COLUNISTAS DO SIM EM CAMPANHA
Tem sido engraçado ver o aproveitamento que diversos colunistas fazem nas colunas nos jornais que lhes pagam para escrever para se dedicarem repetidamente à campanha pelo SIM. Ainda há dias era Vítor Dias. Fernanda Câncio e Joana Amaral Dias não falam de outra coisa, no DN; Daniel Oliveira, no Expresso, não passa uma semana que não deite a sua opinião; e Vital Moreira, no Público, vem hoje com mais uma tirada sobre o assunto, expondo as suas razões.
Confesso que tive de me esforçar por ler o artigo, pois ele inicia-se com uma falácia inacreditável, fazendo antever o que seguiria. Mas esforcei-me e li. VM considera que o que está em causa no referendo é saber se o aborto, nas condições descritas na pergunta, deve deixar de ser crime. É falso. O aborto poderia deixar de ser crime e não ser livre, mas a resposta positiva à pergunta do referendo, tal como ela se encontra redigida, torna o aborto livre até às dez semanas e, portanto, é isso que está em causa.
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VM acha que o aborto não fica liberalizado porque é condição que ele seja feito em estabelecimento autorizado de saúde. Quando alguém da craveira de VM vem escudar-se neste argumento, ficam evidenciadas todas as fraquezas dos argumentos do SIM. Pois não seria certamente nos cafés ou nas esplanadas que os abortos iriam ser feitos os abortos, nem na loja do cidadão. Pretender-se que o aborto não fica liberalizado apenas porque será feito nos hospitais ou clínicas é um argumento que, seguramente, VM se esqueceu de apagar antes de mandar o artigo para o Público.
A falta de confiança que grassa por entre as hostes do SIM é ainda evidenciada pelos "remédios" propostos por VM para o SIM sair vitorioso. Ciente de que está realmente perante uma liberalização, VM propõe aos seus amigos do governo uma calçadeira para o SIM ganhar, uma operação de cosmética, uma ajudazinha que se traduziria numa promessazita, num anúncio, na propagação do propósito de se prever uma "consulta prévia", um "período de dilação da execução do aborto". Qualquer que seja o que isso queira dizer, deve ser, como existe nos outros países, uma tentativa séria de dissuadir a mulher de abortar e ajudá-la, antes, a ter o filho. Acontece que isso não consta do referendo (e, promessas socialistas, sabemos bem quem as leva...). Ora, este apelo desesperado por auxílio revela que até os do SIM perceberam que o aborto livre, tal como é proposto, foi ir longe demais e causa repulsa às pessoas.
Há preciosidades magníficas, neste artigo, é uma pena o estilo de um post não possibilitar tratar de todas. VM diz que no conflito entre a protecção da vida intra-uterina e a liberdade da mulher, aquela nem sempre deve prevalecer. "Nem sempre" é fabuloso porque o resultado (acaso ganhasse o SIM) é que a liberdade da mulher prevaleceria sempre, até às dez semanas, sobre a necessidade de proteger a vida intra-uterina. A protecção da vida intra-uterina (que, não obstante, VM entende dever existir, inclusivamente penal, sem especificar como) cede, desde logo, aos "princípios constitucionais" do "bem-estar" e "desenvolvimento da personalidade da mulher". É ou não é uma tirada de mestre? Pena é não sermos todos tolos.
Confesso que tive de me esforçar por ler o artigo, pois ele inicia-se com uma falácia inacreditável, fazendo antever o que seguiria. Mas esforcei-me e li. VM considera que o que está em causa no referendo é saber se o aborto, nas condições descritas na pergunta, deve deixar de ser crime. É falso. O aborto poderia deixar de ser crime e não ser livre, mas a resposta positiva à pergunta do referendo, tal como ela se encontra redigida, torna o aborto livre até às dez semanas e, portanto, é isso que está em causa.
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VM acha que o aborto não fica liberalizado porque é condição que ele seja feito em estabelecimento autorizado de saúde. Quando alguém da craveira de VM vem escudar-se neste argumento, ficam evidenciadas todas as fraquezas dos argumentos do SIM. Pois não seria certamente nos cafés ou nas esplanadas que os abortos iriam ser feitos os abortos, nem na loja do cidadão. Pretender-se que o aborto não fica liberalizado apenas porque será feito nos hospitais ou clínicas é um argumento que, seguramente, VM se esqueceu de apagar antes de mandar o artigo para o Público.
A falta de confiança que grassa por entre as hostes do SIM é ainda evidenciada pelos "remédios" propostos por VM para o SIM sair vitorioso. Ciente de que está realmente perante uma liberalização, VM propõe aos seus amigos do governo uma calçadeira para o SIM ganhar, uma operação de cosmética, uma ajudazinha que se traduziria numa promessazita, num anúncio, na propagação do propósito de se prever uma "consulta prévia", um "período de dilação da execução do aborto". Qualquer que seja o que isso queira dizer, deve ser, como existe nos outros países, uma tentativa séria de dissuadir a mulher de abortar e ajudá-la, antes, a ter o filho. Acontece que isso não consta do referendo (e, promessas socialistas, sabemos bem quem as leva...). Ora, este apelo desesperado por auxílio revela que até os do SIM perceberam que o aborto livre, tal como é proposto, foi ir longe demais e causa repulsa às pessoas.
