BLOGUE DO NÃO - 10; Câncio - 0

Comentários:
Li algumas (poucas) coisas da Fernanda Câncio e devo concordar que, em termos de capacidade de argumentação, ela revela bastantes limitações. No entanto, acho que o Blogue do Não só perde com estas tricas (a roçar a provocação).

Na questão em concreto, a dificuldade da Fernanda Câncio (e de tantos outros militantes a favor da despenalização do aborto a pedido) em responder ao perguntado deve-se a, na realidade, esses militantes pretenderem a despenalização do aborto a pedido sem qualquer limite. Estão dispostos a aceitar a despenalização apenas até às 10 semanas porque acreditam que os prazos virão a ser extendidos posteriormente (sem referendo, claro) ou simplesmente deitados às urtigas (cortesia das clínicas privadas, pagas pelos nossos impostos).

Não o admitem porque há muitos que vão votar "sim" com a muleta das 10 semanas.
Enquanto que os militantes votariam "sim" mesmo que até às 12, 24 ou 32 semanas, uma parte dos simpatizantes do sim até às 10 semanas votaria "não" a prazos maiores. E quanto maior o prazo mais mudariam o sentido de voto.

Assim, os primeiros (os militantes) não querem assustar os segundos (os simpatizantes) e não se assumem como defensores da despenalização do aborto a termo por opção da mulher. Mas é para isso que se estão a preparar.
Independentemente do que o Primeiro-Ministro diga.
 
Caros amigos do NÃO:
Deixem-me parafrasear o nosso Presidente: "a má moeda estraga a boa moeda" para vos dizer que o vosso diálogo com a Câncio arrisca-se a baixar o altissimo nível a que já me habituaram.Por isso peço-vos:deixem a má moeda por favor.
 
Seguramente a f. não precisa de ajuda para este debate(?) menor e outra coisa não seria de esperar dela que não a própria da IVG (leia-se Interrupção Voluntária da Galinhice)!!!

Já agora aproveito para esclarecer que não existe nenhuma "hemorragia de privação". A paragem da toma de um qualquer contraceptivo oral determina a readaptação do organismo à produção das hormonas sexuais femininas "endógenas" (porque a pílula mais não é que um concentrado hormonal exógeno), sendo a menstruação (não se trata tão apenas de uma hemorragia) a consequência normal dessa acção hormonal e não o resultado de um qualquer síndrome de privação.

Um alerta amigo: tenham atenção aos spotings (perdas hemáticas pontuais e fora do normal período menstrual) que acontecem frequentemente, mas não exclusivamente, após a interrupção dos contraceptivos orais, muito mais responsáveis pela descoberta tardia de uma gravidez que a amenorréia. Tou só a avisar...

Ps1: Tão superiormente bem educada sabe, seguramente, que quem berra são as cabras...
Ps2: Boas quecas!

ana
 
Onde se lê "amenorréia" deve ler-se "amenorreia".
 
Cara Mafalda
Sou a favor do Sim.
Não conheço a Fernanda Câncio, mas vou responder à sua pergunta.
Se não tiver dinheiro e se fôr de uma condição social baixa vai abortar a um desses sítios onde eventualmente poderá morrer ou ir parar a uma urgência hospitalar.
Se tiver dinheiro e fôr da sua condição social irá abortar em Espanha ou nalgum consultório de um médico amigo.
Esta é uma resposta tão patética como a sua pergunta.
Cumprimentos.
 
Caro MFBA,

Em vez de insultar a Mafalda, experimente responder a todos os vectores de uma pergunta que, afinal todos fazemos. É que, infelizmente, não respondeu. Então a mulher, mesmo depois da aprovação da lei que se discutirá num referendo, vai abortar clandestinamente a uma clínica em Espanha ou a "um daqueles sítios".
De onde posso concluir que admite que o aborto clandestino se mantém mesmo depois da aprovação de uma liberalização do aborto. É bom saber que mesmo os defensores do "Sim" o admitem, afastando um dos seus falaciosos argumentos.

Continuando no caso desta mulher: depois pode acontecer que haja procedimento criminal.Os circos mediáticos continuarão à porta do Tribunal desta mulher? E depois? Teremos outro referendo para liberalizar até às 20 semanas?
 
Cara mfba,
Desculpe, mas essa cantiga da desgraçadinha que não tem dinheiro para ir a Espanha não pega.
Já aqui se demonstrou que os abortos clandestinos em Portugal custam entre 250 a 300 euros e que a ida a Badajoz para o fazer fica em menos de 400. Não nos vai querer dizer que a liberalização do aborto visa lutar contra a opressão em que vivem a classe operária, pois não? Isso, sim, seria patético.
Quanto às mortes ou urgências, deixe-me que lhe diga que os números do Ministério da Saúde apontam para menos de 100 casos de urgências resultantes de abortos (não se sabe se ilegais) e nenhuma morte há já alguns anos.
Cumprimentos
 
O Mai triste é haver pessoas agora votam sim, porque sim!...
 





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