"SÓ É VENCIDO QUEM DESISTE DE LUTAR"

Esta é a última frase do artigo de opinião de hoje no dn, da lavra do Mário Bettencourt Resendes. Desconfio que no dia 11/2 o autor do texto agora referido irá votar SIM. Apesar disso, ou melhor exactamente por isso, sugiro que ele e todos nós possamos ler de novo o seu artigo e constatar que assenta que nem uma luva nesta discussão do aborto. A mim parece-me evidente a ligação. Aqui há tempos, o José António Saraiva falava disso - a cultura da morte. Só não vê quem não quer.

Comentários:
Agora percebi citar José António Saraiva esse grande lutador pelo Estado Novo em Portugal. Já percebi, mais do que concepções dogmáticas da religião, a tua concepção é de indole fascista.

Não perco mais um segundo.
 
Lições de democracia de alguém que cita Che Guevara e cuja fotografia exibe com orgulho no seu blogue só pode ser piada.
Adiante.
O seu problema, para além da má fé utilizada na interpretação do que por aqui se tem dito, é mesmo ignorância, pois dizer que o José António Saraiva lutou pelo Estado Novo em Portugal só poderá ser qualificado como tal.
Em vez de um segundo talvez fosse melhor perder uns minutos para evitar disparates.
Cumprimentos
 
Pronto, vamos lá explicar ao T.Brazão para ele não ficar baralhado.
Olhe, T.Brazão, José António Saraiva é um jornalista, arquitecto de formação, que foi director do Expresso durante muuuuitos anos e que, agora, é o director do Sol. É sobrinho de José Hermano Saraiva, ex-Ministro da Educação do Estado Novo, e filho de António José Saraiva, escritor, ensaísta, crítico e historiador da literatura portuguesa, e (veja lá como as coisa são) anti-salazarista. Chegou a ser militante do PCP (depois curou-se), a ser preso pela PIDE e a viver no exílio.
António José Saraiva, tal como o seu filho José António (de quem aqui se fala), era contra a liberalização do aborto. Recomendo-lhe o artigo "Progresso e Morte" publicado na Tarde (pág. 2) em 25.01.1984 que acaba assim: O humilde aceita a vida. O soberbo quer a morte, para provar o seu poder. E não há nada mais soberbo que um "intelectual progressista".

JV
 





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