TODOS CONTRA O ABORTO?
Na caixa de comentários do último (e excelente) post da Assunção, alguns partidários do "sim" insistem que também eles são contra o aborto. Confesso a minha dificuldade em aceitar este lugar comum, tantas vezes repetido nos debates que se vão fazendo acerca do assunto. Passo a explicar as minhas razões.
Os efeitos da liberalização da prática do aborto foram distintos nos vários países que tomaram essa opção, assistindo-se a um aumento exponencial do número de abortos em alguns, como é o caso da Espanha, ao passo que noutros esse número terá diminuído.
Sem querer discutir o absurdo do argumento frequentemente utilizado pelo "sim", de que a redução do número de abortos é consequência da sua liberalização, a verdade é que se torna difícil avaliar o impacto de tal medida num país como Portugal.
Podemos, no entanto, afirmar que em todos os países em que houve uma aposta séria no planeamento familiar, informação e acesso facilitado a meios anti-conceptivos, medidas de apoio à natalidade, etc., ocorreu uma baixa significativa do número de abortos. Penso que nisto estaremos todos de acordo (ou não?). Acresce que, em todos esses países o processo de adopção é simples e rápido, existindo condições de excepção para o acolhimento dos filhos indesejados ou sem pai nem mãe.
Assim sendo, e uma vez que somos (quase) todos contra o aborto:
Os efeitos da liberalização da prática do aborto foram distintos nos vários países que tomaram essa opção, assistindo-se a um aumento exponencial do número de abortos em alguns, como é o caso da Espanha, ao passo que noutros esse número terá diminuído.
Sem querer discutir o absurdo do argumento frequentemente utilizado pelo "sim", de que a redução do número de abortos é consequência da sua liberalização, a verdade é que se torna difícil avaliar o impacto de tal medida num país como Portugal.
Podemos, no entanto, afirmar que em todos os países em que houve uma aposta séria no planeamento familiar, informação e acesso facilitado a meios anti-conceptivos, medidas de apoio à natalidade, etc., ocorreu uma baixa significativa do número de abortos. Penso que nisto estaremos todos de acordo (ou não?). Acresce que, em todos esses países o processo de adopção é simples e rápido, existindo condições de excepção para o acolhimento dos filhos indesejados ou sem pai nem mãe.
Assim sendo, e uma vez que somos (quase) todos contra o aborto:
Por que não tentar oferecer às mulheres grávidas e respectivas famílias uma alternativa ao aborto ilegal que não passe exclusivamente pela sua legalidade, como pretendem os partidários do "sim"?
Por que não apostar num planeamento familiar que ajude a prevenir gravidezes indesejadas?
Por que não evitar algo que, pelos vistos, a generalidade das pessoas repudia, ou seja o aborto, afastando a ideia de que o mesmo é um mal necessário?
Em suma, será que somos todos contra o aborto?
Comentários:
blogue do não
Por cada post neste blogue, mais uma pessoa que votará no sim...
A intolerância e o fanatismo, que salvo uma ou duas excepções, aqui se respiram são impressionantes. E dão que pensar.
A intolerância e o fanatismo, que salvo uma ou duas excepções, aqui se respiram são impressionantes. E dão que pensar.
Quem foi?
Fiquei com curiosidade. A menos que tenham sido apagados comentários nesse post. Andei por lá e não vi nenhum partidário do Sim a dizer que é contra o aborto. Apareceu por lá uma Sarinha Meireles que não disse nada, disse um disparate qualquer ao lado. E foi a única que me pareceu ser pelo Sim.
Mas o Rui Castro é capaz de ter dotes visionários e imaginar diabinhos do SIM onde eles nem estão.
Adiante. Aqui, nesta posta, é que não vou pedir sequer resposta. Foi só curiosidade em saber quem teria sido o malvado da trincheira do SIM que escreveu isso.
Fiquei com curiosidade. A menos que tenham sido apagados comentários nesse post. Andei por lá e não vi nenhum partidário do Sim a dizer que é contra o aborto. Apareceu por lá uma Sarinha Meireles que não disse nada, disse um disparate qualquer ao lado. E foi a única que me pareceu ser pelo Sim.
Mas o Rui Castro é capaz de ter dotes visionários e imaginar diabinhos do SIM onde eles nem estão.
Adiante. Aqui, nesta posta, é que não vou pedir sequer resposta. Foi só curiosidade em saber quem teria sido o malvado da trincheira do SIM que escreveu isso.
Intolerância e fanatismo sim. Concordo com o que foi dito.
Intolerância e fanatismo em tentar restringir uma liberdade que não é vossa!
Com o aborto legalizado ninguem vos obriga a pratica-lo mas com ele ilegalizado restringem vocês a liberdade de quem o quer praticar.
Intolerância e fanatismo em tentar restringir uma liberdade que não é vossa!
Com o aborto legalizado ninguem vos obriga a pratica-lo mas com ele ilegalizado restringem vocês a liberdade de quem o quer praticar.
