LAMENTOS
A demagogia barata e a falácia fácil assentaram arraiais do lado do SIM. E não posso deixar de admitir que o discurso é bastante tentador. Passa invariavelmente por falar das pobres coitadas das mulheres, violentadas na sua sexualidade por desígnios impostos pela Santa Madre Igreja, hoje vista como a causadora dos males do Mundo. Essas mesmas mulheres são depois coarctadas na sua auto-determinação, por uma sociedade que as impede de disporem do seu próprio corpo.
Alinham neste tipo de discurso pessoas alegadamente inteligentes, que se dizem evoluídas e modernas. Frequentemente levantam a voz, numa tentativa clara de intimidação dos conservadores moralistas que se atrevem a votar NÃO. Pois bem, pela minha parte confesso a minha insensibilidade perante tais argumentos. Se há coisa me transtorna é a pouca seriedade que muitos colocam nesta discussão e a verdade é que se torna evidente o género de campanha pelo SIM que aí vem.
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Há uma verdade incontornável que repetirei até à exaustão, reconhecida por todos, inclusivamente por muitos defensores do SIM: há vida humana desde a fecundação. Sem querer discutir a bondade de teorias como a gradualista ou a cariogamia, a verdade é que às 10 semanas (aliás, muito antes disso) já estamos perante uma vida humana. Assim sendo, e perante o princípio ético mínimo que está na base da nossa legislação penal, o qual é indiscutível, sob pena de concluírmos pelo fim de toda a norma penal, não podemos deixar de admitir que o feto tem de merecer tutela penal.
Em meu entender, abrir caminho à liberalização total do aborto até às 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado, constitui um atentado intolerável à dignidade da pessoa humana, permitindo-se a instrumentalização da vida.
Comentários:
blogue do não
Certamente não estará a par das outras muitas razões pró-despenalização, limitando-se a focar apenas uma e a que mais lhe convém.
O ruído não esclarece.
O texto que a seguir transcrevo, único, como nenhum outro até hoje li, devia multiplicar-se - sem nenhum outro comentário, sem nenhuma outra palavra ou acrescento - em exclusivo.
É assim :
- «Quando engravidei e me vi, no meu interior, através do monitor de uma máquina de ecografia, fui invadida pelo espanto. Reparei que qualquer coisa palpitava numa imagem pequena como um peixe. Disse-me o médico: "Que sorte! Por ter seis semanas já conseguimos ver bater o coração».
Ainda hoje, ao adormecer o meu filho, me lembrei desse momento da Revelação.
O texto que a seguir transcrevo, único, como nenhum outro até hoje li, devia multiplicar-se - sem nenhum outro comentário, sem nenhuma outra palavra ou acrescento - em exclusivo.
É assim :
- «Quando engravidei e me vi, no meu interior, através do monitor de uma máquina de ecografia, fui invadida pelo espanto. Reparei que qualquer coisa palpitava numa imagem pequena como um peixe. Disse-me o médico: "Que sorte! Por ter seis semanas já conseguimos ver bater o coração».
Ainda hoje, ao adormecer o meu filho, me lembrei desse momento da Revelação.
Você não tem cura!
Sugiro que faça campanha pelo "Sim". O seu discurso é daquele género que referi: só vai afastar as pessoas de um "não" tranquilo. O seu discurso destila intolerância pela opinião dos outros. Oh homem seja intolerante perante o acto do aborto mas não o seja perante a liberdade de discordar de si. Há pessoas mais inteligentes do que vc (e certamente do que eu) que são pelo sim e com argumentos empiricos e morais válidos, simplesmente, quanto a mim embora sendo válidos muitas vezes não são sólidos e outras não são bons (qualquer livro de lógica, caso necessite, lhe expicará a diferença entre estas qualificações dos argumentos). Eu pela minha parte não sendo nem conservador nem "moralista" sinto-me bem à vontade para defender o "não". Nunca me senti intimidado.
Sugiro que faça campanha pelo "Sim". O seu discurso é daquele género que referi: só vai afastar as pessoas de um "não" tranquilo. O seu discurso destila intolerância pela opinião dos outros. Oh homem seja intolerante perante o acto do aborto mas não o seja perante a liberdade de discordar de si. Há pessoas mais inteligentes do que vc (e certamente do que eu) que são pelo sim e com argumentos empiricos e morais válidos, simplesmente, quanto a mim embora sendo válidos muitas vezes não são sólidos e outras não são bons (qualquer livro de lógica, caso necessite, lhe expicará a diferença entre estas qualificações dos argumentos). Eu pela minha parte não sendo nem conservador nem "moralista" sinto-me bem à vontade para defender o "não". Nunca me senti intimidado.
Realmente a "intolerância" perante a argumentação da parte contrária, por muito pouco válida ou inconsequente que essa argumentação possa ser, é certamente o caminho mais fácil para lhe dar visibilidade e sobretudo para a vitimizar.
O Sr. Rui Castro, que me parece etr alguma "tarimba" nestas lides já deveria saber isto.
Eu também estou muito tranquilo do lado do Não, com os meus argumentos e com as minhas convicções.
Dispensarei sempre toda e qualquer manifestação de intolerância; aliás, essa é uma das mais vincadas características de uma uma certa esquerda pseudo-intelectual, detentonra da verdade universal e que se tem manifestado claramente ao longo de todo este debate pré-campanha.
Que estejamos todos unidos em torno de um mesmo objectivo e saibamos tranquilamente fazer passar a mensagem todos os dias um pouco mais e um pouco mais longe e o Não vencerá.
Cumps.
O Sr. Rui Castro, que me parece etr alguma "tarimba" nestas lides já deveria saber isto.
Eu também estou muito tranquilo do lado do Não, com os meus argumentos e com as minhas convicções.
Dispensarei sempre toda e qualquer manifestação de intolerância; aliás, essa é uma das mais vincadas características de uma uma certa esquerda pseudo-intelectual, detentonra da verdade universal e que se tem manifestado claramente ao longo de todo este debate pré-campanha.
Que estejamos todos unidos em torno de um mesmo objectivo e saibamos tranquilamente fazer passar a mensagem todos os dias um pouco mais e um pouco mais longe e o Não vencerá.
Cumps.
blogue do não