(IR)RESPONSABILIDADE

A discussão de um tema como o aborto, nomeadamente no âmbito de um referendo que visa a sua liberalização até às 10 semanas, deveria ser feita de forma séria. Nomeadamente por parte do Governo (enquanto órgão de soberania).
Governo esse (este e os que o antecederam) que ao longo dos anos ignorou o assunto, recusou estudos, em suma se alheou do problema como se nada fosse consigo.
Acresce que, diversos membros do actual Executivo já se manifestaram favoráveis à alteração da lei actual, nomeadamente o titular da pasta da saúde - o Ministro Correia de Campos.
Por uma questão de princípio, seria bom que este mesmo Governo facultasse todos os dados que tem em seu poder sobre o assunto, em concreto os dados estatísticos recolhidos ao longo dos últimos anos.
Caso contrário, a discussão que se avizinha pouco servirá para esclarecer ou informar. Será mais um exercício (de parte a parte) do habitual populismo que o tema atrai.

Comentários:
Antes de mais as minhas saudações.
Bom Ano Novo são os votos que aqui deixo a todos os meus colaboradores.
Obrigado e bons posts.
 
"Está neste momento a ser reposto no canal AXN (54 da TvCabo) um episódio da série «ER - Serviço de Urgência» em que uma mulher, mãe de dois filhos rapazes e com antecedentes de dois abortos, dá entrada na urgência, onde finge não saber que está grávida, com o intuito de, simulando dores, ser examinada e saber o sexo do bebé que traz na barriga. De 15 semanas, e ainda sem dar para perceber bem se se trata de um menino ou uma menina, a enfermeira diz-lhe que ambas as hipóteses são viáveis, apesar de, na aparente ausência de um pénis, ganhar pontos a possibilidade de ser menina. A mulher resolve "dar-se" alta do hospital, e sai pelo seu próprio pé. Uma das enfermeiras desconfia, e pergunta-lhe se, sendo uma menina, e visto que já tem dois filhos rapazes e dois abortos, pretende fazer mais um, a mulher responde-lhe: "As raparigas só dão chatices". Aí está um argumento para justificar a opção de anular a gravidez..."

In http://mentedespenteada2.blogs.sapo.pt/
 
No dia 3 de Março de 2004, foi entregue ao presidente da Assembleia da República de então, Mota Amaral, uma petição assinada por mais de 190 mil Portugueses que enumerava quatro pontos fundamentais:

a) o reforço da protecção da vida e dignidade de cada ser humano, no decorrer da actual revisão constitucional;

b) um regime legal de protecção jurídica de cada ser humano, na sua fase embrionária;

c) iniciativas legislativas de promoção da família nos domínios fiscal, laboral, habitacional, da segurança social, da saúde e da educação e

d) medidas concretas de defesa da vida e da dignidade de cada ser humano, em particular, da mulher, muito em especial de apoio à mãe grávida em dificuldade, bem como ao recém-nascido.

190 mil assinaturas não significam nada?

Nem para os Governos Portugueses se empenharem em medidas como estas?

Não é por falta de pedidos…
 





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