BdN à escuta

-Sabe que metade dos seus colegas do PSD votam sim no referendo?
-Dá-me imensa vontade de rir quando vejo colegas meus virem com um ar muito revolucionário, como se estivessem a fazer uma transgressão enorme, ao defenderem agora o aborto que há vinte anos não defendiam. Confesso que tenho alergia aos "soixante-huitard retardés".


(Zita Seabra, entrevista ao Expresso, 13/1/07)

Comentários:
Dra. Zita Seabra, ex-defensora do aborto, ex-anti bloco central, ex-comunista, ex-membro activo do PREC, mas seguramente uma oportunista que aceita ser porta estandarte como uma "convertida/arrependida" dos movimentos anti-aborto.
 
Po oposição à própria, que defende agora a criminalização que combateu tão ferozmente em 1984. Enfim.
 
Uns mudam para um lado, outros para o outro. A zitinha também me parece um pouquito "soixante huitard retardé" em versão tia pureza, não sei se tá ver.

Mas aquela rigidez moralistóide da velha escola comuna continua toda lá. Inteirinha.
 
Aí está! O nnao encontrou finalmente uma porta voz à altura. Ainda acaba mesmo como líder paralamentar do PSD como alguém já sugeriu. É bom que assim estão os gatos todos juntos no mesmo saco.
 
a zita é alérgica aos "soixante-huitard retardés", como lhes chama.
já a mim a oportunista, hipócrita, mercenária "retardada" que ela é, mete-me um grande nojo.
 
Sendo eu adepto vigoroso do não, confesso que preferia ver a d.zita do lado do sim. Com amigos destes, quem precisa de inimigos?
 
Se a Zita Seabra é o melhor que conseguem citar, parabéns.
Só esse nome dá nojo a muita gente (e não "PC" entenda-se), mas não haja dúvida que fica a matar neste blogue.
Continuem.
 
A Zita Seabra é uma mulher que pensa pela própria cabeça. É por isso que, num país de capelinhas, incomoda tanta gente.
 
Meus caros,

não tenho nada em especial a favor da Srª Drª Zita Seabra. Por isso, não vou discutir se a mesma é oportunista ou não. Até porque acho totalmente irrelevante para a discussão. Já não será irrelevante a mudança de posição que ela protagoniza. E sabem porquê? Porque ela personifica a mudança da própria realidade. Se há umas décadas era possível (embora eu não concordasse) centrar a discussão na autodeterminação da maternidade, hoje em dia, com os avanços nos métodos contraceptivos (e com a facilidade de acesso aos mesmos), entre os quais, no nosso país, a pílula do dia seguinte, tal afigura-se anacrónico.
Ao contrário do que acham, o voto no sim é um voto reaccionário, próprio de quem não foi capaz de acompanhar os avanços operados no mundo.
 
Gostava de acrescentar ao comentário anterior que é possível engravidar tomando a pílula e/ou usando o preservativo.
Quanto à referência à pílula do dia seguinte, admite-a sendo contra a despenalização da IVG?
 
Cara Joana,

leia o que escrevi no outro dia, numa perspectiva puramente jurídica sobre o assunto. Volto a sublinhar puramente jurídica.
 
No outro dia quando? Busca Joana, busca! :)
 
Zita Seabra? Se calhar, não é oportunismo. São remorsos...
 





blogue do não