Sócios à força

Comentários:
Será que alguém com 2 dedos de testa acredita mesmo neste argumento?
 
Eventualmente, alguns acreditarão.

Será mais ou menos como eu passar a pagar, enquanto contribuinte, associações de apoio à vida com as quais não concordo, e passar a financiar associações/entidades privadas das quais não sou sócio, nem ninguém tem retorno de coisa nenhuma que resolva alguma coisa!

Soa mal dizer-se que não se é à vida, não soa? A mim também me soa muito mal que se andem a discutir dinheiros quando se trata de ajudar mulheres em extrema necessidade.

Mas pronto... se os do Não não se importam de argumentar desta forma apenas para ganhar os votos dos neocons é lá com eles!

De facto, começa-se por defender a vida... mas depois vale tudo por mais um voto! Nem que seja apelar para o pior que há na mentalidade mesquinha e egoísta das pessoas.

E ainda me lembro de uns posts aí para baixo sobre a ética e os valores morais...
 
Realmente, a pergunta está feita de forma demagógica.

Os contribuintes não têem que aprovar todas as intervenções realizadas no SNS ou pagas pelo SNS e realizadas em clínicas privadas. Não apenas tal seria completamente impraticável (decisão, por unanimidade, consenso, maioria qualificada, maioria simples, ...?), os contribuintes não podem nem devem ser chamados a validar cada uma das decisões relativamente ao uso de dinheiros públicos. É para isso que são eleitos os órgãos de soberania e existe o Tribunal de Contas.

No entanto, a pergunta do João Maria Condeixa chama a atenção para uma questão importante, já referida bastantes vezes.
O dinheiro dos nossos impostos vai ser utilizado para pagar intervenções realizadas unicamente "por opção da mulher", sem qualquer justificação médica. E isso sim, é inaceitável. Mais, as mulheres que pretenderem realizar abortos serão encaminhadas para clínicas privadas que querem que elas abortem e que irão desvalorizar quaisquer alternativas.
 
Por isso Sr. Amado Lopes é que é preciso mudar a lei: por que os médicos não a cumprem. Se fosse em Espanha se calhar não era preciso.
 
"O dinheiro dos nossos impostos vai ser utilizado para pagar intervenções realizadas unicamente "por opção da mulher"

E, a título de exemplo, as despesas com tratamentos de toxicodependentes, os quais decidiram consumir drogas, não obstante toda a informação disponível? E os tratamentos de cancros provocados por cigarros que o doente deliberadamente fumou, alcool em excesso que deliberadamente bebeu ou outro tipo de alimentação pouco recomendável que deliberadamenre ingeriu?
 
Anonymous (8/1/07 00:14)
Vai ter que explicar o seu raciocínio.

Em primeiro lugar, não referi em lugar nenhum que os médicos não cumpriam a Lei.
Em segundo lugar, alterar uma Lei que não é cumprida para que (a nova Lei) seja cumprida é genial. Que tal aproveitar para alterar a Lei que proíbe o roubo, a fraude, os homicídios e todas aquelas coisas que, apesar de proíbidas, continuam a ser feitas?

Partir do que escrevi e "concluir" o que escreveu é um exercício que talvez esteja ao seu alcance. Para mim é um puro disparate.


Anonymous (8/1/07 17:48)
Há duas diferenças fundamentais entre o tratamento de toxicodependentes ou cancros derivados de vícios e o aborto:
1. a toxicodependência e o cancro são doenças, a gravidez não;
2. no tratamento da toxicodependência e do cancro está-se a salvar uma vida, no aborto acaba-se com uma.


Só por curiosidade, custa alguma coisa assinar o que se escreve com um nome ou pseudónimo? Ajudaria muito quem responde.
 
A mim, pessoalmente, faz-me bem mais confusão andar a pagar desintoxicações e verbas de apoio às famílias de toxicodependentes.

Aliás, ao que parece, existem mais toxicodependentes que mulheres a fazerem abortos!

Que se acabem com os apoios aos drogados, pessoas com sida, cancros no plumão e por aí fora...
 
Anonymous (8/1/07 20:56),

Verbas de apoio às famílias de toxicodependentes, não conheço. Quanto ao resto do que escreve, deixa bem claro que, se é favor da despenalização do aborto a pedido, não é por se preocupar seja com que fôr.

E, caso não saiba, sida, cancro no pulmão e "por aí fora" não são necessariamente consequência de comportamentos pessoais irresponsáveis.
 





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