NOVAS SONDAGENS

não consigo encontrar os resultados para os confirmar mas, escrito de memória, a sondagem da TVI hoje revelada tem particular interesse porquanto nos demonstra que os portugueses (nessa sondagem e que vale o que valem as sondagens) estão contra o aborto livre e a pedido. Até admitem o aborto em determinadas situações (repiso, escrito de memória, eram as que já constam da actual lei), ponderadas certas razões ou verificadas certas ocorrências, mas o NÃO, que perde quase sempre, vence claramente quando a pergunta se refere à possibilidade do aborto livre e a pedido, sem invocação de qualquer motivo.

As pessoas (entrevistadas nessa sondagem) NÃO querem o aborto a pedido.

Como o que aqui está em causa é realmente o aborto livre e a pedido da mulher até às dez semanas, convirá esclarecer-se devidamente as pessoas para o que se pretende e limpar as nuvens de fumo deitadas pelos adeptos do SIM ao aborto livre e a pedido.
A ser realmente assim (e espero amanhã confirmar isto na imprensa - parece que virá no Público), isto demonstra também que os vários Juízes do Tribunal Constitucional que apontavam os defeitos da pergunta a ser colocada em referendo, considerando-a capciosa e enganadora, tinham plena razão.

Comentários:
Acho piada ao voces se chamarem portugueses livres. Pensando que é a liberdade de escolha que retiram às mulheres quando dizem votar não.
 
O que é que está em causa? É preciso perceber, antes de mais, o que é que nos é questionado neste referendo!

Lendo bem a pegrunta é simples perceber que a questão incide sobre a DESPENALIZAÇÃO da Interrupção Voluntária da Gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

'Despenalizar' significa não ser punido, 'por vontade da mulher' significa que a mulher seja livre de tomar uma decisão, formular uma escolha consciente e acompanhada, 'em estabelecimento de saúde legalmente autorizado' visa assegurar as condições de segurança e de saúde para a realização do procedimento, permitindo assim eliminar o flagelo do aborto clandestino e enquadrar a IVG no contexto global do sistema de saúde, assegurando aconselhamento, acompanhamento e apoio ao planeamento familiar!

Não vamos confundir as coisas!...
 
Digo de memória, mas acho que uma grande maioria dizia que ia votar sim. Mas é de memória. De certeza que não se ia esquecer deste pormenor. Eram mais de 60%. Digo eu, assim de memória.
 
Tenho os resultados e o link no meu blog. Cumprimentos.
 
Caro Daniel Oliveira, leia com mais atenção o meu post e verá que eu não me esqueci desse pormenor, como lhe chama. De resto, acaso saiba ler sondagens, verá no Público que aos portugueses repugna o aborto apenas porque a mãe não quer o filho (que é aquilo a que nos leva a proposta de alteração legislativa) e que o que a sondagem verdadeiramente releva é que os portugueses estão satisfeitos com a lei actual mas não estão a perceber o que se passa (oiça também as declarações na rádio do responsável da empresa que fez o trabalho). Têm algumas dúvidas quanto à questão económica mas concordará que nada pode ser mais miserável do que uma sociedade que obriga a mulher a abortar por falta de condições económicas.
Por fim, já que anda por aí, desça uns posts e explique-me porque razão há uns dias atrás me acusou de proferir falsidades quando disse que o aborto seria livre. Se não o fizer, com ou sem razão, corre o risco de ficarmos a pensar que é como aqueles ganapos que atiram pedras de longe e fogem.
 
Mas qual liberdade escolha?
Quando está em causa uma coisa má não se pode falar em liberdade de escolha!
Se o roubo for despenalizado, também só rouba quem quer! Mas o roubo é uma coisa má, e portanto não se pode dar liberdade de escolha!
Percebido?
 
Ó IF, gostava de te fazer contar uma história: Uma jovem de 15 anos numa certa noite foi violada, e ficou grávida. Segunto o raio da lei que este país tem, o médico pode não fazer o aborto, (sim porque se fala muito que a nossa lei defende esses casos mas o que acontece na realidade é que o médico pode agir conforme a sua consciência e pode não abortar). o que foi o caso, a rapariga chega a casa, tenta explicar aos pais, os pais não comprrendem, pensam que ela andou foi na "vadiagem", e metem-na fora de casa. (Agora vem a melhor parte), apesar de existirem associações de apoio ás mães jovens, nem toda agente lhe tem acesso e não existe em todos os locais deste país, e por vezes pode existir o que se pode chamar de "lotação", entre outras. continuando, a jovem sem ter como se sustentar , qual será amelhor forma de arranjar dinheiro?? hum??? prostitui-se, até que no meio de tanta miséria, morre. Agora diz-me uma coisa, achas bem??? achas que ela merecia tal castigo??? pediu para fazer aborto , não lhe deram essa hipotese por causa duma porcaria de uma lei nal formulada, uma lei que os paises mais desenvolvidos que nós já a mandaram para o lixo aos séculos ...
quando pensam que não ao aborto .. pensem bem e olhem à vossa volta... as pessoas devem ser livres nesse aspecto, se tiverem que ser penalizadas que sejam ao ter de lidar todos os dias com a sua conciencia.
 





blogue do não