A SUSPEITA DO COSTUME

A Fernanda Câncio esteve quase a ser uma boa jornalista. Morreu na praia, afogada na sua vaidade e na sua arrogância. Aquilo a que temos assistido nestes últimos tempos é confrangedor e mostra bem aquilo que a jornalista, auto-proclamada de causas, é. Para finalizar a sua campanha escreveu mais um texto no Sim-referendo, o qual contém uma mentira antiga, muito do seu agrado:
"Na Europa, ao contrário do que uma campanha mentirosa quis fazer crer, a despenalização do aborto nas primeiras semanas de gestação contribuiu para uma diminuição/estabilização do número de abortos."
A Fernanda Câncio sabe que não é verdade o que afirma peremptoriamente. Os dados oficiais, nomeadamente os do Eurostat, dizem-nos que há países em que o número de abortos diminuiu e outros em que aumentou. E só por má fé ou profunda desonestidade intelectual é que alguém pode afirmar que os abortos diminuiram em resultado da despenalização.
Nesta campanha, mais uma vez, assistimos ao pior da jornalista Fernanda Câncio. É uma pena, pois tem sido o espelho de tudo aquilo que um jornalista não deve ser.
Nota: Post corrigido. A versão inicial deste post continha uma insinuação que não corresponde à verdade. Por este motivo, assim que disso tomei conhecimento, revi o post em conformidade. À jornalista Fernanda Câncio e aos leitores peço as minhas desculpas.

Comentários:
"há países em que o número de abortos diminuiu e outros em que aumentou". Até agora só vos ouvia dizer "a despenalização faz aumentar, e muito, o número de abortos".
 
Caro anónimo,
Uma coisa é o facto de terem aumentado ou diminuido o número de abortos após a despenalização. Outra coisa é a conclusão que daí podemos retirar. Ninguém, com 2 dedos de testa, acredita que o número de abortos diminui com a respectiva liberalização. O que o poderá fazer é uma prevenção eficaz, através do planeamento familiar e do acesso facilistado a métodos anti-conceptivos.
De outra forma, não tenho dúvidas em afirmar que com a liberalização, sem mais, a consequência será, necessariamente, o aumento dos abortos.
 
"Gostarias de ser extreminado agora?"
Não, obrigado!
 
caro Rui Castro, permita-me discordar da sua afirmação "Ninguém, com 2 dedos de testa, acredita que o número de abortos diminui com a respectiva liberalização"
Estou convictamente convencido que com o acompanhamento que apenas uma situação de legalidade pode proporcionar, algumas das decisões de aborto, possam ser alteradas.
Por outro lado terá que admitir que uma das argumentações mais recorrentes do Não, são precisamente números que comprovam esse aumento... acabei de ver dados no blog do Sim que desmistificam essa análise
 
Tu mentes, Rui. Mentes descaradamente e sabes que mentes. Não tens um único dado da Eurostat ou de qualquer outro organismo com o número de abortos antes da despenalização, porque esses números não existem em lado nenhum. Nunca poderia haver (e não há) dados minimamente fiáveis. Por isso não há nenhuma organização a apresentar estatísticas com números antes e após a despenalização.

O que vale é que os portugueses já perceberam as vossas mentiras e tentativas manipuladoras, e por isso vão perder, e por muito, no próximo domingo!
 
Senhor Rui, curiosamente a França é um dos países onde aumentou, e simultaneamente o que tem a mais alta taxa de natalidade da Europa!
 
Fernanda Câncio,

- Gostaria de ter sido abortada?
- Não!

Não faça aos outros aquilo que não gostaria que tivessem feito a si!
 
Gostaria de ter sido abortada???
Mas que pergunta tão sem nexo!
Quando é que se capacitam de que um embrião não tem consciência de si nem de nada?
 
Aceito a má-fé da Fernanda Câncio, se o Rui aceitar a má-fé da Assunção Cristas no último prós e contras com aquele graficozinho enganador. Certo?
 
