E NÃO SERIA MELHOR IR FAZER O SEU TRABALHO?

Numa conferência promovida pelo PS na Assembleia da República, a conhecida procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, disse que havia em Portugal clínicas a fazer abortos que até pareciam as slot machines dos casinos e que o aborto ilegal produzia dinheiro sujo e não tributado.
Se a senhora procuradora-geral adjunta tem conhecimento disso, eu pergunto-me por que estranha razão não pára de dar conferências e entrevistas à comunicação social e não vai antes fazer o seu trabalhinho, pelo qual é paga pelos contribuintes não faltosos.

Comentários:
CAro VLX,

Ainda não vou comentar o post.

Queria antes pedir-vos que aprovem e publiquem os comentários com mairo brevidade par que a troca de argumentos não fique apagada. Corremos o risco de ao respondermos a um comentário, quando ele fôr editado já não estar a pessoa on-line.

Quanto ao Blog está óptimo!

Pela Vida, SEMPRE!
 
Esta senhora realmente....

Sabe da existência das clínicas e nunca fez nada?

Além disso é mais uma pessoa com argumentos falaciosos pois as clínicas vão continuar a enriquecer, ainda mais se fôr o próprio estado a pagar os abortos, conforme estão a tencionar fazer.
 
Esta pergunta, segundo me parece por outros posts do mesmo autor, tem, implícita, a pergunta: E por que é que, mediante o conhecimento de um elevado número de abortos em Portugal, não se prendem mais mulheres?

Esta é a base do referendo: Concorda que as mulheres sejam presas e levadas a julgamento pela prática abortiva?

A respost só pode ser uma: Não concordo.
A opção por fazer um aborto, conforme estudo realizado pela APF, não é tomada de ânimo leve. Não é, como querem fazer passar os movimentos pelo Não, mais uma acção contraceptiva. É uma escolha difícil, transversal a todos os escalões económicos e, não menos importante, quase sempre única.

Por estas razões, por não querer mais nenhuma mulher em tribunal, exposta ao mundo como uma aberração, que eu voto SIM.
 
Sabemos todos porquê:

1. Porque toda a gente, estranhamente incluídos os defensores do Não, concorda que as mulheres que abortam não devem ser presas;

2. Porque infelizmente, e com o apoio de quem defende o Não, o Estado não presta este serviço de saúde, portanto fechar as clínicas é empurrar as mulheres para o aborto clandestino nas piores condições possíveis.
 
CAro Pedro,

Realmente há quem veja o que mais ninguém vê, há quem leia o que mais ninguém lê... há quem delire na desesperada tentativa de "ganhar" a discussão.

Então acha que o nosso amigo VLX fala das prisões das mulheres? Em 1º lugar vê-se que não é frequentador assíduo do blog. Em 2º lugar, e aqui parto do princípio que realmente "não chegou lá" eu explico-lhe timtim-por-timtim o que o VLX disse:

Em nenhum momento fala das mulheres que abortatam, refere-se sim ás clínica que a Drª mª José Morgado chama de SlotMachines. Refere-se ao facto de uma pessoa com responsalibidades com a Drª Mª José Morgado falar das ditas clínicas como se não tivesse nada a ver com o assunto.

Explique lá onde é que está implicita a pergunta? Desculpe mas realmente agora quem "não chega lá" sou eu :)

PS - Mas caro Pedro, compreendo o seu desespero pois a cada dia que passa as pessoas estão cada vez mais esclarecidas e o "não" está com mais força!

PS2 - Proponho-lhe que pense também nas mulheres que, se a liberalização passasse, passaria a estar sujeitas á pressão de maridos/companheiros para "resolverem o assunto" pois o aborto "até é legal".
 
Não fique chateado com os comentários da procuradora-geral adjunta...

Não posso deixar de concordar com ela, relativamente ao que disse... a questão social, é uma questão que não pode nunca ser ignorada...

Cumprimentos
 
Não quero mulheres presas, aliás, nos últimos casos não o foram. O que acontece é que a despenalização vai tornar impossível a penalização de quem ganha o dito dinheiro sujo. Talvez seja isso que a Sra. Procuradora quer, o trabalho já deve ser mais que muito...
 
