LIBERDADE

Alguns "Sins" têm lidado mal com a diversidade que dizem existir nesta casa. Nomeadamente com as posições assumidas pelo João Gonçalves. Pelos vistos, andam distraídos, pois desde o dia 22 de Outubro que o BdN tem vindo a crescer com essa mesma diversidade e desde essa mesma data, outros, para além do JG, têm aqui manifestado opiniões bem distintas entre si. O que nos une é o desejo em não permitir que o aborto seja livre, é que o Não saia vencedor no próximo dia 11/02. Ao contrário de outros, este não é um projecto partidário e deste debate não pretendemos retirar consequências políticas. Talvez agora compreendam o nosso "portugueses livres".
(post corrigido)

Comentários:
QUE VERGONHA!
Uma campanha feita de "verdadeira militância cívica". Os 19 movimentos de cidadãos entregaram na Comissão Nacional de Eleições (CNE) orçamentos que ultrapassam, na sua globalidade, um milhão de euros. Sem direito a receberem subvenções estatais e limitados, pela lei, aos donativos individuais, confrontam-se agora com os custos de montar e gerir uma campanha. Resultado Vendem todo o tipo de materiais, alguns abdicaram de colocar cartazes nas ruas enquanto outros pagam as deslocações do próprio bolso. A lei, protestam, beneficia forças políticas.

Movimentos e partidos terão que apresentar à CNE os seus orçamentos discriminados, até 90 dias após a publicação dos resultados da consulta em Diário da República, mas enquanto os partidos serão fiscalizados pela Entidade de Contas os movimentos sê-lo-ão pela própria Comissão, porque a legislação não contempla os grupos de cidadãos.

Os cinco movimentos do "Sim" apresentaram orçamentos que rondam os 421 mil euros, os quatorze do "Não" quase 616 mil. "Empresas", "partidos" e "igreja" são palavras tabu. Todo o dinheiro, alegadamente, é conseguido por donativos, individuais e anónimos. A campanha é rica em iniciativas para recolha de fundos - venda merchandise, leilões, jantares, concertos, caminhadas, tudo serve para apelar "à boa vontade". Janeiro tem sido, no entanto, mais rentável para os opositores da despenalização. Ana Sara Brito mandatária financeira do Movimento Cidadania e Responsabilidade confessou ao JN o receio de que não conseguir recolher os 262.710 euros previstos no orçamento entregue à CNE. Já para a Plataforma Não Obrigado o mês "tem sido fantástico".

Lei discrimina cidadãos

"A lei é feita em função dos partidos. Esqueceram-se dos cidadãos", afirmou ao JN Ana Sara Brito, criticando a CNE por só na véspera de terminar o prazo de entrega dos orçamentos ter informado, por fax, que não era possível os movimentos receberem contribuições dos partidos, "como aconteceu para o referendo de 1998". Um imprevisto que poderá ter trocado as contas a alguns grupos, apesar de não ser o único factor de discriminação de que se queixam os movimentos.

Ao JN, Pedro Líbano Monteiro sublinhou o pagamento do IVA a que os movimentos estão obrigados e os partidos isentos. Um benefício, queixou-se, que permite às forças políticas pouparem milhares de euros. Depois, insistiu, os partidos com representação parlamentar recebem subvenções anuais do Estado que poderão agora usar na campanha.

A "Plataforma Não Obrigado" foi o movimento que apresentou o orçamento mais elevado. Superior ao de três partidos com assento em São Bento - quase 430 mil euros. Confrontado com a abundância, reunida desde Dezembro, o mandatário financeiro sublinhou, ainda, a confiança de a angariação de fundos estar praticamente concluída. E a missão, garante, foi conseguida graças à venda de material e "à resposta fantástica" das pessoas.

O movimento "Diz que Não" foi dos entregou um orçamento mais pequeno dois mil euros. "Faremos a campanha que conseguirmos", comentou ao JN, Catarina Almeida, confessando "não fazer ideia se irão gastar mais ou menos" do que o previsto. A sede é emprestada. Os jovens apostaram no contacto de rua e via Internet para passarem mensagem.
in, http://jn.sapo.pt/2007/02/04/nacional/movimentos_protestam_contra_que_priv.html
 
Agora o mediocre do Louça não faz barulho pelo dinheiro que gasta a extrema esquerda na campanha?
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Muitos euros para mostrar "empenhamento"


Os cinco partidos com representação parlamentar planeiam gastar nesta campanha para o referendo ao aborto mais de um milhão e meio de euros.

O PS, naturalmente, apresentou o orçamento mais elevado à CNE 598 mil euros. Um valor que comprova ao país, argumentou ao JN Vitalino Canas, que os socialistas se "envolveram de corpo inteiro e não receosamente nesta campanha".

Os sociais-democratas ficam pouco atrás investem 500 mil euros numa campanha sobre a qual o partido não tem oficialmente posição. O dinheiro supostamente é dividido por apoiantes a favor e contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez. De acordo com o documento entregue na CNE, metade desse financiamento será feito pelo partido e o restante por fundos angariados.

Sem posição oficial o PSD não gastará dinheiro em material de campanha. Em contrapartida, prevê gastar em "honorários e trabalhos especializados" 350 mil euros e mais 100 mil em "rendas e alugueres".



Cada iniciativa requer uma equipa e preparação específica, refere Vasco Cardoso, do PCP. Especialmente se forem acções com Jerónimo de Sousa ou dirigentes nacionais como Odete Santos. Os comunistas, que investem nesta campanha 250 mil euros, alegam que privilegiam "o contacto individual com a população". "Estão milhares de militantes envolvidos nesta tarefa", sublinha.

O BE paga 133 mil euros por este combate. E os outdoor até lhes custam mais baratos. É que os bloquistas, ao contrário de outras forças, compraram os espaços para os cartazes que a cada campanha são recolocados.
 





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