Há preciosidades magníficas, neste artigo, é uma pena o estilo de um post não possibilitar tratar de todas. VM diz que no conflito entre a protecção da vida intra-uterina e a liberdade da mulher, aquela nem sempre deve prevalecer. "Nem sempre" é fabuloso porque o resultado (acaso ganhasse o SIM) é que a liberdade da mulher prevaleceria sempre, até às dez semanas, sobre a necessidade de proteger a vida intra-uterina. A protecção da vida intra-uterina (que, não obstante, VM entende dever existir, inclusivamente penal, sem especificar como) cede, desde logo, aos "princípios constitucionais" do "bem-estar" e "desenvolvimento da personalidade da mulher". É ou não é uma tirada de mestre? Pena é não sermos todos tolos.
Comentários:
blogue do não
Ui, que desesperadinhos que eles andam! hehehe
Sabem o que eu gostava de ver? gostava de ver todas estas pessoas que supostamente defendem a dignidade da mulher, que a querem proteger como apregoam, ter um papel activo na construção de opções para quem opta pela vida.
Pois é.. essa parte é mais difícil não é? Exige tempo, comprometimento, disponibilidade e não uns meros minutinhos a debitar umas ideias cá para fora a ver se pegam.
Sabem o que eu gostava de ver? gostava de ver todas estas pessoas que supostamente defendem a dignidade da mulher, que a querem proteger como apregoam, ter um papel activo na construção de opções para quem opta pela vida.
Pois é.. essa parte é mais difícil não é? Exige tempo, comprometimento, disponibilidade e não uns meros minutinhos a debitar umas ideias cá para fora a ver se pegam.
caro VLX, essa dos colunistas do sim é muito bem observada!
ora deixa cá ver o que andarão a escrever os colunistas defensores do não, nos jornais onde também lhes pagam (suponho) para escrever...
hum... vejamos... é inacreditável!
então não é que uns colunistas do não que são muito isentos, deixaram de escrever sobre o assunto e outros colunistas do não ainda mais isentos até dizem que se calhar o sim não é assim tão mau... é inacreditável!
de facto prova-se "de" que os colunistas do não são muitíssimo melhores pessoas do que os do sim, para além de vestirem melhor, serem mais bonitos e irem para o céu.
e só no fim, para não dar nas vistas, não tente sequer pensar que eu gosto do vital moreira...
ora deixa cá ver o que andarão a escrever os colunistas defensores do não, nos jornais onde também lhes pagam (suponho) para escrever...
hum... vejamos... é inacreditável!
então não é que uns colunistas do não que são muito isentos, deixaram de escrever sobre o assunto e outros colunistas do não ainda mais isentos até dizem que se calhar o sim não é assim tão mau... é inacreditável!
de facto prova-se "de" que os colunistas do não são muitíssimo melhores pessoas do que os do sim, para além de vestirem melhor, serem mais bonitos e irem para o céu.
e só no fim, para não dar nas vistas, não tente sequer pensar que eu gosto do vital moreira...
Caro VLX, cuidado com o doublethink. Liberalização seria se o aborto fosse livre em propriedade privada, sem que o Estado interviesse. Seria mitigada se houvesse um mínimo de regulação, mas livre entrada no mercado. Não é o caso: o Estado pretende, com este referendo, obter o monopólio nacional do licenciamento e operação dos sítios onde se possa abortar. É uma nacionalização, nunca uma liberalização.
Eis algumas frases fantásticas dos defensotres do "Sim":
i) “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
ii) “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
é por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais de e"esquerda caviar" nos querem enganar...Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
i) “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
ii) “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
é por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais de e"esquerda caviar" nos querem enganar...Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
Eis algumas frases fantásticas dos defensotres do "Sim":
i) “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
ii) “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
é por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais de e"esquerda caviar" nos querem enganar...Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
i) “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
ii) “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
é por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais de e"esquerda caviar" nos querem enganar...Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
Eis mais algumas frases fantásticas dos defensores do "Sim":
1. “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
2. “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
É por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais da "esquerda caviar" nos querem enganar...
Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
1. “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
2. “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida”Manuel Alegre
É por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais da "esquerda caviar" nos querem enganar...
Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
Eis mais algumas frases fantásticas dos defensores do "Sim":
1. “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
2. “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida” Manuel Alegre
É por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais da "esquerda caviar" nos querem enganar...
Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
1. “Já imaginaram a miséria que é ter um filho porque não se teve dinheiro para pagar um aborto?”Fernanda Câncio
2. “deixou de ser pertinente e sério insistir no tema da vida do embrião ou do feto e da sua eventual prevalência sobre a vida da grávida” Manuel Alegre
É por estas e outras que cada vez mais estou convencido que os "jacobinos" e pseudo-intelectuais da "esquerda caviar" nos querem enganar...
Votar NÃO no referendo é um imperativo ético, moral, social, politico, económico e sobretudo HUMANO.
