NO ESCURO

O sr. Felner deve ter estado num colóquio diferente daquele onde eu e o Paulo Pinto Mascarenhas estivemos. Se houve "painel" que correu perfeitamente e que foi amplamente esclarecedor, foi o que ele moderou, com três professores de direito, entre os quais o insuspeito Rui Pereira, e o Rogério Alves, bastonário da Ordem dos Advogados. O último painel - a que o Paulo não assistiu -, integrava Maria de Belém Roseira e mereceu, de facto, mais contestação por causa daquilo que a deputada defendeu e não explicou. Por exemplo, estava muito preocupada com a prisão de mulheres - não há nenhuma detida- e, tal como Edite Estrela, não clarificou (como podia?) o que é que acontece às mulheres que abortarem a partir das 10 semanas e um dia em diante e que não estiverem ao abrigo da "impunibilidade" do art. º 142.º do Código Penal. Também foi vaguíssima quanto a "aconselhamentos médicos" e quanto ao "dia seguinte" no SNS se o "sim" vencesse. Se alguma certeza ficou sobre o que Maria de Belém afirmou, é que ela não tem certeza alguma acerca do futuro nesta matéria, caso a lei viesse a ser alterada. Se isto é um "sim responsável", vou ali e já venho.

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