Uma segunda tentativa para obter o resultado "correcto"

Sobre o referendo do aborto em Portugal no Brussels Journal: Abortion Referendum in Portugal: A Democracy that Looks like Tyranny, por Martin Helme.

There is little doubt that the Portuguese should be prepared for the same sort of brainwashing that other countries experienced before the referendums on joining the EU or the referendums on the EU constitution. Portugal’s own government and all sorts of EU institutions are subsidizing the pro-abortion campaign in order to obtain the desired result. Government officials tell the people that they have to fall in line with the rest of Europe.

But worst of all, if the people again vote the wrong way, one can be sure that their answer will not be accepted and in a few years’ time they will have to vote again. Just as the Danes had to vote over and over again until they approved the Maastricht Treaty, just as the Irish had to vote over and over again until they voted “yes” to the Nice Treaty, just as the Dutch and French will have to vote again on the EU Constitution until they vote the way the politicians want, so will the Portuguese have to vote until they approve abortion. Once they do this, however, the voting is over and the people will not be allowed to change their minds. European democracy in the beginning of the 21st century can be summed up as follows: if for some reason the voters do not vote the way they are expected to vote, the results are simply dismissed. Never before have democracy and tyranny looked so alike.
(via O Insurgente)

Comentários:
o Martin Helme que foi ministro dos negócios estrangeiros?? Assumido anti semita, homofóbico e eurocéptico?caramba, estou mesmo preocupado com o que ele pensa sobre o referendo!
 
Caro Anonymous: confesso que não conhecia esse tal Helme, nem que tinha ideias tão pouco recomendáveis. Mas a substância deste artigo, na sua opinião, não corresponde à realidade?
 
Caro Jorge:
peço desde já desculpa por o comment anterior não estar identificado.
não, realmente não acho que corresponda à realidade, ou sente-se pressionado para votar num determinado sentido? a própria existencia deste blog é reflexo disso mesmo: da discussão que se gera em torno de um assunto polémico. O referendo foi convocado precisamente por que é explicito que existem nacionais que não se encontram satisfeitos com a lei como se encontra, resta saber se esses cidadãos representam ou não, a maioria, pois é já obvio que são um numero significativo.

Ana Guerra (desculpe o lapso de há pouco, não foi de todo propositado)
 
Isso não é novidade.
Veja-se o caso das patentes de software, o Parlamento Europeu andas às voltas com isso pela segunda vez [salvo erro].

Quanto ao assunto em questão [e sendo eu um apoiante do Sim, mas ainda ser ter dado devido tempo para ler este blog e o blog do sim, sendo por isso a minha posição temporária], se o Não estiver "certo", prevalecerá enquanto houver referendos. Por isso esse insistir na questão não é mais que um aborrecimento que apela a uma pessoa realizar o seu dever cívico mais umas quantas vezes [ir votar]. Se a questão for tão pouco importante que não vão votar, bem, então é porque há alguma coisa mal na sociedade...
 
O não tem tanta gente de valor intelectual e humano reconhecido e com bons argumentos para o defender que recorrer a citações de um qualquer estónio cripto-neofacista, racista e intolerante para o defender é para mim empobrecedor. Elevem o nível por favor ainda nos confundem com Louçãzitos (haverá coisa pior?)
 
Sugestão aqui ao "inteligente" do Helm: Como , por exemplo, houve referendos onde foi rejeitado o direito de voto das mulheres esse estado de coisas deveria ter permanecido ad eternum. Afinal já foi referendado...siga em frente.
Acho bem o novo referendo e todos os que quiserem. Esperando que ganhe o não penso que reafirma a vontade e o sentir dos portugueses quanto a essa questão.
 
Quando não se tem argumentos, resta lançar lama sobre o autor da mensagem para ver se "cola"...
 





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