O facto de as estatísticas passarem a revelar no imediato um aumento de interrupções
da gravidez após a despenalização resulta apenas do facto de a partir
do momento em que a interrupção voluntária da gravidez passa a ser admitida
legalmente, passam também a existir dados estatísticos oficiais onde anteriormente
apenas existiam estimativas de números de abortos clandestinos. Os números
oficiais passam, pois, a traduzir a realidade até aí clandestina.
Por outro lado, a escolha livre, esclarecida e responsável por uma gravidez em condições de segurança
económica e de estabilidade psíquica é um elemento essencial do exercício do direito a constituir família e a assumir as responsabilidades pela maternidade.
Sem prejuízo de se dever caminhar para fornecer todas as condições económicas
e sociais a quem pretenda levar uma gravidez até ao seu termo, a escolha difícil a
tomar tem de ser tomada individualmente.
E sim, existe um extremamento de posições quando qualquer comentário que vem da parte do sim é ridicularizado, gozado e caricaturizado como é feito com frequência aqui neste blog. Não querem ser acusados/as de fanatismo? Não sejam fanáticos/as nos argumentos e posições efectuados bem como no tom.
da gravidez após a despenalização resulta apenas do facto de a partir
do momento em que a interrupção voluntária da gravidez passa a ser admitida
legalmente, passam também a existir dados estatísticos oficiais onde anteriormente
apenas existiam estimativas de números de abortos clandestinos. Os números
oficiais passam, pois, a traduzir a realidade até aí clandestina.
Por outro lado, a escolha livre, esclarecida e responsável por uma gravidez em condições de segurança
económica e de estabilidade psíquica é um elemento essencial do exercício do direito a constituir família e a assumir as responsabilidades pela maternidade.
Sem prejuízo de se dever caminhar para fornecer todas as condições económicas
e sociais a quem pretenda levar uma gravidez até ao seu termo, a escolha difícil a
tomar tem de ser tomada individualmente.
E sim, existe um extremamento de posições quando qualquer comentário que vem da parte do sim é ridicularizado, gozado e caricaturizado como é feito com frequência aqui neste blog. Não querem ser acusados/as de fanatismo? Não sejam fanáticos/as nos argumentos e posições efectuados bem como no tom.
Mas digam lá uma coisa: vocês não são contra o planeamento familiar? Não é quem é contra a IVG, que não é uma execução nenhuma, porque um feto de 10 semanas ainda não tem um sistema nervoso, e consciência, que costuma ser também contra os contraceptivos? Aliás, até contra a masturbação (!) são. Mas a hipocrisia é mais que muita, por aqui. Desejo que a vossa consciência vos doa todo o 2007, pelas mulheres que já morreram por vossa causa. E que o SIM vença!
Alguns dos argumentos veiculados no blogue do não são verdadeiros insultos. insultos à inteligencia de quem os lê.No muno perfeito em que vocês vivem a actual lei é tão boa que nem sequer se fazem abortos. Por isso querem continuar, com a mesma lei, a salvar as mesmas criancinhas que têm salvo até agora. Score: 0!
Se a inteligência se sobrepusesse aos preconceitos seria mais fácil perceber que a única forma de dissuadir indecisas é liberalizar. Para as decididas não há qualquer lei que as impeça de abortar.
Os movimentos do não são assim. Aparecem sempre a salvar as criancinhas quando se tenta alterar a lei. E depois desaparecem sem deixar rasto, porque a sua única missão é impedir que se resolva um problema de saúde pública. Pelo meio, chamam atrasados e selvagens aos outros países europeus e ainda t~em tempo para dormir descansados. Como eu gostava de beber aquilo que vocês bebem, presumivelmente, na missa do meio dia de domingo.
Se a inteligência se sobrepusesse aos preconceitos seria mais fácil perceber que a única forma de dissuadir indecisas é liberalizar. Para as decididas não há qualquer lei que as impeça de abortar.
Os movimentos do não são assim. Aparecem sempre a salvar as criancinhas quando se tenta alterar a lei. E depois desaparecem sem deixar rasto, porque a sua única missão é impedir que se resolva um problema de saúde pública. Pelo meio, chamam atrasados e selvagens aos outros países europeus e ainda t~em tempo para dormir descansados. Como eu gostava de beber aquilo que vocês bebem, presumivelmente, na missa do meio dia de domingo.
Por que não tentar oferecer às mulheres grávidas e respectivas famílias uma alternativa ao aborto ilegal que não passe exclusivamente pela sua legalidade, como pretendem os partidários do "sim"?
Por que não apostar num planeamento familiar que ajude a prevenir gravidezes indesejadas?
Francamente, tanto ruído!
Planeamento familiar para uma mulher grávida?
Claro que sim! É uma das vocações dos Centros de Saúde.
E que tem isso que ver com alternativas ao aborto ilegal?
Por que não apostar num planeamento familiar que ajude a prevenir gravidezes indesejadas?
Francamente, tanto ruído!
Planeamento familiar para uma mulher grávida?
Claro que sim! É uma das vocações dos Centros de Saúde.
E que tem isso que ver com alternativas ao aborto ilegal?
blogue do não