"Tu mentes, Rui. Mentes descaradamente e sabes que mentes. Não tens um único dado da Eurostat ou de qualquer outro organismo com o número de abortos antes da despenalização, porque esses números não existem em lado nenhum. Nunca poderia haver (e não há) dados minimamente fiáveis. Por isso não há nenhuma organização a apresentar estatísticas com números antes e após a despenalização."
Ai não existem? Então e os famosos números APF com que o Sim fez toda a sua campanha, agora já não servem?
Luís, tenta olhar de forma descomprometida para este assunto e não alinhes em todas as conversas que ouves. Há gente do Sim que está de boa fé nesta discussão e a Fernanda Câncio não é certamente uma delas.
 
E o Sr Rui acredita que alguma mulher que assim esteja determinada deixa de abortar porque o senhor não quer e vota não???

A honestidade ficava-lhe bem!!
 
Mas o gráfico é engandor porque? quer dizer que número de abortos não aumentou na Inglaterra entre 1969 e 2003?

E se ninguém tem dados fiáveis do número dos abortos clandestinos como pode ser afirmado com rigor que o aborto aumenta ou diminui? Ou será que os números são secretos mas só alguns os conhecem?

Que a França tenha uma taxa de natalidade elevada na união europeia é positivo, mas nada tem a ver com o número de abortos, não há correlação, o facto que se prova é que com a liberalização aumentaram o número de abortos. Não será também a taxa de natalidade elevada verificada precisamente nos grupos sociais das pessoas que rejeitam o aborto?

Porque será que os defensores do Sim no blogue Sim referendo não admitem contraditório aos seus posts, será porque preferem usar da demagogia sem estar sujeitos ao contraditório?
 
Assunção Cristas mostrou os números do pós-legalização. O aumento foi exponencial. Aliás, esses são os único números seguros, como é óbvio.
Dfender-me que legalizando-se uma práctica ela diminua em vez de aumnetar parece-me um absurdo.
 
A ler:
http://sim-referendo.blogspot.com/2007/02/verdade-e-mentira-dos-nmeros.html
Para ver como por aqui se manpulam os números
 
Não Rui, eu não estou aqui a puxar pela Câncio nem por nenhum outro adepto do SIM ou do NÃO, nem sequer por qualquer argumento apresentado por adeptos do SIM. Estou a ser sério e a pensar pela minha cabeça.

Se fores sério (estou a falar de seriedade intelectual), diz-me: conheces números fiáveis do aborto clandestino antes da despenalização em algum país? Onde é que escondes esses números, que eu nunca os vi?
 
Luís,
Estás equivocado no destinatário das tuas palavras. Nós, do Não, sempre acusámos os do Sim que insistiam em atirar números de abortos clandestinos para cima da mesa, sem qualquer tipo de sustentação. Talvez seja melhor ires a uma qualquer caixa de comentários do Sim-referendo dizer-lhes que esles estão a mentir quando falam em abortos clandestinos.
De qualquer das formas, os números do Eurostat que a Assunção referiu no P&C referem-se à evolução do número de abortos DEPOIS da despejalização. Ou seja, o primeiro número referia-se aos abortos efectuados no 1.º ano após a liberalização e o 2.º referia-se ao último ano conhecido.
Ainda assim, deixa-me dizer-te que fico triste por ver um tipo inteligente como tu, que considero meu amigo, deixar-se ir nas cantigas de quem nunca quis discutir com seriedade este assunto.
Um abraço
 
"Gostaria de ter sido abortada???
Mas que pergunta tão sem nexo!
Quando é que se capacitam de que um embrião não tem consciência de si nem de nada?"

Mais uma vez, não pensa no que diz! Que ideia peregrina é essa de que só valemos como seres-humanos quando temos "consciência de nós(si)"! Não me vai dizer que concorda com quem afirma (porque os há, por muito que lhe possa custar), que que quem tenha "deficiências" mais ou menos profundas valem menos que um "ser-humano normal"?

