NÚMEROS

A palavra a quem sabe. O Pedro Magalhães, responsável daquele que será o mais credível e fiável centro de sondagens em Portugal, acaba um seu post sobre os números da APF a dizer: "era bom saber mais". Não podia estar mais de acordo. Depois do Estado se ter demitido das suas funções, rejeitando levar a cabo o estudo que deveria ter sido realizado a propósito do aborto em Portugal - relembro que a AR tomou uma decisão nesse sentido -, não deixa de ser curioso que venham agora alguns pró-abortistas fiar-se num estudo efectuado por uma associação que se diz a favor da liberalização do aborto. É um fartar à vilanagem.

Comentários:
Uma pergunta:
Se neste referendo ganhar o sim, mas não houver 50% de votantes, como no outro, será que os apoiantes do não, poderão pedir um novo referendo dentro de uns anos e o mesmo será aceite?
 
Mesmo que o referendo seja vinculativo (votarem mais de 50% dos eleitores inscritos), não vincula para sempre. Desde que um deputado ou grupo parlamentar proponha o referendo, este seja aprovado pelo Parlamento, o Tribunal Constitucional não se pronuncie pela inconstitucionalidade da pergunta e o Presidente marque o referendo, acho que até pode ser já em 2008.

Mas, como é natural, se o aborto a pedido fôr despenalizado, os interesses a volta do negócio do aborto farão com que nunca mais se possa voltar atrás. Sejam quais forem os resultados da despenalização.
 
Quem sabe já se voltou a pronunciar sobre o assunto
 
Só não entendo o motivo pelo qual não disseram o mesmo face ao estudo encomendado pela "Plataforma Não Obrigado"
 





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