Justiça?
Tive ontem oportunidade de estar presente na excelente conferência da Justice Foundation.
Para além da presença de Norma McCorvey (aka Jane Roe do famoso caso Roe vs Wade), tivemos oportunidade de ouvir o testemunho de diversas mulheres americanas que após a liberalização decidiram abortar, em certos casos várias vezes, e que depois se arrependeram amargamente dessa decisão. Tivemos também oportunidade de ouvir as conclusões que se retiram de 33 anos de liberalização nos Estados Unidos com 47 milhões de abortos e dos testemunhos recolhidos de mais de 2000 mulheres que abortaram. Resumindo, podemos dizer que a mensagem principal foi "Não comentam o mesmo erro que os Estados Unidos cometeram. A liberalização é uma caixa de Pandora que uma vez aberta é muito difícil de fechar e traz consequências muito graves".
Houve diversos testemunhos e dados muito interessantes mas para já iria apenas destacar os seguintes:
- As mulheres que testemunharam disseram claramente que, no seu caso, se não fosse legal nem sequer tinham equacionado o aborto, mas que sendo legal acharam que devia ser natural. O pensamento foi "se é legal é porque deve ser absolutamente seguro e não deve ter nada de moralmente errado". Mais tarde perceberam que tinham morto o seu próprio filho e tiveram imensa dificuldade em viver com essa realidade. O aborto transformou-se num pesadelo que mudou completamente as suas vidas. Aperceberam-se também que o facto de ser legal não torna o aborto um processo mais seguro (e estamos a falar do sistema de saúde dos Estados Unidos - vamos ver em Portugal...). É por estas razões que o aborto aumenta significativamente nos países que legalizam o aborto. Passa-se a assumir que já alguém pensou no assunto e não deve ter nada de errado. O aborto deixa de ser uma situação de excepção para se tornar efectivamente um método contraceptivo com custos muito mais elevados do que qualquer outro método e com consequências psicológicas graves.
- O facto de ser legal leva também a uma muito maior pressão da sociedade para abortar. O namorado que não quer ter chatices; a mãe que não quer passar a vergonha ou o patrão que não está para ter custos acrescidos facilmente pressionam a grávida a que aborte, numa situação em que está particularmente vulnerável. 60% dos milhares de testemunhos recolhidos pela Justice Foundation mostram que houve pressão externa para realizar o aborto.
- A experiência dos Estados Unidos mostra ainda que uma vez legalizado o aborto, não há qualquer argumento que justifique que se tem que parar às 10 semanas. Não há qualquer diferença entre as 10 semanas e as 20 ou as 40. É por isso que se chegou à situação de milhares de abortos legais nos Estados Unidos a serem realizados pelo método de "Aborto com Nascimento Parcial", que pode ser realizado até com 8 ou 9 meses de gravidez e consiste em fazer nascer parcialmente o bebé, esmagar-lhe o crâneo e depois terminar o nascimento já com o bebé morto. Alguém acha isto normal?!
Vale a pena olhar para esta experiência dos supostos "países avançados" e ser capaz de ter uma atitude diferente.
Para além da presença de Norma McCorvey (aka Jane Roe do famoso caso Roe vs Wade), tivemos oportunidade de ouvir o testemunho de diversas mulheres americanas que após a liberalização decidiram abortar, em certos casos várias vezes, e que depois se arrependeram amargamente dessa decisão. Tivemos também oportunidade de ouvir as conclusões que se retiram de 33 anos de liberalização nos Estados Unidos com 47 milhões de abortos e dos testemunhos recolhidos de mais de 2000 mulheres que abortaram. Resumindo, podemos dizer que a mensagem principal foi "Não comentam o mesmo erro que os Estados Unidos cometeram. A liberalização é uma caixa de Pandora que uma vez aberta é muito difícil de fechar e traz consequências muito graves".
