Excesso de aspirinas provoca confusão mental!

Tendo na sua composição um ácido, o consumo de doses excessivas de aspirina pode causar alcalose, seguida por acidose metabólica, com respiração muito rápida e confusão mental.

Deve ser este o motivo da falta de percepção revelada por um tal de Luís quando, sem pensar antes de escrever, dispara contra alguns dos membros do Blogue do Não.
Na verdade, nós sabemos que afirmar que “o facto de criar uma criança sair mais caro que abortar é razão suficiente para liberalizar o aborto” é um asco. Mas não se insurja contra o João Vacas. Afinal a lógica foi veiculada por um adepto do sim. Sem que se tenha de amofinar. Ao constatar o asco, pode sempre mudar o seu sentido de voto.

Campanha pelo não já faz ao sublinhar a enormidade. Falta-lhe só perceber algumas evidências. Porque, apesar da verdade ser afirmada com a solenidade de um la Palice involuntariamente cómico, o Luís não foi, para já, capaz de logradamente a entender. Por efeito da sobredosagem anunciada, o nosso interlocutor de circunstância esquece-se que o espermatozóide ou o óvulo, sendo compostos por células vivas, não possuem um código genético autónomo que, estando presente no embrião, faz dele um ser humano único e irrepetível, diferente dos progenitores que o geraram. É a tal lógica de alguns defensores do sim que, pese embora o escondam, continuam alegres e contentes a acreditar na equiparação entre um filho e uma unha do pé.

Não o acuso, porém, de aldrabice, calúnia, falácia ou omissão. As aspirinas não permitem mais, logo a mais não é obrigado. Se até acha que a leitura de um jornal, em formato digital ou impresso, constitui uma descoberta fulminante, que podemos nós fazer? Limitar-nos a esperar por dias de melhor actividade cerebral ou elucidar o dito senhor que não temos culpa das palavras proferidas pelo Sr. Ministro da Saúde por mais incómodas que elas possam ser?

Talvez esteja na altura de utilizar o SNS, levando para o efeito um documento identificativo que lhe será exigido, de forma a tratar essa intoxicação medicamentosa.

Comentários:
Sou contra a despenalização. Participo activamente num blog e leio com regularidade o vosso. Tenho a dizer que só perdem em "atacar" as posições contrárias da forma agressiva como o fazem, ridicularizando tudo e todos. No geral, a qualidade do vosso trabalho é boa, mas já não há paciência para os últimos textos... Se calhar, está na altura de repensarem a vossa atitude.
 
Caro Luís Rainha,
1. Não sei o que entende por não se insurgir contra o João Vacas. Na verdade, usou termos pouco dignificantes para falar dos autores do blogue do não. Pode connosco não concordar, mas talvez fosse conveniente não nos acusar de mentiras, falácias, má criação e outras coisas que tal. Especialmente quando, para fundamentar o seu juízo, invoca textos onde nenhuma mentira foi proferida.
2. Sei que no seu texto não constava nenhuma referência ao que chama miudeza fina relativa a diferenças genéticas. Mas o que eu lhe quis dizer foi exactamente que o problema reside nessa omissão. Tentou descredibilizar um texto, ridicularizando-o, sem se preocupar em perceber o verdadeiro alcance do que tinha sido dito.
3- A descoberta não é nenhuma. Simplesmente, o Francisco, com a acutilância e inteligência que o caracteriza, desmontou um dos argumentos do sim através das mais recentes declarações do Sr. Ministro da Saúde.
Melhores cumprimentos.
 
Caro Luís Rainha,

pedia-lhe que fizesse um esforço de honestidade intelectual.
Em nenhuma delas lhe dou razão. Mas se quiser, volto a explicar tudo.
1º Chama asco a uma frase que traduz o pensamento de um defensor do sim. Logo, os epítetos com que nos brindou fizeram ricochete e atingiram-no tipo boomerang.
2º O Luís, quando se referiu ao óvulo e ao espermatozóide, ou estava a ser pouco criterioso nas suas afirmações ou resolveu lançar mão de uma falácia. É óbvio que, sendo compostos por células vivas, não se confundem - em termos de concepção de vida - com um embrião, porque este é portador de um código genético diverso. Não perceber isto é não perceber nada, mas se calhar é esse o seu problema.
3º O Sr. Ministro da Saúde já nos habituou a afirmações disparatadas. Não sei bem o que é que ele queria dizer com aquelas a que o Francisco Mendes Silva se referiu, mas suponho que estivesse a dizer que qualquer pessoa que recorre ao SNS tem de se identificar pelo que muitas mulheres recorrerão ao privado. Quanto ao modo como podemos interpretar esta frase, talvez fosse bom ler (com muitas calma se for necessário) o que neste blogue já foi dito.
Cumprimentos.
 





blogue do não