INSISTO
Em 1998 referendámos o aborto tendo o NÃO obtido a maioria dos votos expressos. Desde então, não ocorreu nenhuma morte resultante de aborto clandestino e o número de mulheres atendidas no SNS com complicações na sequência de abortos ilegais diminuíu.
O que mudou então que justifique novo referendo?
Comentários:
blogue do não
Puras vontades políticas e o sofrimento de terem perdido há 8 anos por 2%!
Tantas vezes o cântaro há-de ir á fonte...
Na sociedade portuguesa não há outras prioridades de debate nem mais matérias interessantes para consulta popular? Parece que não!
Vamos para o 3.o referendo da nossa história e nele se repete a mesma pergunta que no 1.o!
Porque não referendamos, em vez disso, a nossa Constituição, a República, a política externa de alianças, a Segurança Social, a OTA e o TGV, ou se querem temas de consciência individual a eutanásia ou as leis da família?
Tantas vezes o cântaro há-de ir á fonte...
Na sociedade portuguesa não há outras prioridades de debate nem mais matérias interessantes para consulta popular? Parece que não!
Vamos para o 3.o referendo da nossa história e nele se repete a mesma pergunta que no 1.o!
Porque não referendamos, em vez disso, a nossa Constituição, a República, a política externa de alianças, a Segurança Social, a OTA e o TGV, ou se querem temas de consciência individual a eutanásia ou as leis da família?
Rui: imagine que em vez do aborto se tratava de um referendo relativamente 'a abolicao da pena de morte. Sera' que o Rui faria o mesmo paralelo? O que esta' em questao e' muito simpleS: ha' quem ache que e' uma questao de "justica" (e/ou de "civilizacao") descriminalizar o aborto. E ha' quem ache o contrario. Nao ha' nada de incoerente nos primeiros quererem que a sociedade se reja de acordo com aquilo que pensam ser "justo".
Ou seja, o argumento (?) do Rui de que nada mudou para justificar o novo referendo nao e' muito adequado. A nao ser que o Rui defenda que sobre uma mesma questao so' pode, em toda a existencia humana, existir um referendo, mesmo que nem sequer seja (em termos da legislacao entao vigente) vinculativo.
E' isso que o Rui defende?
E' que se nao for isso, entao o Rui cai na mesma "esparrela" tao frequente (infelizmente) em muitos defensores do sim: a desconsideracao das opinioes e intencoes daqueles com quem discordamos. Eu acho que e' "injusto" que o aborto seja penalizado em Portugal. Logo, e em coerencia, lutaria sempre para que a lei seja mudada. De forma democratica, o que nomeadamente que nao se facam referendos todos os anos. O Rui poderia argumentar que "apenas passaram 8/9 anos". Isso seria um argumento discutivel, porque o periodo minimo e' naturalmente discutivel.
Mas achar que o referendo nao se justifica porque "nada mudou" so' tem, em termos de logica, duas saidas: ou o Rui nao "respeita" quem tem opinioes contrarias 'a sua; ou o Rui acha que so' pode haver um referendo sobre uma mesma materia. Qualquer delas merece, a meu ver, uma reprimenda.
PS: um curto apontamento: o titulo e o sub-titulo do blogue sao, naturalmente, esoclha livre dos seus bloggers. Nao deixa de ser curioso apontar que se um blogue do "sim" se intitulasse "Portugueses livres", choveriam criticas e apupos relativamente 'a interpretacao de que o outro lado da barricada nao sera' livre. Como nao entro em lutas de barricada, obviamente que nao aponto tal coisa. Apenas aponto que isso poderia ser apontado dentro dos "parametros" por que se regem grande parte dos bloggers presente neste blogue, alias, com todo o direito, e certamente que com "atenuantes", dada a forma radicalizada como esta questao e' debatida em Portugal.
Ou seja, o argumento (?) do Rui de que nada mudou para justificar o novo referendo nao e' muito adequado. A nao ser que o Rui defenda que sobre uma mesma questao so' pode, em toda a existencia humana, existir um referendo, mesmo que nem sequer seja (em termos da legislacao entao vigente) vinculativo.
E' isso que o Rui defende?
