou a favor do não e não sou católica.
Acho que o aborto é a destruição duma vida porque, se não for praticado, nasce um ser humano.
Li algures, que o dr.Albino Aroso é de opinião que,se a morte cerebral é o critério para definir a morte,não existindo actividade cerebral no feto até um determinado periodo de gestação ,pelo mesmo critério,não existe vida.
Havendo ou não havendo(sou apenas uma septuagenária ignorante,mas que não gosta de se sentir"analfabeta")não vejo como se pode usar o mesmo critério nas duas situações.
No caso de um ser humano em morte cerebral, ele não terá vida senão artificial.
Mas, gostava que me explicassem uma coisa:um ovo,isto é,um óvulo depois de fecundado,é já um ser humano?
Se não for implantado na parede do útero, onde depois se começa a desenvolver, acho que não passa dum ovo (um ovo de galinha fecundado não é um pinto,só depois de começar a ser chocado).
Obrigada desde já pelo vosso esclarecimento e desculpem a minha má prosa.
Acho que o aborto é a destruição duma vida porque, se não for praticado, nasce um ser humano.
Li algures, que o dr.Albino Aroso é de opinião que,se a morte cerebral é o critério para definir a morte,não existindo actividade cerebral no feto até um determinado periodo de gestação ,pelo mesmo critério,não existe vida.
Havendo ou não havendo(sou apenas uma septuagenária ignorante,mas que não gosta de se sentir"analfabeta")não vejo como se pode usar o mesmo critério nas duas situações.
No caso de um ser humano em morte cerebral, ele não terá vida senão artificial.
Mas, gostava que me explicassem uma coisa:um ovo,isto é,um óvulo depois de fecundado,é já um ser humano?
Se não for implantado na parede do útero, onde depois se começa a desenvolver, acho que não passa dum ovo (um ovo de galinha fecundado não é um pinto,só depois de começar a ser chocado).
Obrigada desde já pelo vosso esclarecimento e desculpem a minha má prosa.
Este AA é porreiro! Sabes ler? Sabes consultar um dicionário? O Rui Castro pôs-te a definição de "indivíduo" debaixo dos olhos... Vá lá. Não custa muito.
"Mas, gostava que me explicassem uma coisa:um ovo,isto é,um óvulo depois de fecundado,é já um ser humano?"
Enquanto não especialista, mas tendo lido já umas coisas sobre o assunto, posso dizer-lhe que é pacificamente aceite que o embrião já é um ser humano perfeitamente individualizado.
Cumprimentos
Enquanto não especialista, mas tendo lido já umas coisas sobre o assunto, posso dizer-lhe que é pacificamente aceite que o embrião já é um ser humano perfeitamente individualizado.
Cumprimentos
Caro Rui,
O comentário do aa é estúpido (ou talvez só existam seres humanos a partir dos 8 ou 9 anos - altura em que tradicionalmente se tira o BI)mas ele é seu "convidado" no blog merece um minimo de educação da sua parte. Da minha não, que não o "convidei" para nada...por isso:
aa: vc é um bocado espesso não é?
O comentário do aa é estúpido (ou talvez só existam seres humanos a partir dos 8 ou 9 anos - altura em que tradicionalmente se tira o BI)mas ele é seu "convidado" no blog merece um minimo de educação da sua parte. Da minha não, que não o "convidei" para nada...por isso:
aa: vc é um bocado espesso não é?
Caro anónimo,
O AA não é convidado mas é bem-vindo, à semelhança do que acontece com os demais visitantes do BdN. Tem razão, porém, quanto ao mínimo de educação. Penitencio-me pelo adjectivo utilizado, o qual, como é óbvio, se dirige ao comentário e não a quem o produziu.
O AA não é convidado mas é bem-vindo, à semelhança do que acontece com os demais visitantes do BdN. Tem razão, porém, quanto ao mínimo de educação. Penitencio-me pelo adjectivo utilizado, o qual, como é óbvio, se dirige ao comentário e não a quem o produziu.
"Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), abortamento só existe quando o peso do embrião ou feto ultrapasse 500g. Este peso é atingido em torno de 20-22 semanas de gravidez. "
anónimo: visão sectária, intolerante e dogmática da vida!??? Aqui intolerância, sectarismo e dogmatismo só vejo nos seus comentários. E continue com esses comentários... vai longe.
Um ovo é um ser humano "perfeitamente" individualizado?
Inacreditável.
Mm ovo de galinha não é um ovo é um pinto perfeitamente individualizado.
Inacreditável.
Mm ovo de galinha não é um ovo é um pinto perfeitamente individualizado.
Meu caro Rui,
estiveste em grande na resposta ao AA, que já nos habituou aos seus comentarios non sense... Talvez ele ache que até aos 12 anos não há indivíduos. Ou que aqueles que jamais chegam a tirar o BI não podem aceder a esse qualificativo.
O que não deixa de ser interessante, porque, sendo o AA o neo-liberal libertário, acabou de ligar insofismavelmente a dignidade do ser pessoa (indivíduo) ao estatuto de cidadão perante o Estado.
Brilhante!
estiveste em grande na resposta ao AA, que já nos habituou aos seus comentarios non sense... Talvez ele ache que até aos 12 anos não há indivíduos. Ou que aqueles que jamais chegam a tirar o BI não podem aceder a esse qualificativo.
O que não deixa de ser interessante, porque, sendo o AA o neo-liberal libertário, acabou de ligar insofismavelmente a dignidade do ser pessoa (indivíduo) ao estatuto de cidadão perante o Estado.
Brilhante!
Há momentos em que um Bispo devia estar calado.
E há outros em que o Rui Castro, famosos pela suas tonterias neste blog, deveria evitar citar inanidades.
Vejam o que dá a frase do Bispo com uma pequenina alteração:
"no momento da fertilização, ou seja, da penetração do espermatozóide na célula-ovo, os dois gâmetas dos pais formam uma nova identidade biológica - o zigoto -, que traz em si um novo projecto-programa individualizado, uma nova vida individual (...) no embrião já está o mesmo indivíduo em desenvolvimento que virá a ser definido como um cavalo"
Q.E.D.
E há outros em que o Rui Castro, famosos pela suas tonterias neste blog, deveria evitar citar inanidades.
Vejam o que dá a frase do Bispo com uma pequenina alteração:
"no momento da fertilização, ou seja, da penetração do espermatozóide na célula-ovo, os dois gâmetas dos pais formam uma nova identidade biológica - o zigoto -, que traz em si um novo projecto-programa individualizado, uma nova vida individual (...) no embrião já está o mesmo indivíduo em desenvolvimento que virá a ser definido como um cavalo"
Q.E.D.
blogue do não