blogue do não

portugueses livres

A Rititi espanta-me a cada post que o seu ódio viperino urge regorgitar. A Rititi, esta aliteração chapitôniana de mulher, gosta de entornar palavrões e impropérios dirigidos a qualquer pessoa que não tenha a sua clarividência do mundo. A Rititi, espante-se o leitor, acha que "fora da mulher essas dez semanas [do feto] não existem: não são." Séculos e séculos de ciência, o homem na lua, o Código de Da Vinci, e acabamos nisto: às dez semanas, tudo não passa de uma ideia, sem existência material, passível de se esfumar assim que quem a teve o deseje. É isso, Rititi?

E agora, deixem-me citar um pouco mais da fanfarra de Rititi: "este empenho da “Liga dos Amantes da Ecografia” em sacralizar o útero - em transformar a gravidez num acto místico - não reflecte mais que o desprezo pela mulher enquanto ser dependente das características fisionómicas que lhe vêm de bagagem." Lá está o mesmo odiozinho, sempre recalcitrante, mas agora aplicado à ideia da mulher como vítima da sua própria anatomia e feminilidade, diminuída e desprezada pelos homens (esses cafajestes), para quem não passa de um útero de trazer por casa. Francamente, Rititi: já não estamos em 1968.