Pede-se racionalidade (económica)

A falta de honestidade intelectual começa a maçar-me. Desta feita foi Joana Amaral Dias que, portadora de um espírito caritativo inolvidável, resolveu insurgir-se contra os defensores do não (a propósito não somos malta do contra. Bem pelo contrário, somos a malta que é a favor da vida), por entender que estes mesquinhamente se opõem ao financiamento público de abortos.
Deixe-me que lhe explique que a nossa aflição não se prende com o vil metal. Afigura-se mais densa do que isso e passa pela consideração do valor da vida humana. O que nos choca não é contribuir para o financiamento de um serviço público. É saber que esse serviço se consubstancia – por mais que o queiram negar – no aniquilamento de seres humanos.
E perceber, contra o que denota o seu texto, as diversas matizes que coloram a questão, ainda que reduzida ao argumento economicista.
Todos sabemos que os recursos são escassos para satisfazer as diversas necessidades existentes. Daí que se fale, amiúde, de uma racionalização dos mesmos. Mas, como a própria expressão indica, a racionalização pressupõe uma racionalidade, que condiciona a optimização dos meios que se prossegue.
Racionalidades há muitas, consoante o figurino da época e a ideologia que conforma o nosso horizonte discursivo.
Os defensores do sim entendem que os recursos disponíveis devem ser canalizados para a morte. Os defensores do não sustentam, animados por uma matriz axiológica e ética de que não abdicam – porque ao fazê-lo estariam a abdicar da própria pessoalidade –, que os mesmos poderiam ser empregues na prevenção de gravidezes indesejadas ou no apoio social a mães economicamente carenciadas.
Opções de fundo. Cada um com a sua.

Comentários:
Bons dias. Gostaria que divulgasse o meu blog anti-aborto, precisamente porque lutamos pela vida...

Se assim puder ser, o link é:

http://abortarotanas.blogspot.com

Obrigado. Um abraço pela vida...
 
Moderador deste blogue:
deixo duas referências:

http://www.pecoapalavra2.blogspot.com/

e

http://www.augaspas.blogspot.com/

visitem e divulguem. Ajudam a clarificar conceitos e não só...

Abílio Lx
 
Talvez a Joana Amaral Dias se chocasse menos se ós cartazes do não, optassem pelo mesmo tipo de campanha que os seus partidários e refrutassem os argumentos do "aqui mando eu" com "também mandas na tua vagina e nem por isso cuidas bem dela".
 
Ui mas se a vossa preocupação não se prende com o vil metal, porque raio não param de falar dele?

SErá um acto falhado?
 





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