Pela liberdade, contra o aborto - II
Peguem numa rapariga com dificuldades económicas ou suficientemente jovem para não ter autonomia. Encham-na de ideias, imagens, preconceitos, sobre facilidades, vidas ideais, confortos. Dêem-lhe uns pais preconceituosos, fanáticos, fúteis ou simplesmente fracos. Ofereçam-lhe um namorado irresponsável e cobarde. Não a aconselhem sobre a contracepção, não a integrem em campanhas de planeamento familiar. Digam-lhe para iniciar a vida sexual logo que lhe der na real gana, e que isso é ser espontâneo, logo verdadeiro. Expliquem-lhe que, no mundo moderno, no mundo livre, já tudo tem uma solução técnica. Mostrem-lhe que o aborto está ali à mão, e que a ele pode recorrer sempre que necessário ou apenas quando conveniente. Que é gratuito, fácil e rápido, pois claro. Digam-lhe que quem disser o contrário é católico, fanático e mentiroso.
Dêem-lhe desespero e uma só solução, um só valor, um só caminho.
É isto liberdade?
Dêem-lhe desespero e uma só solução, um só valor, um só caminho.
É isto liberdade?
Comentários:
blogue do não
Caro amigo Jacinto:
A pergunta é retórica mas eu respondo:
É liberade sim. É a liberdade animal. Com uma pequena diferença, os animais nunca (mas nunca)interrompem voluntáriamente a gravidez.
Um abraço
A pergunta é retórica mas eu respondo:
É liberade sim. É a liberdade animal. Com uma pequena diferença, os animais nunca (mas nunca)interrompem voluntáriamente a gravidez.
Um abraço
permita-me discordar:
isso é tudo aquilo que existe agora, com a excepção que essa rapariga com pais conservadores e desesperada, não tem hoje qualquer tipo de escolha, sendo forçada a levar até ao fim uma gravidez indesejada. É isto liberdade de escolha?
Ana Silva
isso é tudo aquilo que existe agora, com a excepção que essa rapariga com pais conservadores e desesperada, não tem hoje qualquer tipo de escolha, sendo forçada a levar até ao fim uma gravidez indesejada. É isto liberdade de escolha?
Ana Silva
Ao sr. Afonso Cabral: pois não. Levam a gestação até ao fim e depois comem as crias. Comparação interessante.
Tanta argumentação que, julgo, não leva a nada. A questão é muito simples: matar é crime e , como tal, deve ser penalizado. Como? É assunto para a jurisprudência. Deixem-se de epítetos de retrógrados, conservadores, católicos, fanáticos.... Deixem de acender fósforos junto da palha que ela não arderá. Rapazes e raparigas ( e não só) querem uma vida de facilidades em que a irresponsabilidade não tem limites. Os pais demitem-se da função de educadores. Hoje nada se pode impedir aos filhos mesmo estando, ainda, na casa dos pais (melhor, paizinhos). Assim é fácil cair em toda a espécie de desgraças mesmo que, na realidade, os pais e educadores só temam a droga e a sida. Há 40 ou 50 anos nasciam, na realidade, muitas crianças e a vida era tremandamente difícil. Nada a ver com a actual. Havia, na realidade, falta de informação sobre a "paternidade consciente e responsável". Há muita gente que segue esta via e, com um pouco de sacrifício pelo meio (diga-se, abstenção), tinham somente os filhos desejados e capazes de "suportar" com os seus haveres materiais.Mas... matá-los?!!!!
Costa Gomes
Costa Gomes
Cara Ana Silva,
Proponho-lhe que volte a ler o texto esperando que, quando se fizer luz, compreenda que "tudo aquilo que existe agora" conduz ao beco sem saída com que o texto termina.
Cumprimentos.
Proponho-lhe que volte a ler o texto esperando que, quando se fizer luz, compreenda que "tudo aquilo que existe agora" conduz ao beco sem saída com que o texto termina.
Cumprimentos.
blogue do não