SIM

A MULHER DECIDE
A SOCIEDADE RESPEITA
O ESTADO GARANTE.
Este é o slogan de um dos movimentos pelo Sim. Aos muitos que nos enchem as caixas de comentários acusando-nos de radicalismo, demagogia e hipocrisia, deixo este cartaz que é bem explícito quanto ao que irá acontecer depois de dia 11/02 caso o Sim saia vitorioso. É isto que efectivamente pretendem?

Comentários:
Credo!! Até fiquei sem palavras!
Prefiro que me chamem demagógica a arrogante! pois o que esse cartaz expressa é precisamente arrogância, prepotência e acima de tudo egoísmo para com quem não se pode defender.. o ser humano,a pequena pessoa que está no útero materno!
Mas com lei ou sem lei, as acções ficam com quem as pratica.
 
A questão do aborto não se ficará pelas 10 semanas. Isto é como uma porta: se se abre um bocadinho, pode-se abrir outro tanto. Tanto, que o aborto, daqui a uns anos, será completamente livre e aceite.
Por isso, mesmo que o sim vença, daqui a uns anos seremos chamados novamente a referendo.
 
Caro Rui,

Ainda não percebi o que acontecerá (ou não acontecerá) se o "não" ganhar. Não querem dissertar um pouco sobre isso?
 
Gostava que apresentassem uma solução para acabarem com o Aborto Clandestino e as vidas que são perdidas com este acto.
 
A mulher, qual juiz, decide.
O médico, qual carrasco, executa.
A sociedade, qual cobarde, fecha os olhos.

Em movimento pelo NÃO!
 
a mulher decide,
a sociedade respeita,
o estado garante.

É de facto um slogan aviltoso. Onde é que eles pensam que vivem? Numa democracia?
Chocante.
Não se insulta ninguém, fala-se em respeito, e na mulher poder decidir. Um escândalo.
Qualquer dia, ainda se recupera o Serviço Nacional de Saúde, os Hospitais do Estado voltam a ser frequentados pelos Tios e pelas Tias, o voto da mulher...
Uma afronta.
 
A solução para acabar com o aborto clandestino passa pela educação no respeito pela vida desde a sua concepção, no saber e combater os problemas reais que estão na raíz do aborto, informando de forma isenta a mulher quais as consequências do recurso ao aborto.
Passa também por uma educação sexual responsável e isenta, pela informação integral sobre os contraceptivos preventivos da gravidez e pela distribuição gratuita destes.
Passa ainda pela educação para a maternidade / paternidade responsáveis, pelo auxílio a famílias carenciadas não só económico, como social, formativo.
Ainda passa pela celeridade nos processos de adopção, e pela competência nos serviços de protecção a menores.
Há coisas que só podem estar ao alcance do Estado - como é o caso dos processos de adopção -, mas todas as outras coisas podem ser feitas por cada um de nós.
Não é o bebé que é o problema a eliminar, e é esta a mensagem que deve passar-se.
 
Eu decidi ser mãe.
A sociedade não me respeita - tal a forma como uma mulher que é mãe é tratada no emprego, por exemplo.
O Estado não me garante nada - é vergonhoso o abono de família, a rede de infantários pública é diminuta, etc, etc, etc.
 
O combate ao aborto clandestino passa também por perseguir - não as mulheres mas sim - a cáfila de oportunistas que se aproveita do seu estado de desespero e lucra com isso. Será muito difícil às nossas autoridades vasculharem um pouco e encontrarem os locais onde se fazem os abortos, sejam vãos de escadas, sejam consultórios luxuosos, e as pessoas, sejam pretensos médicos, sejam parteiras ou enfermeiras, que se aproveitam da desgraça alheia? Por que razão há-de ser o mais inocente no meio de tudo isto o sacrificado? Só por não se ver à vista desarmada?
 
Sou o 1º a concordar com a...como dizê-lo....hipocrisia dos sloganes presentes nos cartazes do SIM. Mas, estou enganado, ou não sofrerão também os do NÃO do mesmo mal...? Não sei se o objectivo deste blog é auto-satisfação dos defensores do NÃO... Se for, nada a criticar. Mas, se não for, como me parece e, pelo contrário, pretenda angariar pessoas para a causa, é claro para qualquer pessoa razoável que a melhor maneira não é criticar tudo e todos os exemplos do SIM e "abençoar" tudo e todos os exemplos do NÃO! Só uma opinião. Além do mais, é uma questão de probabilidades que as pessoas do SIM, às vezes, digam coisas certas. Não consigo deixar de imaginar os autores deste blog - quer em conferência com o seu ego, quer entre si - a interrogar-se como é que as pessoas podem ser tão "burras" para votarem Sim... Se calhar não é entre burros e inteligentes que se separam os partidaristas de cada movimento!

P.S. Não voto SIM
 
Lembram-se daquela altura, não muito longínqua no tempo, em que as mulheres eram subalternizadas, não tinham direito a voto e eram tratadas abaixo de cão? Aquilo a que assistimos agora parece uma revolta das ressabiadas pelos tempos de, esses sim, de humilhação da mulher. O que hoje está a acontecer com esta questão do aborto é a humilhação do homem, que deixa de ter, pelo vistos, o direito de dar palpites sobre a sua própria paternidade. A mulher decide? Mas o filho não será dos dois?! Acho esse argumento tão ridículo que tenho hesitado em pronunciar-me sobre ele, mas isto está a assumir proporções tais que grande parte da sociedade parece cega ao papel do homem no processo de concepção de um ser humano, que há-de ser uma criança. É simplesmente idiota esse raciocínio, mas cada vez mais temos de levar com ele. O "na minha barriga mando eu", agora aparentemente evoluído para "a mulher decide", é não só estúpido, mas igualmente denunciador desse recalcamento das mulheres em serem mulheres. Não é correcto, e não é justo. Para elas, para os homens, e sobretudo para as crianças, que deviam ser os protagonistas desta história.
 
passo a traduzir

a mulher manda
a sociedade cala
o estado paga!
 





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