DAR E TIRAR

Na semana em que o senhor Presidente da República afirmou ir debruçar-se sobre a pergunta referendária aprovada pelo "bloco central" e pelo BE, convém lembrar aos nossos leitores esta e aquela que, em nosso entender, é a correcta. Isto porque a pergunta oficiosa, lida freudianamente, tem muito que se lhe diga. Ao pretender ser "modernaça" - invocando o velho arquétipo feminista dos anos sessenta, altura em que era "chique" queimar o "soutien" nas ruas -, não quer discutir o essencial. E o essencial, por mais voltas que se dê, é saber se a cidadania concorda com a liberalização total do aborto, por vontade exclusiva da "liberdade da mulher", se realizado até às 10 semanas de concepção. Como me dizia ontem um amigo, não posso tirar aquilo que não dou. Neste caso - no meu caso - a vida.

Comentários:
Mas a mulher pode, é ela que dá (dará) a vida, como a dá também a pode tirar então, boa !!!
Estou esclarecido, vou votar sim!
 
Oh Pedro Almeida: não seja primata. O texto usa a primeira pessoa em sentido abstracto. O "não posso tirar aquilo que dou" refere-se ao Homem. Percebeu ou precisa de explicador?
 
Posso pedir-lhe que me explique o que quer dizer com "lida freudianamente"?
AMP, médica psiquiatra
 





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