O EXEMPLO QUE VIRA CIÊNCIA
Sempre me pareceu dever ser evitado o raciocínio que se funda em exemplos. Não é sério, sendo porém mais cómodo e tacticamente mais eficaz... quando não é a verdade aquilo que importa. Aflige-me sobretudo por se revelar pouco exigente, autorizando que os mais incautos se agarrem a conclusões que uma mais aprofundada reflexão permite considerar precipitadas. Um exemplo não é, nem faria sentido que fosse, a regra. Um exemplo é, como se pode ler num dicionário, uma narrativa curta e cheia de prodígios, inculcada como verídica e que se apresenta com reforço numa tese a demonstrar.
A cabotina pergunta com que seremos confrontados em referendo é, como sugere o Jorge Ferreira, batoteira. E os seus arquitectos, com base em exemplos sempre impressivos e muitas vezes generosos, não nego, querem levar-nos a pensar que os exemplos de que se servem com abundância são, no fundo, a tese que procuram demonstrar e a essência do que se vai perguntar. Ora, isso é uma falácia. É pura demagogia.
O que está aqui em causa é a liberalização do aborto. Apenas isso. Por mais eufemistas que possam ser as expressões usadas e as imagens empregues, não conseguimos escapar a esta evidência. Aquilo que no fundo nos perguntam é se concordamos, ou não, com a liberalização do aborto, se ele for realizado até às 10 semanas de gestação. Seja por que motivo for. Por razões médicas, sociais, económicas, ou simplesmente porque sim.
E mesmo sem precisar de discutir essas razões, porque a própria pergunta as não invoca, intuo que boa parte dos que se vão pronunciar no referendo, a esse “porque sim”, responderiam “NÃO”.
A cabotina pergunta com que seremos confrontados em referendo é, como sugere o Jorge Ferreira, batoteira. E os seus arquitectos, com base em exemplos sempre impressivos e muitas vezes generosos, não nego, querem levar-nos a pensar que os exemplos de que se servem com abundância são, no fundo, a tese que procuram demonstrar e a essência do que se vai perguntar. Ora, isso é uma falácia. É pura demagogia.
O que está aqui em causa é a liberalização do aborto. Apenas isso. Por mais eufemistas que possam ser as expressões usadas e as imagens empregues, não conseguimos escapar a esta evidência. Aquilo que no fundo nos perguntam é se concordamos, ou não, com a liberalização do aborto, se ele for realizado até às 10 semanas de gestação. Seja por que motivo for. Por razões médicas, sociais, económicas, ou simplesmente porque sim.
E mesmo sem precisar de discutir essas razões, porque a própria pergunta as não invoca, intuo que boa parte dos que se vão pronunciar no referendo, a esse “porque sim”, responderiam “NÃO”.
Comentários:
blogue do não
"penas" são as de quem as tem de verdade, os doentes, os mais pobres, os mais velhos, os deficientes. São penas de Vida! e mesmo assim não desistem e continuam a ensinar-nos que Vale a pena Viver!
http://www.youtube.com/watch?v=VhlqdEdY8gk
SIM PODEMOS! SIM VALE A PENA VIVER!
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