E' que se nao for isso, entao o Rui cai na mesma "esparrela" tao frequente (infelizmente) em muitos defensores do sim: a desconsideracao das opinioes e intencoes daqueles com quem discordamos. Eu acho que e' "injusto" que o aborto seja penalizado em Portugal. Logo, e em coerencia, lutaria sempre para que a lei seja mudada. De forma democratica, o que nomeadamente que nao se facam referendos todos os anos. O Rui poderia argumentar que "apenas passaram 8/9 anos". Isso seria um argumento discutivel, porque o periodo minimo e' naturalmente discutivel.
Mas achar que o referendo nao se justifica porque "nada mudou" so' tem, em termos de logica, duas saidas: ou o Rui nao "respeita" quem tem opinioes contrarias 'a sua; ou o Rui acha que so' pode haver um referendo sobre uma mesma materia. Qualquer delas merece, a meu ver, uma reprimenda.
PS: um curto apontamento: o titulo e o sub-titulo do blogue sao, naturalmente, esoclha livre dos seus bloggers. Nao deixa de ser curioso apontar que se um blogue do "sim" se intitulasse "Portugueses livres", choveriam criticas e apupos relativamente 'a interpretacao de que o outro lado da barricada nao sera' livre. Como nao entro em lutas de barricada, obviamente que nao aponto tal coisa. Apenas aponto que isso poderia ser apontado dentro dos "parametros" por que se regem grande parte dos bloggers presente neste blogue, alias, com todo o direito, e certamente que com "atenuantes", dada a forma radicalizada como esta questao e' debatida em Portugal.
Rui Castro:
Desde então (1998), não ocorreu nenhuma morte resultante de aborto clandestino e o número de mulheres atendidas no SNS com complicações na sequência de abortos ilegais diminuíu.
E a fonte desta informação é...?
Desde então (1998), não ocorreu nenhuma morte resultante de aborto clandestino e o número de mulheres atendidas no SNS com complicações na sequência de abortos ilegais diminuíu.
E a fonte desta informação é...?
Caro Joaquim,
As fontes foram várias notícias que deram conta destes números, os quais terão sido fornecidos pela Direcção Geral de Saúde. Aqui há tempos demos conta destas notícias.
Caro Tiago, quanto aos "portugueses livres", deixe-me dizer-lhe de que não é nossa intenção insinuar que quem defende o contrário não o é, mas tão simplesmente dizer que nós somos.
Quanto ao novo referendo, a minha objecção é puramente política. O referendo é algo que não deve ser banalizado, pelo que não tendo existido qualquer alteração (para pior) na questão em apreço, parece-me abusivo a realização de novo referendo.
Um abraço,
Rui
As fontes foram várias notícias que deram conta destes números, os quais terão sido fornecidos pela Direcção Geral de Saúde. Aqui há tempos demos conta destas notícias.
Caro Tiago, quanto aos "portugueses livres", deixe-me dizer-lhe de que não é nossa intenção insinuar que quem defende o contrário não o é, mas tão simplesmente dizer que nós somos.
Quanto ao novo referendo, a minha objecção é puramente política. O referendo é algo que não deve ser banalizado, pelo que não tendo existido qualquer alteração (para pior) na questão em apreço, parece-me abusivo a realização de novo referendo.
Um abraço,
Rui
Caro Rui,
"Caro Tiago, quanto aos "portugueses livres", deixe-me dizer-lhe de que não é nossa intenção insinuar que quem defende o contrário não o é, mas tão simplesmente dizer que nós somos."
Com certeza que nao; tal nao me passaria pela cabeca. Estou apenas a tentar colocar-me no papel de leitor imparcial, fazendo ver que seria relativamente provavel que existisse tal interpretacao em situacao contraria. (Se mais ou menos justificada, nao comento. Faco apenas essa chamada de atencao, se quiser).
"O referendo é algo que não deve ser banalizado, pelo que não tendo existido qualquer alteração (para pior) na questão em apreço, parece-me abusivo a realização de novo referendo."
Fica claro o seu ponto, que e' inteiramente respeitavel. Tratar-se-a' sempre de uma questao subjectiva, ja' que, imagino, o Rui concordara' que seria aceitavel ter um segundo referendo apos X anos, sendo que X pode ser 20, 100, 477, 1300 - o que seja. O ponto e' que a linha de separacao seria discutivel. Tambem acredito que o Rui possa compreender, ainda que discorde do lado de la', que o facto de esta questao ser vista como "crucial" pelos defensores do "sim" faca com que o "X" para eles relevante diminua. Ou seja, falo do "efeito parcial" nesse periodo (refractario?) minimo quando incluimos uma consideracao substantiva, referente 'a importancia, para as partes, do que esta' em causa.