Não tem "consciência de si nem de nada" mas, curioso, já tem as habilitações para ser "herdeiro"! Em que é que ficamos?
 
1.- Em relação aos números, parece ser de aceitar que qualquer análise da quantidade de abortos clandestinos tem de ter por base estimativas. E os estudos que foram feitos apontam claramente para um aumento considerável do nº de IVG's após a sua legalização (as execpções são os denominados, erradamente, países escandinavos). Mesmo alegando uma redução quantitativa posterior, essa redução tem referência os valores de aborto legal e não o valor estimado de abortos clandestinos. (vidé comentários supra Daniel Oliveira).

2.- O post é sobre o comportamento deplorável de determinada "jornalista". Tenho para mim que um jornalista, ao contrário de um colunista, comentador, etc., deve pautar a sua actividade profissional por princípios básicos como a verdade, a dignidade e isenção. Essa senhora está tão longe desses valores como está do mar da tranquilidade. Essa senhora serve-se da sua actividade para exercer uma permanente campanha eleitoral. Pior para conseguir tal objectivo serve-se de situações de vida e perverte-as de forma a apresentar como notícia, não a realidade dos factos, mas a sua interpretação. E faz isso sem qualquer respeito pelos agentes da ocorrência. Condena-os, absolve-os a seu belo prazer. Não pela factualidade, mas em obediência aos seus próprios interesses. Por exemplo, essa senhora fez pior à pequenita "Esmeralda" que 100 tribunais juntos. Mas a classe dos jornalistas está pejada de "f.'s". Aliás gostava de deixar uma pergunta: se a nossa comunicação social não fosse esmagadoramente a favor do sim, qual seria o resultado do referendo de domingo?
 
Rui Castro,

Este texto é indigno de si. Nem a emoção o desculpa.
 
caa,
E o texto da Fernanda Câncio é digno de quem?
Deixe-me que lhe diga que me custa vê-lo pactuar com algumas coisas que se foram dizendo e fazendo no seu novo (e transitório) blogue.
 
Apenas um ligeiro esclarecimento. Eu estive com a Fernanda Câncio no debate que ela menciona. Decorreu em Torres Vedras, na terça-feira à noite. Também estavam a Joana Amaral Dias, a dra. Ana Campos, a dra. Isilda Pegado e uma professora local, a dra. Summer (não a Donna, infelizmente). E sim, um senhor interpelou a mesa no sentido que a Fernanda apontou.Até eu fiquei siderado com aquele marialvismo de pacotilha. Ainda bem que estes jogos florais acabam hoje.
 
Apenas um ligeiro esclarecimento. Eu estive com a Fernanda Câncio no debate que ela menciona. Decorreu em Torres Vedras, na terça-feira à noite. Também estavam a Joana Amaral Dias, a dra. Ana Campos, a dra. Isilda Pegado e uma professora local, a dra. Summer (não a Donna, infelizmente). E sim, um senhor interpelou a mesa no sentido que a Fernanda apontou.Até eu fiquei siderado com aquele marialvismo de pacotilha. Ainda bem que estes jogos florais acabam hoje.
 
e era de bom tom (já para não falar de elegância) que o sr. rui castro pedisse desculpas
 
Caro Rui,

Não está aqui em causa a inteligência de ninguém (seguramente que há verdadeiros iluminados de ambos os lados das barricadas), e muito menos a nossa amizade. Essa já tem uns 15 anos, é uma premissa segura e não abalaria com grandes terramotos, muito menos com esta suave brisa que atravessa o nosso país... Sabes bem que sempre me prezei de ter amigos, amigos à séria, em todos os lados de todas as barricadas. E sabes que os tenho!

Ainda assim, repito, discordo radicalmente do que tu dizes e acho que intelectualmente não é sério argumentar como o fizeste neste post.