Caro Ka,

Não passa pela cabeça de ninguém que tenha, em algum ponto, estado exposto a uma situação de violência ou pressão conjugal, aceitar o argumento que, quando o aborto for despenalizado, as mulheres serão obrigadas a abortar pelos seus companheiros. Quem esteja em contacto com a realidade sabe que a ilegalidade nunca foi impedimento para o aborto, nem serviu como diminuição para a pressão sofrida pelas mulheres nestas situações.
Aliás, qualquer psicólogo sabe que o medo/respeito/"amor" ao companheiro, numa situação de opressão familiar se sobrepõe às restrições sociais.

Por outro lado, a manutenção desta lei, como referi, brutaliza uma situação já de si difícil, marginalizando e expondo a mulher a uma situação medieval, vendo a sua vida despejada na praça pública.

Ainda, relativamente às declarações da Dra. Maria José Morgado, penso que é do senso comum, a percepção da realidade existente. No entanto, esta percepção é bem diferente da prova judicial necessária para a condenação. Assim, não me parece nenhum contracenso a declaração proferida pela procuradora. O que me parece, no entanto, é que a ideia subjacente a este post é o menosprezo por uma realidade que, esperemos, irá terminar no dia 12 de Fevereiro.

Para terminar, não sei qual a fonte da informação sobre o crescimento do número de votantes no Não, mas, segundo as últimas notícias, isso parece-me não passar de pura projecção de um desejo pessoal.

Reafirmo que votarei SIM e que esta triste realidade terminará com a contagem dos votos do referendo.
 
"Por outro lado, a manutenção desta lei, como referi, brutaliza uma situação já de si difícil, marginalizando e expondo a mulher a uma situação medieval, vendo a sua vida despejada na praça pública."

Mas Pedro Soares quem as expõe na praça pública é quem leva para lá as TV's e afins... Depois elas não são presas nem vilipendiadas ou ostracizadas, por isso qual é a sitaução medieval a que se refere? Mais ainda a despenalização vai levar a que verdadeiros criminosos (os que efectuam o aborto e cobram bem) não sejam penalizados, é isso que quer?
 
Caro Pedro,

PArece-me um bocado confuso pois se por um lado diz que "Não passa pela cabeça de ninguém que tenha, em algum ponto, estado exposto a uma situação de violência ou pressão conjugal, aceitar o argumento que, quando o aborto for despenalizado, as mulheres serão obrigadas a abortar pelos seus companheiros." por outro vem dizer o contrário ao afirmar que "Aliás, qualquer psicólogo sabe que o medo/respeito/"amor" ao companheiro, numa situação de opressão familiar se sobrepõe às restrições sociais." Mas afinal em que ficamos? A mulher é ou será ou não sujeita a mais pressões?

Na minha modesta opinião, e também na de mais algumas pessoas (mais entendidas na matéria do que eu) claro que sim, pois o marido/companheiro pressionará muito mais para que o aborto ocorra.

Quanto ás declarações da Drª Mª José Morgado é do sendo comum pensar que essas ditas clínicas pasarão a facturar muito mais, até porque um dos maiores cliente passará a ser o próprio estado. A unica coisa que se alterará é que as entidades que as deveriam ter fiscalizado, deixarão de ter essa obrigação se a liberalização passar.

Não vamos entrar em demagogias e dizer que este referendo trata da despenalização, este referendo trata mesmo da liberalização do aborto.

Por todas estas razões mas acima de tudo porque há vida apartir do momento de concepção, eu VOTO NÃO!
 
Todo o sistema de justiça portuguesa sabe onde se situam as clínicas de abortos. Não as parteiras vão de escada, que de vez em quando são levadas a tribunal só para exemplo, mas as verdadeiras clinicas 100% equipadas, onde os abortos são feitos às centenas senão milhares.

Toda e qualquer denúncia é "engavetada" prontamente.
 
A praça pública não se caracteriza, apenas, pela aparição na TV ou nos jornais. Implica a aparição num tribunal, a exposição perante o público da sessão, a exposição perante vizinhos, exposição familiar, etc.

O facto de não serem presas não impede que "circo" humilhe as mulheres.

Relativamente ao que significou esta alteração da lei nos outros países da europa, o resultado foi que esses criminosos que exploram esta fragilidade das mulheres ficaram sem mercado.

Para além disso, do ponto de vista da justiça social, a despenalização do aborto implica uma reequilíbrio nos direitos das mulheres neste aspecto. É que, hoje em dia, quem tem possibilidades para isso vai a Espanha fazer os obortos. Por outro lado, são as mulheres das classes mais desfavorecidas que são exploradas por esses criminosos em situações, muitas vezes, de risco para a própria saúde das mulheres.