"Caro Tiago, quanto aos "portugueses livres", deixe-me dizer-lhe de que não é nossa intenção insinuar que quem defende o contrário não o é, mas tão simplesmente dizer que nós somos."
Com certeza que nao; tal nao me passaria pela cabeca. Estou apenas a tentar colocar-me no papel de leitor imparcial, fazendo ver que seria relativamente provavel que existisse tal interpretacao em situacao contraria. (Se mais ou menos justificada, nao comento. Faco apenas essa chamada de atencao, se quiser).
"O referendo é algo que não deve ser banalizado, pelo que não tendo existido qualquer alteração (para pior) na questão em apreço, parece-me abusivo a realização de novo referendo."
Fica claro o seu ponto, que e' inteiramente respeitavel. Tratar-se-a' sempre de uma questao subjectiva, ja' que, imagino, o Rui concordara' que seria aceitavel ter um segundo referendo apos X anos, sendo que X pode ser 20, 100, 477, 1300 - o que seja. O ponto e' que a linha de separacao seria discutivel. Tambem acredito que o Rui possa compreender, ainda que discorde do lado de la', que o facto de esta questao ser vista como "crucial" pelos defensores do "sim" faca com que o "X" para eles relevante diminua. Ou seja, falo do "efeito parcial" nesse periodo (refractario?) minimo quando incluimos uma consideracao substantiva, referente 'a importancia, para as partes, do que esta' em causa.
Rui Castro
V. escreve estas tontices sózinho ou tem ajuda ?
Nenhuma mulher morreu de aborto clandestino desde 1998 ??????
V. vive em que país ?
Que enorme mentiroso !
V. escreve estas tontices sózinho ou tem ajuda ?
Nenhuma mulher morreu de aborto clandestino desde 1998 ??????
V. vive em que país ?
Que enorme mentiroso !
Rui,
Desde então (1998), não ocorreu nenhuma morte resultante de aborto clandestino e o número de mulheres atendidas no SNS com complicações na sequência de abortos ilegais diminuíu.
Esta é uma informação muito importante. Se puder ser confirmada, naturalmente. Procurei no site da Direcção-Geral de Saúde e não encontrei nada.
Assim, se fosse possível, agradecia que me indicassem um documento oficial que confirme o que escreveu. várias notícias que deram conta destes números não me serve de argumento, se o meu interlocutor disser precisamente o contrário.
Desde então (1998), não ocorreu nenhuma morte resultante de aborto clandestino e o número de mulheres atendidas no SNS com complicações na sequência de abortos ilegais diminuíu.
Esta é uma informação muito importante. Se puder ser confirmada, naturalmente. Procurei no site da Direcção-Geral de Saúde e não encontrei nada.
Assim, se fosse possível, agradecia que me indicassem um documento oficial que confirme o que escreveu. várias notícias que deram conta destes números não me serve de argumento, se o meu interlocutor disser precisamente o contrário.
"não encontrei nada" - a questão está precisamente aqui: provavelmente não há nada para encontrar porque não morreu nenhuma mulher. Eu poria a questão ao contrário - conhecem algum caso específico de uma mulher que tenha morrido?
Pedro Geada,
"não encontrei nada" - a questão está precisamente aqui: provavelmente não há nada para encontrar porque não morreu nenhuma mulher.
Não é bem assim.
Não se encontrar nenhum valor não quer dizer que o valor seja 0 (zero). Quer apenas dizer que o valor (zero ou 10 mil) não está disponível. Para se dizer que é zero, tem que se encontrar esse zero.
"não encontrei nada" - a questão está precisamente aqui: provavelmente não há nada para encontrar porque não morreu nenhuma mulher.
Não é bem assim.
Não se encontrar nenhum valor não quer dizer que o valor seja 0 (zero). Quer apenas dizer que o valor (zero ou 10 mil) não está disponível. Para se dizer que é zero, tem que se encontrar esse zero.
blogue do não