A CRESCER

"Os cerca de 20 movimentos de defesa do «não» à despenalização do aborto em constituição por todo o país reuniram já mais de 120 mil assinaturas" (diário digital)

Comentários:
Temos 120 mil pessoas que querem continuar a fechar os olhos a uma situação inaceitável.
Temos 120 mil pessoas que se apressam a julgar os outros, a atirar pedras...
Temos 120 mil pessoas que pensaam que defender a vida é votar não.
Não vi 120 mil pessoas a indignarem-se quando no funeral da pequena Vanessa o padre disse que era mais grave fazer um aborto do que matar aquela menina.
 
115 mil das quais foram recolhidas à porta das missas dominicais na região norte e interior do país.
 
e esses que saiem das igrejas no norte e interior do país são menos portugueses que os outros?
Caro anónimo, até Salazar, na época, utilizava melhor argumentação (mesmo que mui parecida)!!!
Mas pelo seu comentário, lendo-o, estou a ver que até no SIM há gente estúpida, pelo menos um...
 
Qual é o vosso "programa de governo", para implementarem desde logo, caso vençam? Ou, se ganharem, continuam completamente dependentes da vontade do malvado estado?
 
Anonymous (7/1/07 02:41),

Essas 120 mil pessoas (em 1998, foram 1.356.754 as que votaram contra a despenalização do aborto a pedido - resultados oficiais) não querem todas a mesma coisa, nem apoiam o "não" pelas mesmas razões.

Não vi 120 mil pessoas a indignarem-se quando no funeral da pequena Vanessa o padre disse que era mais grave fazer um aborto do que matar aquela menina.
Não concordo com o que o padre disse mas entendo porque o disse. O padre afirmou que acabar com uma vida humana que não se pode defender nem pedir ajuda é pior do que acabar com a vida de alguém que pode pedir ajuda e que, até certo ponto, se pode defender. É uma forma enviesada de olhar para esta matéria mas pelo menos ele assumiu o que disse. O anonymous, pelo contrário, apenas pretende atacar quem tem ideias diferentes das suas, sem a coragem de assumir o que escreve.
 
120 mil pessoas acham que as pessoas devem ser responsáveis, usem contraceptivos.
120 mil pessoas não querem que os abortos "a pedido" passem à frente na listas de espera.
120 mil pessoas não querem pagar as irresponsabilidades dos outros
120 mil pessoas acreditam no papel do PAI (neste referendo é ignorado)
120 mil pessoas sabem que às 10 semanas o coração já bate.
 
Exactamente. Sendo que muitas das assinaturas são em duplicado, triplicado - ou seja as pessoas Assinaram em mais que um movimento..
No entanto, pra espanto de alguns, , muita gente se recusou a assinar, mesmo á porta das Igrejas...
 
Nem mais. É uma vergonha ir visitar a Sé de Braga e deparar-me com uma banca de recolha de assinaturas no interior da Igreja.

Além disso gostava de os ver comentar estas declarações de Ribeiro e Castro, líder do CDS-PP:
http://avenidacentral.blogspot.com/2007/01/servio-nacional-da-doena.html

É um exemplo de demagogia e populista de alguns dos defensores do NÃO.
 
O Sr. Abílio tem o insulto rápido mas o entendimento é mais lento. O que se pretende comentar é que esses 115.000 deitam abaixo a vossa campanhazinha sobre a "multiplicidade" do não, o imperativo civilizacional, a questão do direito e mais não sei o quê.

E diz muito bem: Salazar contava com o poder do púlpito sobre esses 115.000 portugueses. E cuidava que eles não tivessem outra in-formação para além da que lhes era veículada por essa via.
 
Ó senhor Bluesmile, informe-se antes de dizer as coisas. Cada pessoa só pode assinar UMA lista... Não fale do que não sabe...
 
Agradecido pelo esclarecimento Sr. Anónimo, contudo (certamente incapacidade minha) continuo sem perceber a razão porque 115000 pessoas (uma minoria, não é verdade? -num tempo em que algumas "almas" tanto lutam pelos direitos das minorias...)hão-de ser catalogadas pelas suas (presumidas) convicções... Dá jeito catalogar assim. Não é verdade? (Quanto mais se colar a questão à Igreja, melhor! Todo o bom português tem um anticlerical dentro de si. A dias. Porque noutros há em que lá vai ao beija mão dum baptismo, casamento, ou funeral, seu ou de alguém bem chegado. E com direito a tudo!!! Porque se O divino não faz distinção de pessoas porque as há-de fazer o Seu clero terreno!?)

O que o Sr. Anónimo não pode fazer, perdoo-me a intromissão na crítica da sua razão prática, é negar que 115000 ou 1 pessoa apenas tenha(m) direito a manifestar a sua intenção com a sua assinatura. E, ainda bem, que os analfabetos de então, agora, já sabem escrever, ler, publicar, tirar cursos superiores (tão diferenciados que são, com visões distintas da existência e, ainda, não se furtam à defesa do direito que concebem como essencial e existencial)... Mesmo que de vez em quando haja uns pequenos salazares a quem isso muito custe!
 
Na semana passada, uns angariadores de assinaturas do SIM resolveram ir para a porta da Igreja de Sta. Cruz, em Coimbra, no fim da missa. Não sei se recolheram alguma, não sei se o fizeram naquele espírito bloquista que anima muitos dos movimentos do SIM, não sei se foram para aborrecer as pessoas ou para tentar desacatos, mas foram, estavam lá, aborreceram e armaram desacatos.
 
Os adeptos do NÃO são todos estúpidos, ignorantes, brutos, infelizes; está bem à vista.

Pelo contrário, os SINS são todos esclarecidos, superiormente inteligentes. Cada SIM devia valer por 10 NÃOS.

Esta é a conclusão que infiro dos comentários dos srs do SIM. Tanta jactância diz bem do carácter desses srs.

Caros srs do SIM: as maiorias não definem, em tempo algum, o lado da razão.

As maiorias cometeram, no passado crimes monstruosos, e.g., os alemães de 1933 elegeram Hitler chanceler...

O aborto será sempre um crime hediondo... seja qual for a opinião da maioria...
 
Sr Abílio:

Se quer viver à sombra de uma iluminação qualquer, seja ou não com o justificativo de que é uma fé, esteja à vontade. Não me passa pela cabeça impedi-lo, criticá-lo ou demovê-lo de assim viver. Não há por aqui nenhum Salazar. Há quem tenha fé nos números, na ciência, nas combinações de côres ... é da natureza humana. Não importa à discussão. Mas há vários casos, testemunhados até pelos próprios crentes, que revelam uma forma pouco leal de fazer campanha por parte da Igreja Católica. E é contra esses que me manifestei. ou tem deuvidas de que a ignorância contia a ser bem explorada nesse contexto social?
 





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