Por estas razões me parece que a melhor solução é a vitória do SIM no referendo próximo.
 
Todos estão a desviar as atenções do problema base.
Não se ganha nada em perseguir as mulheres que abortam, mas ganha-se muito em combater as clínicas, que praticam o "genocídio", pois efectivamente é disso que se trata.
Para se ter provas disso basta interceptar os esgotos, nem é necessário incomodar as mulheres.

Meia dúzia de "genocidas" condenados a 25 anos, fariam com que o aborto clandestino se tornasse residual.
 
Caro Ka,

eu clarifico a ideia: a pressão de companheiros para a prática de aborto existe já hoje em dia, não seria agravada pela despenalização. Essa é uma falsa questão e não ajuda em nada a clarificação do debate.
A subjugação da mulher em casos de pressões familiares ocorre, na mesma medida, com ou sem a despenalização do aborto.

Sobre a questão de não estarmos a falar numa despenalização, se consultar o dicionário verá que despenalizar significa "retirar a pena; isentar de pena". Parece-me que esta definição é bastante esclarecedora.

Eu voto SIM.
 
Já que perseguir os cntribuintes faltosos é função do fico, presume-se partir daqui que o trabalho da procuradora-geral adjunta seria essa tão nobre função de processar mulheres. Se defendem a lei, ao menos tenham a honestidade de assumir queé para ela ser cumprida!
Porque não concordo com penas de prisão, concordo com a alteração da lei. Dia 11 voto SIM!
 
Pedro Soares,

a pressão de companheiros para a prática de aborto existe já hoje em dia, não seria agravada pela despenalização
Esta deve ser uma daquelas coisas em que a realidade (com que o Pedro parece estar em tão intímo contacto) não faz sentido nenhum.

Situação actual:
- arranjar um contacto,
- juntar o dinheiro,
- dirigir-se a um local clandestino e
- realizar (sem garantias nem apoio estatal) um acto que é considerado crime,
- arriscando-se a ser presa e julgada por isso.

Com a despenalização:
- ir ao hospital,
- realizar o aborto com a segurança e garantias do Estado,
- sem gastar um cêntimo e
- sem ter que responder perante ninguém.

E diz o Pedro que, na sua realidade, passar da primeira situação para a segunda não fará com que a pressão dos companheiros, famílias e/ou empregadores se torne mais fácil, frequente e determinante na decisão de abortar. Não quer mesmo ser levado a sério, pois não?
 
Caro Pedro Soares:
"a pressão de companheiros para a prática de aborto existe já hoje em dia, não seria agravada pela despenalização" - discordo. Esta pressão é muito mais facilitada num contexto de aborto legal e acessível do que se a actual lei fôr alterada.
De resto, mesmo que o que vexa. diga seja verdade, a despenalização apenas servirá para legitimar essas pressões familiares/conjugais. Como tal, vexa está a ser advogado de uma posição que, em termos de pressões familiares/conjugais, é mais restritiva para a opção e liberdade da mulher.

"Para além disso, do ponto de vista da justiça social, a despenalização do aborto implica uma reequilíbrio nos direitos das mulheres neste aspecto." - isto só seria justiça social se o aborto fosse, de facto, um "direito". O facto de os indivíduos com mais posses conseguirem esquivar-se à Lei ocorre em todos os crimes e, como tal, não são argumento para a sua despenalização.

Cumprimentos.
 
Caro Pedro,


O facto de se "cortar" mais um caminho para uma mulher grávida agrava e e desprotege pois ela estará sejeita a mais uma pressão para tomar a decisão. Isto leva a que o aborto seja encarado como a única solução. Mas nem vou insistir mais nisto pois acho que quem quis já entendeu a ideia.


Se é apenas despenalização, como querem fazer crer, então porque é que põem um limite temporal? Porque é que não despenalizaram apenas?

É sim liberalização do aborto! Liberalização quer dizer dar Tornar liberal, tornar livre, conceder livre acesso, aceitação a;

E o que realmente trata o referendo é tornar livre o aborto até ás 10 semans por decisão unilateral da mulher, sem ter de dar justificações a ninguém.. só porque sim...

E por mais voltas que tentem dar, quem pensar um minuto nesta pergunta falaciosa, vai perceber relamente o que está em causa!


PS - Então acabar uma vida que já existe, que é unica e irrepetível é um direito?? Realmente estamos em estradas paralelas que nunca se cruzarão...
 