Houve diversos testemunhos e dados muito interessantes mas para já iria apenas destacar os seguintes:
- As mulheres que testemunharam disseram claramente que, no seu caso, se não fosse legal nem sequer tinham equacionado o aborto, mas que sendo legal acharam que devia ser natural. O pensamento foi "se é legal é porque deve ser absolutamente seguro e não deve ter nada de moralmente errado". Mais tarde perceberam que tinham morto o seu próprio filho e tiveram imensa dificuldade em viver com essa realidade. O aborto transformou-se num pesadelo que mudou completamente as suas vidas. Aperceberam-se também que o facto de ser legal não torna o aborto um processo mais seguro (e estamos a falar do sistema de saúde dos Estados Unidos - vamos ver em Portugal...). É por estas razões que o aborto aumenta significativamente nos países que legalizam o aborto. Passa-se a assumir que já alguém pensou no assunto e não deve ter nada de errado. O aborto deixa de ser uma situação de excepção para se tornar efectivamente um método contraceptivo com custos muito mais elevados do que qualquer outro método e com consequências psicológicas graves.
- O facto de ser legal leva também a uma muito maior pressão da sociedade para abortar. O namorado que não quer ter chatices; a mãe que não quer passar a vergonha ou o patrão que não está para ter custos acrescidos facilmente pressionam a grávida a que aborte, numa situação em que está particularmente vulnerável. 60% dos milhares de testemunhos recolhidos pela Justice Foundation mostram que houve pressão externa para realizar o aborto.
- A experiência dos Estados Unidos mostra ainda que uma vez legalizado o aborto, não há qualquer argumento que justifique que se tem que parar às 10 semanas. Não há qualquer diferença entre as 10 semanas e as 20 ou as 40. É por isso que se chegou à situação de milhares de abortos legais nos Estados Unidos a serem realizados pelo método de "Aborto com Nascimento Parcial", que pode ser realizado até com 8 ou 9 meses de gravidez e consiste em fazer nascer parcialmente o bebé, esmagar-lhe o crâneo e depois terminar o nascimento já com o bebé morto. Alguém acha isto normal?!
Vale a pena olhar para esta experiência dos supostos "países avançados" e ser capaz de ter uma atitude diferente.
Comentários:
blogue do não
Caro Pedro,
Uma das visões que mencionou nunca me tinha passado pela cabeça, mas realmente faz sentido.
Uma vez legalizado o aborto, é mais facil que a "sociedade" (entendasse patrões) exerça pressões sobre as grávidas.
Eu por exemplo tenho uma relação estável e gostava de ter filhos, mas infelizmente o meu contrato é a prazo e se ficar agora grávida tenho a certeza que este não será renovado.
Sinceramente, penso que muitos patrões, poderão pressionar as suas funcionárias a optarem pelo aborto.
Sei perfeitamente que com 10 semanas de gestação não se nota ainda nenhuma barriga, mas se o governo aprovar as 16 semanas? e se daqui a uns tempos esse tempo for aumentado?
Mónica Palma
Uma das visões que mencionou nunca me tinha passado pela cabeça, mas realmente faz sentido.
Uma vez legalizado o aborto, é mais facil que a "sociedade" (entendasse patrões) exerça pressões sobre as grávidas.
Eu por exemplo tenho uma relação estável e gostava de ter filhos, mas infelizmente o meu contrato é a prazo e se ficar agora grávida tenho a certeza que este não será renovado.
Sinceramente, penso que muitos patrões, poderão pressionar as suas funcionárias a optarem pelo aborto.
Sei perfeitamente que com 10 semanas de gestação não se nota ainda nenhuma barriga, mas se o governo aprovar as 16 semanas? e se daqui a uns tempos esse tempo for aumentado?
Mónica Palma
geada
podes sempre ir viver para a costa rica ou para a nicarágua. ou para a polónia ou para malta. ou para o mundo islâmico!
sociedades realmente avançadas e capazes de acompanhar a tua inovadora visão.
vai e sê feliz, pà. sinceramente.
podes sempre ir viver para a costa rica ou para a nicarágua. ou para a polónia ou para malta. ou para o mundo islâmico!