O que eu disse é que não podes dizer se o número total de abortos aumenta ou diminui com a despenalização, pelo simples facto de não haver quaisquer números credíveis quanto aos números do aborto clandestino antes da despenalização. Só disse isso, e tu dás-me razão quando dizes que "os números do Eurostat que a Assunção referiu no P&C referem-se à evolução do número de abortos DEPOIS da despejalização". Ou seja, estamos de acordo. Se não sabemos de que base partimos, não podemos saber se subimos ou descemos. Podemos teorizar, mas não podemos afirmar!

Quanto aos argumentos dos defensores do SIM, de outros blogs, opinion makers ou seja lá o que for, só te digo uma coisa e podes acreditar com toda a confiança: não faço ideia do que por aí circula nos blogs ou artigos na imprensa favoraveis ao SIM. Pura e simplesmente não visito esses blogs, não leio esses artigos. Se visito este, é porque (i) tu estás cá e (ii) interessa-me mais ler ideias contrárias às minhas do que aqueles que comigo concordam. Não preciso de alimentar o meu ego ou de me sentir apoiado em quaisquer pessoas com opiniões identicas à minha.

Sempre com amizade, um abraço
 
P.S. - Também não acho particularmente interessante utilizar estes espaços (sejam do SIM ou do NÃO) para criticar ou atacar indivíduos que tenham uma opinião diferente. O SIM e o NÃO têm ambos argumentos suficientes para, de per si, tentarem convencer os eleitores da bondade das suas opiniões. Dizer mal da Câncio ou da Rebelo ou da Assunção ou de qualquer outra pessoa que publicamente dá a cara por um dos lados não tem a mínima relevância para a discussão da bondade da causa ou das ideias e, na minha modesta opinião, baixa o nível da discussão.
 
Luís,
Quanto à evolução ou não dos abortos depois da respectiva despenalização é um assunto que fica por discutir para quando nos encontrarmos.
Um abraço amigo,
Rui
 
O rui castro e o joão gonçalves e todos os gajos do não podem ir mas é para o caralho. a vitória é nossa. porcos. fascistas de merda. estou farta de vocês, hipócritas, betos e beatos.
lr
 
N"ão tem "consciência de si nem de nada" mas, curioso, já tem as habilitações para ser "herdeiro"! Em que é que ficamos? "

O quê mais um que engoliu a parvoeira do Bagão com aquela dos nascituros NÃO CONCEBIDOS?

HHAHAHAHAHAHAH............
 
"que que quem tenha "deficiências" mais ou menos profundas valem menos que um "ser-humano normal"?"

NÃO, NÃO CONCORDO! Há pessoas com deficiencias que tem talentos incriveis, e mesmo os que não têm já que foram desejados e nasceram têm todo o direito a viver!
 
VERGONHA, Sr. Rui Castro!
Apresentar dados manipulados de forma a 'vestirem' a nossa camisola, isso sim, é uma mentira. Isso sim, é agir 'por má fé ou profunda desonestidade intelectual'.
A todos os que quiserem saber da verdade que, para alguns, é tão inconveniente consultem por favor http://sim-referendo.blogspot.com/2007/02/verdade-e-mentira-dos-nmeros.html
A si, Sr. Rui Castro, também lhe faria bem...
 
É muito fácil para os radicais abortistas para aqui infiltrados vir usar expressões como parvoeira e afins. E Daniel Oliveira, o devoto bloquista, um exemplo de isenção e de rigor, vem falar-nos de manipulação de números. Francamente!

Este debate parece um remake do debate que acontecia nos anos 70 nos EUA a este propósito. Os abortistas também falseavam os dados e acabaram por ver um acórdão a pender para o seu lado.
 
Mas a Fernanda Cância não é um aborto?
 
Mais um a falar nos USA sem saber que se está a formar um movimento público contra a cirúrgia de aborto nas circunstâncias em que se pratica.
Nos USA também há gente - e felizmente muita - com moral sólida e apego à vida humana.
 
A Fernanda Câncio foi por inúmerias vezes neste e noutros blogs acusada de inventar histórias. A ana, a menina de 14 anos que morreu em 2005, também era, se bem me lembro, uma "invenção" da Fernanda Câncio..Shame on you!
 





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