NIM

"Nós vamos votar "Sim" [no referendo], mas somos contra o aborto". Esta foi a principal mensagem deixada ontem pelos dirigentes do Movimento Cidadania Responsabilidade pelo "Sim" durante uma conferência de imprensa, na qual explicaram que "penalizar o aborto não faz com que a sua prática acabe" e que "a existência de uma lei que despenalize o aborto não obriga nenhuma mulher a abortar." (in Público). Esta simpática gente não argumenta mal. Estão apenas e formalmente no lado errado. Apesar de desejarem a liberalização total do aborto até às 10 semanas de gestação, a sua consciência e a natureza das coisas ditam-lhes o óbvio. Ainda vão a tempo.

Comentários:
penalizar o aborto não faz com que a sua prática acabe... e despenalizar não acaba com o aborto clandestino.

uma lei que despenalize o aborto não obriga a mulher a abortar... mas deixa-a sujeita a pressões para que aborte. E abre a porta à irresponsabilidade de todos incluindo do Estado: "não quiseste tê-lo? Agora amanha-te..." Se isto não é obrigar, não sei o que será.
 
Ainda bem que na pergunta está bem claro "por opção da mulher"... se não estivesse, queria ver o que mais por aqui se escrevia... Deveriam estar a escrever que a mulher iria abortar só porque o patrão mandou...

Ora bolas... ou a opção era só da mulher e isso era um desastre, ou então, já toda a gente vai obrigar a pobre mulher a abortar! Não há quem vos entenda!

Esta argumentação está a ficar cada vez mais estranha...
 
De facto, por deixar de ser considerado um crime, o aborto pode ser proposto a uma grávida a troco do seu emprego.
A mulher fica bem mais exposta a empresários sem escrúpulos.
 





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