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vai e sê feliz, pà. sinceramente.
Vale a pena saber os factos antes de propalar mentiras:
"On November 5, 2003, President George W. Bush signed into law the Partial-birth Abortion Ban Act of 2003. Pro-abortion forces, not having the support of the American public, challenged the law in court. Federal Courts in the 2nd, 8th, and 9th Circuits ruled the ban unconstitutional. Now, the Supreme Court has agreed to consider the case, and is reviewing the decisions of the 8th and 9th Circuit courts. Oral arguments will be heard on Wednesday, November 8." in http://www.priestsforlife.org/partialbirth.html
"On November 5, 2003, President George W. Bush signed into law the Partial-birth Abortion Ban Act of 2003. Pro-abortion forces, not having the support of the American public, challenged the law in court. Federal Courts in the 2nd, 8th, and 9th Circuits ruled the ban unconstitutional. Now, the Supreme Court has agreed to consider the case, and is reviewing the decisions of the 8th and 9th Circuit courts. Oral arguments will be heard on Wednesday, November 8." in http://www.priestsforlife.org/partialbirth.html
Se calhar por estas e por outras é que há pessoas que preferem a interrupção voluntária da gravidez até às 10 ou 14 semanas: tempo suficiente para detectar uma gravidez e tomar decisões, mas não tempo demasiado para não ter de recorrer a medidas drásticas.
Quanto ao "normal", há tanta coisa anormal neste mundo...
Quanto ao "normal", há tanta coisa anormal neste mundo...
Envio dois endereços que poderão ser úteis. Andei por lá antes do referendo passado.
http://swissnet.ai.mit.edu/~rauch/nvp/roevwade.html
http://www.theforbiddenknowledge.com/hardtruth/roevswades.htm
Cumprimentos
http://swissnet.ai.mit.edu/~rauch/nvp/roevwade.html
http://www.theforbiddenknowledge.com/hardtruth/roevswades.htm
Cumprimentos
Grande fonte de informação, um site que começa:
"Your government is poised to inject you with a tracking chip manufactured by Applied Digital Solutions called, "Veri Chip". Don't believe me? Click below, I'll prove it to you."
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Estive fora e por isso só agora pude responder aos comentários:
Em primeiro lugar: independentemente do aborto de nascimento parcial ser ou não ainda permitido nos Estados Unidos, o que eu refiro é que se foi aumentando os limites e chegou-se até esse ponto absolutamente inacreditável.
Quanto à questão da comparação entre a realidade norte americana e a portuguesa ser desajustada. É possível que seja verdade. Mas não deixa também de ser verdade que podemos aprender com as experiências dos outros e procurar evitar cometer os mesmos erros.
E certamente que existem pontos positivos e negativos em todos os países do mundo. O importante é olhar de forma crítica para as decisões que se tomam seja em que país for, conhecer as situações que provocaram e tentar extrair as melhores decisões para Portugal.
Legalizar o aborto não é claramente uma boa decisão.
Em primeiro lugar: independentemente do aborto de nascimento parcial ser ou não ainda permitido nos Estados Unidos, o que eu refiro é que se foi aumentando os limites e chegou-se até esse ponto absolutamente inacreditável.
Quanto à questão da comparação entre a realidade norte americana e a portuguesa ser desajustada. É possível que seja verdade. Mas não deixa também de ser verdade que podemos aprender com as experiências dos outros e procurar evitar cometer os mesmos erros.
E certamente que existem pontos positivos e negativos em todos os países do mundo. O importante é olhar de forma crítica para as decisões que se tomam seja em que país for, conhecer as situações que provocaram e tentar extrair as melhores decisões para Portugal.
Legalizar o aborto não é claramente uma boa decisão.
blogue do não