Fui aluno desse senhor Vital Moreira. Apenas li dois artigos de opinião dele. E chegou.
Existem defensores do Sim que vale a pena lêr, outros...nem por isso.
É o caso.
Meus amigos continuem com elevação. Têm o respeito e a admiração de milhões!
Ah... o Não vencerá e o circo virá depois: "Ah e tal, os tectos de ouro do Vaticano"
Existem defensores do Sim que vale a pena lêr, outros...nem por isso.
É o caso.
Meus amigos continuem com elevação. Têm o respeito e a admiração de milhões!
Ah... o Não vencerá e o circo virá depois: "Ah e tal, os tectos de ouro do Vaticano"
Ó amigodaonça, eu não percebi essa do "de que", seguramente não teremos tido a mesma professora na primária.
Eu estou cansado, venho de uma viagem fatigante, irritantemente estou com sono e insónias ao mesmo tempo e precisava de dormir e não consigo.
Por qualquer motivo que me escapa (e nem sequer me interessa) passou-lhe na leitura do meu post o termo "repetidamente", escrito no primeiro parágrafo. Era importante para a compreensão geral.
Repare ainda que a coisa não tem a ver com o facto de eu gostar ou não de Vital Moreira (com quem, incluíndo seus familiares, tenho relações cordiais). A coisa tem a ver com o facto de eu estar à espera de que as razões ou argumentos dele fossem outros, de outro nível e categoria.
Assim ao elevado nível do meu querido amigo Pedro Caeiro, escritos no Mar Salgado (não sei colocar links nesta coisa mas seguramente que chegará lá).
Não concordo com Pedro Caeiro (acho até que fazemos gala nisso, nestes cerca de 30 anos de enorme amizade), entendo mesmo que ele está errado em diversos pontos (que discutiremos alegremente - eu e ele - no nosso próximo encontro), mas foi a primeira vez que li alguém que diz ir votar sim a tratar a questão com enorme seriedade intelectual. Mesmo que, na minha opinião, errado.
Eu estou cansado, venho de uma viagem fatigante, irritantemente estou com sono e insónias ao mesmo tempo e precisava de dormir e não consigo.
Por qualquer motivo que me escapa (e nem sequer me interessa) passou-lhe na leitura do meu post o termo "repetidamente", escrito no primeiro parágrafo. Era importante para a compreensão geral.
Repare ainda que a coisa não tem a ver com o facto de eu gostar ou não de Vital Moreira (com quem, incluíndo seus familiares, tenho relações cordiais). A coisa tem a ver com o facto de eu estar à espera de que as razões ou argumentos dele fossem outros, de outro nível e categoria.
Assim ao elevado nível do meu querido amigo Pedro Caeiro, escritos no Mar Salgado (não sei colocar links nesta coisa mas seguramente que chegará lá).
Não concordo com Pedro Caeiro (acho até que fazemos gala nisso, nestes cerca de 30 anos de enorme amizade), entendo mesmo que ele está errado em diversos pontos (que discutiremos alegremente - eu e ele - no nosso próximo encontro), mas foi a primeira vez que li alguém que diz ir votar sim a tratar a questão com enorme seriedade intelectual. Mesmo que, na minha opinião, errado.
agora também não estou com pachorra.
o amigo não percebe a graçola do "de que"?
o problema é seu. em vez de ficar a imaginar a minha professora primária como uma idiota analfabeta, saia mais... ouça mais... mas realmente, o que é que isso interessa?
folgo em saber que tem amigos decentes e com ideias variadas. felicitações e bem haja por não se ter sentido insultado com coisa nenhuma...
penso eu "de que"!
o amigo não percebe a graçola do "de que"?
o problema é seu. em vez de ficar a imaginar a minha professora primária como uma idiota analfabeta, saia mais... ouça mais... mas realmente, o que é que isso interessa?
folgo em saber que tem amigos decentes e com ideias variadas. felicitações e bem haja por não se ter sentido insultado com coisa nenhuma...
penso eu "de que"!
Ó amigodaonça,
Lá está vc todo sensível...
Então não reparou o que o VLX escreveu acerca do seu estado de espírito?
Relaxe, fica logo tipo ouriço com os picos todos de fora!
PS - Com que então é do Porto?
Lá está vc todo sensível...
Então não reparou o que o VLX escreveu acerca do seu estado de espírito?
Relaxe, fica logo tipo ouriço com os picos todos de fora!
PS - Com que então é do Porto?
O autor deste «post», coitadinho, tem de ir ao oftalmologista.
Não viu no «Público» desta semana nem o artigo da Graça Franco, do Mário Pinto e do Pedro Vassalo, todos pelo «não».
Além do mais, esta ideia de que aos colunistas dos jornais estaria vedado abordarem o tema do referendo diz bem como é estreita a concepção de liberdade de expressão do autor do «post».
Não viu no «Público» desta semana nem o artigo da Graça Franco, do Mário Pinto e do Pedro Vassalo, todos pelo «não».
Além do mais, esta ideia de que aos colunistas dos jornais estaria vedado abordarem o tema do referendo diz bem como é estreita a concepção de liberdade de expressão do autor do «post».
blogue do não