Joaquim Lopes,

As relações que estavam em causa e sobre as quais teci o meu comentário são as relações conjugais. E, reafirmo, a dependência e, logo, a subserviência da mulher a um companheiro agressivo não altera com a despenalização do aborto. É essa a raíz da questão neste ponto. A mesma mulher que se dispõe a abortar pela pressão do companheiro, recorre ao aborto com ou sem a despenalização. A diferença que existe, com a despenalização, é que a mulher faria o aborto em condições dignas e com cuidados de saúde adequado e, claro, sem os custos que hoje em dia existem. As outras pressões que as mulheres sofrem (sociais, laborais, etc.), curiosamente, são, muitas vezes perpretadas por aqueles que, hoje em dia, defendem a vida desde a concepção. Só se esquecem de defender a plenitude da vida após nascimento e no seu decorrer. No entanto, conforme todos os estudos realizados em países que despenalizaram o aborto indicam, não existiu um maior número de abortos após a mudança da lei. A única excepção a esta situação aconteceu em Espanha com um pequeno aumento. Por isso, esse argumento que a despenalização é uma liberalização e que a lei se transformará num regabofe de abortos cai por terra quando confrontado com estudos sérios.

Caro Kephas,
Não existe nenhum país do mundo onde o aborto seja proibido que não exista aborto clandestino. Nenhum. Assim, o dizer-se que não existe diferenciação sobre quem tem dinheiro para ir ao estrangeiro realizar um aborto e quem não tem dinheiro para o fazer e, assim, se expõe a ser julgada ou, mesmo, a ir parar ao hospital, é, absolutamente, absurdo.
Por esta razão, é, também, uma questão de igualdade social que se referenda no dia 11. E, pode ter a certeza, o meu voto será pelo SIM.
 
CAro Pedro,

Também não existe nenhum país no mundo onde , sendo o aborto legal, deixe de existir aborto clandestino..

Quanto á questão de igualdade social copncordo consigo, ela deve existir mas desde o 1º momento de vida.

"A criança, dada a sua imaturidade física e mental, precisa de protecção e cuidados especiais, incluindo protecção legal apropriada, tanto antes como depois do nascimento". (Declaração dos Direitos da Criança - aprovada em Assembleia Geral da ONU em 20.11.1959)
 
Parece que a Dra. Mª José Morgado foi nomeada para coordenar os processos de corrupção no futebol.

Mas dentro de uns meses isto não vai dar em nada: é que a corrupção no futebol é uma prática usual e estabelecida, que dá dinheiro (não tributado) a ganhar a muita gente. Pela lógica da Dra. Morgado, aquilo que se faz usualente deve ser legalizado, pelo que ela vai acabar a propor a legalização da corrupção no futebol, para assim tudo ser mais transparente.
 
Pedro Soares,

A mesma mulher que se dispõe a abortar pela pressão do companheiro, recorre ao aborto com ou sem a despenalização.
Não concordo. Não apenas será mais fácil para o companheiro exercer pressão como será mais difícil para a mulher resistir a essas pressões.
Se pretende contrariar o senso comum com realidade, apresente factos documentados, não a sua opinião.

As outras pressões que as mulheres sofrem (sociais, laborais, etc.), curiosamente, são, muitas vezes perpretadas por aqueles que, hoje em dia, defendem a vida desde a concepção.
Esta afirmação não é apenas preconceituosa. É mesmo insultuosa e demonstra bem que a sua realidade é muito particular.

Quem mais tem feito por ajudar mulheres e famílias desfavorecidas e cuidar de crianças abandonadas são precisamente organizações que se manisfestam contra a despenalização do aborto a pedido.

No entanto, conforme todos os estudos realizados em países que despenalizaram o aborto indicam, não existiu um maior número de abortos após a mudança da lei.
Mais uma vez confirma que a sua percepção da realidade tem muito pouco a ver com a realidade.

Em primeiro lugar, a sua afirmação é contrariada com os exemplos, de cabeça e assim de repente, dos EUA e de Espanha. Incluo a Espanha, porque aumentos na ordem de várias dezenas de pontos percentuais não podem ser classificados como "pequenos".
Em segundo lugar, a eventual diminuição do número de abortos NUNCA, EM CASO ALGUM poderá dever-se à despenalização do aborto a pedido mas sim a uma maior divulgação e utilização dos métodos contraceptivos e ao aumento da eficácia e diversidade destes, uma evolução natural dos últimos 40-50 anos.
 
