Onde se fala de sexo
Caro Vasco,
de bom grado seria o Morgado do Século XXI ou o Caniço da Chuva na Areia. O meu "outro mundo é possível" constitui-se da possibilidade de homens com testículos por esvaziar. Gostaria de sermonizar com algumas perdas de saliva sobre a ausência de debate no que aos comportamentos sexuais diz respeito quando razoáveis hipóteses de semi-alteridade se intrometem. Tás a ver? Tipo, por que é que se pode discutir tudo menos el bon sexo? Queimam-me na fogueira se duvidar desta nova rubra infalibilidade papal?
O meu "simples imperativo religioso" dificilmente "obedece a uma estratégia de expansão demográfica da fé" porque sou protestante e, como sabes, os protestantes têm mais orgulho nos métodos anticonceptivos que os católicos no ventre de Maria (nesse sentido, nós protestantes, como vós, abortistas, somos criaturas de feitio-para-a-morte, como diria Heiddeger). Mas ainda que assim fosse, não encontraria problema. Por que será pouco bonito ter filhos para aumentar uma religião? Não posso retribuir dizendo que a tua posição pode "ser interpretada como um simples imperativo ideológico que obedece a uma estratégia de repressão demográfica da fé, coisa pouco bonita"? Uma coisa sei, nós não somos contra o nascimento de ateus e mais vis pecadores. Venham eles.
Um abraço.
Still to come: o hino da mulher omnisciente, uma reciclagem abortista pós-moderna da Madonna vaticana (ou como se passa da inviolabilidade sagrada do ventre para a inviolabilidade sagrada da consciência sem que a paróquias dêem por nada).
de bom grado seria o Morgado do Século XXI ou o Caniço da Chuva na Areia. O meu "outro mundo é possível" constitui-se da possibilidade de homens com testículos por esvaziar. Gostaria de sermonizar com algumas perdas de saliva sobre a ausência de debate no que aos comportamentos sexuais diz respeito quando razoáveis hipóteses de semi-alteridade se intrometem. Tás a ver? Tipo, por que é que se pode discutir tudo menos el bon sexo? Queimam-me na fogueira se duvidar desta nova rubra infalibilidade papal?
O meu "simples imperativo religioso" dificilmente "obedece a uma estratégia de expansão demográfica da fé" porque sou protestante e, como sabes, os protestantes têm mais orgulho nos métodos anticonceptivos que os católicos no ventre de Maria (nesse sentido, nós protestantes, como vós, abortistas, somos criaturas de feitio-para-a-morte, como diria Heiddeger). Mas ainda que assim fosse, não encontraria problema. Por que será pouco bonito ter filhos para aumentar uma religião? Não posso retribuir dizendo que a tua posição pode "ser interpretada como um simples imperativo ideológico que obedece a uma estratégia de repressão demográfica da fé, coisa pouco bonita"? Uma coisa sei, nós não somos contra o nascimento de ateus e mais vis pecadores. Venham eles.
Um abraço.
Still to come: o hino da mulher omnisciente, uma reciclagem abortista pós-moderna da Madonna vaticana (ou como se passa da inviolabilidade sagrada do ventre para a inviolabilidade sagrada da consciência sem que a paróquias dêem por nada).
Comentários:
blogue do não
Tiago,
Eu não fui por onde sugeres nem iria por onde foste agora. Entre outras razões, por se dizer, como sabes, que os ateus só existem em oposição aos crentes. Ora, seria pouco avisado - e até revelador de ingratidão - criticar a estratégia que afinal me permite existir como eu gosto. Mas conto responder-te mais tarde, à altura e sem patetices.
a,
V
Eu não fui por onde sugeres nem iria por onde foste agora. Entre outras razões, por se dizer, como sabes, que os ateus só existem em oposição aos crentes. Ora, seria pouco avisado - e até revelador de ingratidão - criticar a estratégia que afinal me permite existir como eu gosto. Mas conto responder-te mais tarde, à altura e sem patetices.
a,
V
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