1- Qualquer estudo psicológico sobre violência doméstica, traça o perfil do agredido (homem ou mulher). Muito para além do senso comum, percebe-s o grau de fragilidade em que a mulher (no caso de ser esta a agredida) está. Percebe-se, também, a forma como são manipuladas. Logo, reitero a minha opinião.

2- Bagão Félix, um dos principais activistas do não, foi o criador do actual código de trabalho. Qualquer pessoa que tenha sido mãe desde que este está em vigor pode confirmar que perdeu regalias em relação ao período anterior.

3- Um recente estudo sobre o aborto em Portugal, provavelmente o melhor estudo alguma vez feito sobre este tema, da APF, explica, claramente, que mais de 20% das mulheres que afirmaram ter abortado, usavam métodos contraceptivos. Se alguma dúvida houvesse, e acho que não havia, cientificamente, motivos para dúvidas, ficou demonstrado que os métodos de contracepção existentes não sãoabsolutamente fiáveis.

4- Ao contrário do que o tom exaltado tenta acusar, não estou de má fé neste debate. Afirmei que existiu um crescimento do número de abortos em Espanha após a legalização, não o neguei. Mas, reitero, não é um crescimento anormal. A lei, em Espanha foi alterada em 85. Nunca, em nenhum dos anos, houve um acréscimo de "dezenas de pontos percentuais" do número de aborto.

5-O facto de termos opiniões diferentes, não faz com que tenha de se exaltar, nem de tentar menosprezar a minha opinião. Não sou a favor do aborto. Sou a favor da liberdade de escolha. E o problema desta questão passa quando a sociedade tenta obrigar a mulher a não ter escolha.
 
Alguém ainda me vai explicar como é que se tem liberdade de escolha á custa da vida de um ser indefeso...
 
Caro Pedro Soares:
Reitero o que disse: se um comportamento é condenável aos olhos da Lei, não interessa se há indivíduos que o conseguem levar a cabo ou não... a condenabilidade do dito cujo comportamento não se altera. Logo, não será uma questão de igualdade social. Finalmente, continuo a achar mal a comparação dos países em que o aborto está legalizado com aqueles em que não está, uma vez que não há emparceiramento das condições sócio-económicas entre uns e outros. O aborto clandestino não será o mesmo na Índia (onde o aborto está legalizado), em Portugal ou na Itália (outro país onde o aborto está legalizado e em que ainda persistem focos de aborto clandestino). Até porque já ouvi falar num estudo (não lhe sei dar referências, mas vem de fonte insuspeita: Daniel de Oliveira no seu famoso post de 30 mil caracteres) que dizia que uma percentagem significativa dos abortos era realizada por médicos. Com a liberalização do aborto, sem dúvida que o aborto deixará de ser “clandestino”… mas até que ponto alterará minimamente as condições em que este é feito, uma vez que uma das suas consequências será a legitimação os médicos que já o fazem?
Cumprimentos
 
Pedro Soares disse...
"Se alguma dúvida houvesse, e acho que não havia, cientificamente, motivos para dúvidas, ficou demonstrado que os métodos de contracepção existentes não são absolutamente fiáveis."
Curioso, que alguns deles, para a propaganda de luta contra a SIDA são vendidos como tendo uma eficácia de 99,99%...

Quanto ao estudo da APF... não conheço! Mas o que lhe posso dizer é que a APF, filial da IPPF Americana não é parte desinteressada no negócio de clínicas de aborto. Mas mesmo nada $$$$!... Para a sua informação a IPPF Americana é só uma das principais proprietárias da rede de clínicas de aborto (privadas!) dos EUA.
 
Esta mulher é um espetáculo a dar conferências e a escrever livros sobre a currupção.
Esperem só até ela começar mesmo a trabalhar.
O meu receio é que a senhora "meta baixa" por ter engolido algum apito.
 
Há aqui alguém que tem razão: ter liberdade de escolha é legítima e permite decidir se se comete ou não um crime. Assim, quem decidir fazer um aborto irá optar por infringir a lei ou não.
Porém, a real questão não é essa. O facto de a lei permitir a execução de um crime não impede que o autor - igualmente criminoso... - se regule por uma consciência bem formada, não necessariamente religiosa.
Tenho por certo que qualquer pessoa civilizada estará a atentar contra a própria consciência Moral se matar um ser indefeso à espera da vida.
 





blogue do não